De
acordo com o All Africa, a lei traz esperança de que os nigerianos
"comecem a aceitar que práticas culturais e religiosas também devam sujeitar-se aos direitos humanos".
De acordo com dados divulgados pela Unicef em fevereiro, há cerca de 130
milhões de mulheres e meninas vítimas da prática, vivas atualmente.
Jonathan Goodluc, antes de sair do Governo, faz jus ao nome e transfere para as mulheres nigerianas a
boa sorte que todas elas necessitam para ultrapassar aquela que é a maior barbárie aos direitos humanos das mulheres.
Resta apenas que as mães destas meninas, no segredo das suas casas, não se furtem a esta espetacular medida.
Tudo dependerá delas.
As usual.
Não muito longe, na Guiné Bissau, três anos depois dessa prática inominável ter sido proibida, chegou à Assembleia Nacional uma petição a solicitar a imediata revogação dessa proibição. Enquanto uns evoluem, outros regridem a passos largos.
ResponderEliminarQuase que me custa acreditar que isto seja possível fazer-se ainda, menos acredito que ainda queiram ver revogada a proibição e ainda mais saber que isto acontece cá em Portugal, mesmo debaixo das nossas barbas.
EliminarO que não se faz e o que não se diz às crianças no 'aconchego do lar'...
São aquilo a que eu chamo de famílias auto-imunes, isto é, o sistema imunitário (família) fica desorientado, atacando o próprio corpo e os órgãos que deveria proteger.
São as mais difíceis de tratar.
Uva, grande parte dos subscritores da petição que te referi são mulheres. Sim, as mais difíceis de tratar, tal a profundidade das feridas que carregam.
EliminarNo fundo, apenas a confirmação de que as mentalidades não mudam por decreto.
EliminarSão as mães.
EliminarÉ isso mesmo, mas por algum lado temos de começar.
Mirone e Uva, este tema tanto nos horroriza a nós, que vivemos numa cultura privilegiada em muitos aspectos, como é aceite por algumas das mulheres dessa cultura muçulmana, daí a petição que a Mirone refere ser inacreditavelmente assinada por tantas mulheres.
EliminarEu li um livro escrito por uma destas mulheres (mas da Somália) que fugiu para a Europa, a Ayaan Hirsi Ali, que conta como é e testemunha a aceitação da mutilação genital por parte de outras mulheres. Elas sendo mutiladas e cosidas sentem-se mais puras e dignas de respeito perante o futuro marido e a sociedade, etc. É mesmo terrível de imaginar, mas é verdade. De qualquer forma, penso que a tendência é para se abolir essa monstruosidade. Ou pelo menos quero acreditar que sim.
Eu também quero acreditar que sim. Este era um caso em que gostava que as mentalidades mudassem por decreto, para acabar o mais rapidamente possível com esta monstruosidade.
Eliminar