Detesto que digam isso, Uva. Detesto... tinha tanto medo de ser como ela. Dizem essas expressões, assim como dizem que nós somos o reflexo dos nossos pais a educar e a ensinar... e o que isso me deixava ansiosa. Uma coisa era eu saber intelectualmente que não queria ser como ela foi para mim, outra era o medo de não ser capaz de ser diferente.
Passarei toda a minha vida a tentar ser a mãe que não tive e o único exemplo que retiro do que ela fez é "como não ser".
Tu és o que se pode chamar de exceção à regra que não é regra mas sim mito. Obviamente que todos somos um produto, forjado nas várias circunstâncias de vida, de educação, de fortuna, de cultura e até de aparência. Claro que os filhos bebem muito dos pais e bebem quase sempre o que querem e não querem ser. Há reprodução de comportamentos, e isso vê-se muito nas classe mais baixas, onde a oportunidade de ser diferente, de alcançar outra vida, melhor, não está ao alcance das novas gerações, que são puxadas para baixo, normalmente para ajudar na unidade de produção familiar. Mas no trato, na simpatia, na forma como nos dispomos a amar o outro, isso vem de nós e pode ser uma escolha perfeitamente pensada, racional, o facto de não queremos por nada reproduzir para os nosso filhos aquilo que a nós nos magoou tanto. Tenho muita pena que não recordes a tua mãe como uma mãe deveria ser recordada, mas ficas com a certeza que as tuas filhas/os vão recordar-te como excecional. Isso é uma mudança, quer dizer que superaste e evoluíste. Isso que fazes é onde te deves agarrar.
Obrigada ;) Eu espero bem que o meu filho me recorde com esse amor e carinho, que saiba que dei sempre o meu melhor e me esforcei por estar lá, por lhe dar amor e carinho.
Eu realmente não tenho boas recordações. Muita coisa aconteceu. Creio que ela se arrependeu, pelo menos de algumas coisas mas continuo a não ter boas recordações dela, nem da minha infância com ela. Mas tive uma "mãe", uma avó que me amou imenso e me deu o amor, carinho e a protecção que uma criança merece e eu sempre a vi como a minha verdadeira mãe.
Detesto que digam isso, Uva. Detesto... tinha tanto medo de ser como ela. Dizem essas expressões, assim como dizem que nós somos o reflexo dos nossos pais a educar e a ensinar... e o que isso me deixava ansiosa. Uma coisa era eu saber intelectualmente que não queria ser como ela foi para mim, outra era o medo de não ser capaz de ser diferente.
ResponderEliminarPassarei toda a minha vida a tentar ser a mãe que não tive e o único exemplo que retiro do que ela fez é "como não ser".
D.
Tu és o que se pode chamar de exceção à regra que não é regra mas sim mito.
EliminarObviamente que todos somos um produto, forjado nas várias circunstâncias de vida, de educação, de fortuna, de cultura e até de aparência.
Claro que os filhos bebem muito dos pais e bebem quase sempre o que querem e não querem ser.
Há reprodução de comportamentos, e isso vê-se muito nas classe mais baixas, onde a oportunidade de ser diferente, de alcançar outra vida, melhor, não está ao alcance das novas gerações, que são puxadas para baixo, normalmente para ajudar na unidade de produção familiar. Mas no trato, na simpatia, na forma como nos dispomos a amar o outro, isso vem de nós e pode ser uma escolha perfeitamente pensada, racional, o facto de não queremos por nada reproduzir para os nosso filhos aquilo que a nós nos magoou tanto.
Tenho muita pena que não recordes a tua mãe como uma mãe deveria ser recordada, mas ficas com a certeza que as tuas filhas/os vão recordar-te como excecional. Isso é uma mudança, quer dizer que superaste e evoluíste. Isso que fazes é onde te deves agarrar.
Obrigada ;)
EliminarEu espero bem que o meu filho me recorde com esse amor e carinho, que saiba que dei sempre o meu melhor e me esforcei por estar lá, por lhe dar amor e carinho.
Eu realmente não tenho boas recordações. Muita coisa aconteceu. Creio que ela se arrependeu, pelo menos de algumas coisas mas continuo a não ter boas recordações dela, nem da minha infância com ela.
Mas tive uma "mãe", uma avó que me amou imenso e me deu o amor, carinho e a protecção que uma criança merece e eu sempre a vi como a minha verdadeira mãe.
D.
Olá Uva,
ResponderEliminarFaz-me lembrar: "é tão Dona Laura, quanto ela" , Miguel Araújo.
Beijinhos e bom fim de semana.
Mia
O meu berçário
ResponderEliminarfica do outro lado
e tendo tido só meninas
é mais complicado
Para elas, cá o velhote
é um inimitável D. Quixote
:D
Ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,, Bem disposto. Bom dia Uva.
ResponderEliminarhahahah oh meu Deus! o que me ri com isto hahaha
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