Não tenho.
Podem não acreditar, mas não foram oito, e nem dezoito, as vezes que vi passar enormes marmanjos, suados, com os músculos todos abespinhados, num esforço hercúleo mas feliz, carregando ora para a água, ora para o chapéu, aquilo que eu apelido de 'segunda geração da bóia-comum'.
Aquilo é tão grande, mas tão grande, que havia de servir, seguramente, para levar as quinze mil pessoas que diariamente apanham o ferry Barreiro-Lisboa.
À larga.
É que as pessoas metem-se naquela trabalheira, e só para encher o interessante utensílio, é a família toda dar ao pedal, e mesmo assim, só lá para as três da tarde é que aquilo está pronto.
Assim que se vê uma nuvem familiar ao fundo, em que os dois últimos rapazes, normalmente os mais avantajados, carregam um caixote a meias, não pensem as minhas alminhas que ali trazem a velhinha geladeira.
Qual quê!
A minha filha, tendo reparado numa família que se afadigava na tarefa de carregar o monstro até à água, fez-me esta pergunta:
- Ó mãe, estas pessoas vão dormir aqui?
- Não, filha.
- Então porque é que trouxeram a cama?
Eu, uma Uva moderna, comecei a matutar naquilo, a ficar em pulgas, e como não posso ver nada fui dizer ao meu marido que também queria experimentar.
Daí por uma hora veio chamar-me.
- Uva! Já tenho tudo pronto. Vamos até à praia?
Eu também não tenho... e dispenso!
ResponderEliminarMas aqui na vizinha Espanha já estive ao lado de gente que montou literalmente uma barraca com lençóis e levou fogareiro para assar peixe! Eu... entretanto fui embora!
Hahahahahaha!!!! O verão é um poço de cenas cómicas.
Eliminareheheheheheh
ResponderEliminarOlha, dos segundos também tenho! Quanto aos primeiros... Jasus! Ia ficar exausta até à próxima época balnear só de ajudar a levá-lo. Sim, que nem concebo levar uma coisa daquelas sozinha! :P
Beijinhos Marianos, Uvinha veraneante! :)
E depois para vazar aquilo? São todos em cima uns dos outros, e fé que aquilo não faça Pum!!
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