Se um dia me dissessem que havia de passar trinta manhãs de sábado, e algumas de domingo, num hipermercado apinhado de gente, mormente no corredor dos brinquedos, à procura de presentes de aniversário para as amigas da minha filha, numa tentativa de não lhe arruinar, em tão tenra idade, a vida social, ai que largava uma gargalhada, largava, e era bem capaz de não me ficar por aí, porque conhecendo a peste como conheço, ainda era menina para fazer aquela cara de gozo seguida do pensamento altivo, muito parecido aos que têm aquelas pessoas h-o-r-r-o-r-o-s-a-s que comem como alarves mas que nunca engordam: 'ele há pessoas que se prestam a tudo, credo!'.
Mas é assim.
A vida é um carrossel, e nas voltas que a vida dá, o melhor é arranjar logo umas canadianas daquelas que se encaixam na sovaquinha, para não andar por aí aos caídos, toda coxa, a dar espetáculo.
A frase 'Eu era uma mãe perfeita, até ter filhos.' havia de me servir que nem uma luva das mais caras, dessas que dão os construtores civis aos Presidentes da Junta, se me tivesse debruçado nisso dos filhos e das mães antes de ter feito 'aquelas coisas' e de me ter nascido a criança.
Pois é como vos digo pessoas: hoje em dia, se me quiserem apanhar em atividades ilícitas que depois podeis aproveitar para contar à minha mãe em estilo de vingança infantil, é ver-me a esconder os presentes que dão à minha filha aos magotes nas datas festivas, e ora deixa cá ver este... este jogo pode ir... ora este panda do IKEA ela já tem oitenta... mais um diário da Violetta... sonegado.... olha esta T-shirt que já não serve e é mesmo boa para a miúda da Paula do 5º andar...
Tudo com a conivência do pai, não penseis vós, cabeças delirantes, que quando um casal se apaixona é porque são diferentes e 'os diferentes atraem-se' e lai lai lai. Nada disso, aliás, acho mesmo que o pai da criança é um clone da Uva-Passa, apesar de já estar um bocadinho... bagaço.
Taruz! (ai não gostas? - então não mistures a minha roupa branca com merdas cor-de-rosa ok?)
Bom, esta treta toda porque fui dar de caras com esta maravilhosa notícia, que meus amigos, não podia deixar de partilhar.
Eu entendo muito bem esta mãe.
Então uma mãe esmera-se, supera-se, desespera-se para dar ao seu rebento, ao seu herdeiro do trono, ao seu principezinho, a melhor festa do bairro, o maior bolo de aniversário do Guinness, e depois é isto? Uma festa preparada com MESES! de antecedência para que não falte nada, para que tudo seja da mesma cor, do mesmo tema, as toalhas iguais aos copos iguais ao bolo igual às palhinhas iguais ao tapete da entrada igual aos lençóis igual ao chapéu de praia igual à mousse de chocolate igual ao saquinho de gomas iguais à cara do pai igual à cara do cunhado que é as trombas do avô chapado!! e depois um dos amigos falta à festa?????
Mas que coisa é esta???
Mas que coisa é esta???
Como é que se resolve uma tremenda falta de respeito destas?
Menos uma criança na festa é coisa para estragar a vida de uma mãe e até a obrigar a uma baixa médica por depressão profunda.
Mães deste meu portugalinho, a Uva deixa aqui um apelo sentido:
A vida é um carrossel.
Se as vossas crianças não pagam, pois também não andam.
Se assumem o compromisso de levar o vosso rebento a uma festa, pelo menos tenham a hombridade de perguntar quanto custa a parte dela, pedir o NIB e fazer a transferência.
É que não há almoços grátis.
Vejam lá isso.
Até fico com a cabeça à roda com tanta festa!
IRRA!
Olha as minhas filhas nunca foram nessa onda de festas...Foram a uma ou a outra para não serem desmancha prazeres.Já o meu filho é uma puta social,quer ir a tudo,uma verdadeira desgraça:)
ResponderEliminarPelo vistos a tua filhota podia juntar-se ao meu e faziam companhia um ao outro nessa coisa de eventos sociais*
Já não posso ver festas à minha frente...
EliminarMas estou sempre preparada para os presentes...
;)
Se precisares de um panda do IKEA, apita.
Esta noticia parece uma anedota, ainda não parei de me rir - já tinha começado com este post espetacular e continuou na noticia.
ResponderEliminarNós é que somos uns palermas, pois já se sabe que se gastamos uma carrada de dinheiro nas festas de aniversários dos nossos rebentos tinhamos era que cobrar a taxa de ausência das crianças que à última da hora não aparecem. E não venham com desculpas que leram quando estavam na praia, na casa de banho, ou na estância de esqui, não interessa que a criança esteja doente ou tenha de ir ver os avós. É pagar e mai nada. E agora vou contar esta ao pessoal aqui do estaminé! AH AH AH
Hahahahaha.
EliminarSe eu tivesse capacidade térmica (sim que eu não me aguento com o frio nem por mais uma - neve então cruzes canhoto) e tivesse ainda capacidade de levar uma trupe de 20 miúdos, tudo agarrado às minhas pernas, para uma estância de esqui, pois que me internassem que eu havia de estar doidinha.
ahahahahahahah
ResponderEliminareu presto serviços numa empresa que organiza festas para crianças, já tinha lido esta notícia. vou aplicar esta "treta" por lá... o que me rio...
Ris porque já tens a tua filha criada! O que sofre uma mãe com as novas festas-pandant não há memória..
Eliminareheheh aquela gente não brinca em serviço. Mas eu nunca corri esse risco que os meus não falham uma, já estão é naquela fase de ir jantar fora e cada um paga o seu. Ricas festas ein? Haja mãetrocínio e paitrocício. Xiça!! Eles querem é festas :))
ResponderEliminarTambé eu Maria, também eu.
EliminarSe pudesse era festas todos os dias... o problema é o frio...
:) Assustador...Talvez os pais do menor que faltou possam evocar uma compensação com o seu crédito pela indemnização pelos danos morais com o choque de receberem a multa...
ResponderEliminar;)))) As pessoas tá tudo doidinho.
EliminarTropecei nessa do "clone da uva passa" e até não consegui ler mais... acho uma inversão grosseira da teoria criacionista... quanto muito a uva antes de passar é que terá sido clone do dito. :)
ResponderEliminar;)))
EliminarEpá... tinha-me dado jeito esta ideia quando uns quantos faltaram ao meu casamento e tive que os pagar!!
ResponderEliminarHahahahahaha.
EliminarPor acaso tive duas ou três pessoas (ou mais já não me lembro) que faltaram ao meu casamento, mas não as pagámos. Foram oferta do senhor da quinta, aliás, do mais porreiro que pode haver.
Até me levou a mim, ao meu marido a às nosssas duas cadelas, e que cadelas, ao hotel, no fim da festa.