21 de janeiro de 2018

O LEITE, O QUEIJO E AS VACAS


Pode parecer muito estranho [para a maioria das pessoas], como é que uma doença do trato urinário pode estar co-relacionada com o [mau] funcionamento dos intestinos. 
Esta estranheza, que eu considero desinformação e ignorância [também médica], foi em última instância o que me levou a um estado de pura loucura, derrotismo e imenso cansaço, porquanto nenhum urologista foi capaz de me curar, interessando-se legitimamente pelo meu estado lastimável, apesar de ter percorrido todos os corredores medicamentosos protocolados para a minha doença, incluindo vacinas, análises semanais de urina, muitos antibióticos na carteira, higiene extrema, diversas complicações relacionadas com a alimentação, com a vida sexual, com o emprego, com a família e com tudo o que estava à minha volta.
Quando acordei para a vida, dei por mim transformada numa idosa pré-incontinente, que saía de reuniões a correr, com ameaças de operações radicais, extrações da bexiga, pielonefrites crónicas e outras coisas medonhas que não deveriam aparecer no filme da vida de uma miúda na florzinha da idade.
Estava um caco. 
Vejo isso muito nitidamente agora.

Faz  dois anos que abandonei o consumo de leite. 
Estou muito arrependida, estupefacta até, de não me ter apercebido antes do tanto mal que me fazia.
Simplesmente estava a ir na direção errada, insistindo numa qualquer malformação da bexiga, cortando em diversos alimentos e bebendo cada dia mais leite, contando que bactérias se combatem unicamente e definitivamente com potentes antibióticos.
Fui, no limite das minhas forças, a um médico proctologista, no fim da linha daquilo que me parecia ser uma doença sem cura, a IUR [infeção urinária recorrente], uma doença que ameaçava deixar-me incontinente aos 39 anos, para perceber que o que me estava a fazer tanto mal era o leite de vaca.

Com a causa da IUR totalmente descoberta, virei-me para o estudo dos intestinos (https://a-uva-passa.blogspot.pt/2017/06/a-vida-secreta.html), mergulhei a atenção na industria leiteira, nos maus tratos dos animais e na forma de erradicar o leite da minha casa.
É muito difícil convencer um adulto a deixar de beber leite.
Existem profissões e instituições altamente especializadas nas mais diversas dependências, sobretudo nas dependências tabágicas, alcoólicas e de estupefacientes, e não consta que sejam perfeitas ou definitivas. Um tóxico (e toda a sociedade) sabe e re-sabe tudo sobre as consequências nefastas do consumo destas substâncias para a sua saúde e ainda assim há milhões de fumadores, de gente informada e inteligente que consome álcool numa base diária e que não dispensa uma subida às nuvens de quando em vez.
Deixar o leite é limpar anos e anos de publicidade e de conselhos maternais. 
É preciso ter muita força para desenraizar hábitos alimentares tidos toda a vida como saudáveis.
O leite é de longe a dependência alimentar mais complicada de suprimir, assim como os ovos e o peixe.

Decidi abolir definitivamente o consumo de leite e derivados da minha casa, sabendo no entanto que retirar estes produtos da nossa dieta, especialmente do dia a dia da minha filha de 11 anos, será o mais difícil de conseguir.
Irei durante os próximos dias e semanas dedicar-me ao estudo dos alimentos de substituição, como sejam o queijo de origem vegetal, e outros.

Haverá com certeza alguém desse lado que não entende o porquê de não ser saudável, de ter milhares e borbulhas na cara, não ter intestinos funcionais com rotinas diárias, sentir-se cansado e com dores de cabeça.
Pode haver uma explicação para isso: intolerância alimentar.

Conto muito que percam um bocadinho do vosso tempo para ver este magnífico documentário.
É absolutamente completo [não fala só do leite], vai a fundo em todas as questões, e deixa um longo caminho a percorrer para quem como eu se preocupa com a saúde e com o futuro da humanidade.






27 comentários:

  1. É também um pouco tendencioso e inclui algumas informações erradas.

    Mais informação, por exemplo, aqui: https://www.scimed.pt/geral/documentario-what-the-health-analise-critica/ (inclui referências).

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    1. Estamos aqui para aprender! Obrigada pela partilha.
      Não sou extremista nem tenciono ser Vegan, mas quero muito começar por algum lado.

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    2. De nada ;) Infelizmente, os documentários sobre saúde raramente são a fonte de informação científica mais fiável, especialmente quando têm um aspecto mais "sensacionalista" e fazem afirmações mais "chocantes". Esse documentário em particular foi criticado por vários médicos.

      Vi o vídeo e um dos argumentos usados a propósito das carnes processadas é muito comum, mas enganador. É um facto que as carnes processadas se encontram no grupo I da classificação da OMS de agentes carcinogénicos. No entanto, esta classificação avalia a qualidade da evidência disponível, não o risco em si. O vinho também está no grupo I; a exposição a produtos de cabeleireiro está no grupo imediatamente abaixo, o 2A. Isto não significa que seja muito provável que venhamos a ter cancro por beber vinho ou ir ao cabeleireiro. Uma boa analogia é: a classificação da OMS é como uma lista diz-nos o quão seguros estamos que uma dada pessoa infringiu a lei, mas não diz nada sobre a severidade do crime. Podemos ter a certeza absoluta que uma dada pessoa estacionou mal o carro, por exemplo.

      Sei que o post não era sobre as carnes processadas, mas sobre os lacticínios, mas quis apenas dar um exemplo de como documentários como esse distorcem a informação disponível para se ajustar à mensagem que querem transmitir. É o mesmo com a citação de estudos. Se procurarmos bem, há um estudo sobre alimentação a dizer o que quisermos. O que importa não é a existência de um estudo individual, mas o que é a tendência global de todos os estudos disponíveis.

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    3. Percebo muito bem o que me transmitiu, mas apesar do teor sensacionalista que podemos encontrar em algumas partes do viedeo, há uma base de coerência bastante evidente com as indicações da OMS. Todos nós podemos perceber que comer carnes processadas é bastante prejudicial à saúde, como também o é passar a comer apenas cenouras e brócolos.
      O meu caso foi gritante, fui [pelos vistos] desde sempre, super intolerante à lactose, sem que me tenha apercebido disso. A intolerância apareceu no final da infância, altura em que me alimentava substancialmente de leite-chocolate para suprir outros alimentos de que não gostava, especialmente fruta e sopa, e a partir daí e em crescendo, deixei de ter intestinos funcionais, o cabelo não crescia, sofria de terríveis enxaquecas e depois, no limite, passei anos com IUR.
      Desde que deixei de beber leite o cabelo está enorme (por exemplo), não tenho dor de cabeça de ir parar ao hospital e nunca mais tive uma infeção urinária severa.
      Há zonas do globo em que 95% das pessoas são intolerantes à lactose, e em crescendo há cada vez mais pessoas com intolerãncias alimentares (é alarmante) muito por conta do tipo de alimentação que fazemos ser tudo menos comida.
      E a descoberta de que a diabetes está ligada ao consumo de carne e não ao açúcar? Impressionante.

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      Fico contente de ser intolerante ao leite e não ao vinho, e se o fosse também aos produtos de cabeleireiro, cortava os pulsos porque se não fosse loira era uma deprimida crónica :)

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  2. Não sei se conhece a Joana Moura (jocooking.com), o seu livro detox paleo e o grupo no Facebook que permite ajudar numa mudança de alimentação: “jeitosos e saudáveis, 30 dias para mudar de vida”. Para mim foram fontes de ajuda preciosas no caminho para uma alimentação mais consciente. Aconselho.

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    1. OBRIGADA PELA PARTILHA!!
      Conheço a dieta paleo, mas a dieta paleo incute hábitos alimentares danosos, tais como comer carnes 'à vontade'.
      Uma das recomendações da dieta paleo para pequeno almoço é, ipsis verbis: omelete com bacon. E é uma ótima opção de café da manhã paleo, experimente trocar o pão com margarina por uma omelete com bacon ou queijo, sacia muito mais, e aumenta a energia.'
      Não, não é por aqui.
      Não vou dar bacon frito à minha filha de manhã. Never!
      Eu não necessito de fazer dieta de emagrecimento, sou até bastante magra, quero é eliminar paulatinamente os alimentos danosos da minha dieta, começando pelo laticínios e pelas carnes vermelhas, porco e frango.
      Preciso muito de encontrar alternativas 'psicológicas', como por exemplo o queijo vegetal e o leite.
      Mas vou ver os concelhos da Jo, podem ter dicas boas.
      Obrigada.

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    2. Eu também não preciso de qualquer dieta de emagrecimento e fiz 30 dias nessse regime mais restrito para me conhecer melhor e a minha reacção aos alimentos. E para dar tempo ao meu corpo para se desabituar do super nocivo açúcar. É certo que a maioria das pessoas que procura este tipo de coisas quer perder peso mas eu só quero ir ganhando saúde. Informe-se melhor nestas fontes que lhe indiquei por favor, vai ver que o que se preconiza é um regresso à comida de verdade, nada de bacons processados e cheios de coisas... O livro da Joana tem uma introdução muito clara e concisa sobre o que se pretende, recomendo. E há também um grupo “paleokids e famílias” mais virado para as crianças - mais recentemente a autora do livro lançou um com uma pediatra (“comer bem, crescer saudável”).
      Eu não ganho comissão, também sou Joana mas não a de que falo, mas tenho me interessado mais pelo assunto da nutrição. :)

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    3. Já que está interessada, aproveito para introduzir aqui um assunto que pode salvar a vida a muita gente, não no sentido estrito, mas pode efetivamente melhorar muito a qualidade de vida das pessoas, e essa coisa é fazer o teste das intolerâncias alimentares, o chamado A200.
      Apesar de qualquer alimento poder causar uma reação alérgica, são oito os alimentos que representam cerca de 90% de todas as reações:
      Ovos;
      Leite;
      Amendoins;
      Frutos secos;
      Peixe;
      Marisco;
      Trigo;
      Soja.

      É caro, mas é bom saber quando devemos fechar a boca.

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    4. Nunca me debrucei sobre a dieta paleo, porque acho que é mais um devaneio sazonal. O que me mete confusão é... há cerca de 2,5milhões de anos faziam bacon? Sem grandes veracidades, porque não me debruço sobre questões históricas a fundo, mas julgo que o "primeiro" bacon ronda a época dos romanos. E carne de porco é do mais saudável que existe... E este comentário não está nada relacionado com a Jo Cooking, mas é recorrente ver bacon, ovos, panquecas e depois a hastag maravilhosa #paleo #paleodiet etc etc etc.

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    5. Dieta Paleo é para quem quer perder peso eliminando os hidratos e açucares.
      Não fiz mas conheço quem faça com algum sucesso. Mas não gosto de dietas restritivas. Prefiro matar-me a pedalar do que não poder uma carrada de coisas.
      Eu sei que sou intolerante ao leite, e isso eu sei que não é devaneio nehum.
      Sempre bebi leite a vida toda, mas infelizmente e por algum motivo, o meu organismo desenvolveu esta intolerãncia que se manifestou nos intestinos e claro, na bexiga que fica logo ali ao lado.
      Felizmente posso trocar o leite por café e chá e não tenho problemas nenhuns, mas para a miúda é mais difícil.
      E ontem já se instalou a tourada.
      Olé!

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    6. (para que fique claro, em nada acho que a tua intolerância é um devaneio, assim como nem todos os intolerantes ao glúten são devaneios. Já outros são intolerantes ao glúten, porque fica bem no panorama actual. Outra coisa que acredito, é que muitas destas intolerâncias ao glúten, não é tanto à proteína em si, mas sim à produção actual dos alimentos, aos alimentos processados, ao facto de o pão ter deixado de ser basicamente água e farinha, e por aí em diante.)

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    7. Estou em total acordo.
      Tem tudo a ver com a forma mais do que o conteúdo.
      Para o leite acho mesmo que não. 95% das pessoas na Ásia são intolerantes ao leite.
      O leite de vaca é para bezerros e no entanto os humanos desenvolveram essa enzima e em alguma altura da evolução ela concorreu positivamente para a selecção natural. Quem conseguia beber o leite dos animais safa-se muito melhor.
      Mas a maioria é intolerante.
      Sobre o glúten reconheço que era céptica, mas depois de me bater à porta num caso familiar, tenho todo o respeito e acho mesmo que é coisa para meter a vida da pessoa em risco.

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  3. Tenho problemas de intestinos , e bebo leite de arroz ou de amêndoa, deixei os iogurtes, melhorei bastante

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    1. Os teus problemas de intestinos devem ser relativos a intolerâncias alimentares.
      Faz um teste e vais ver.
      Ou então elimina durante um mês estes alimentos que referi no comentário supra.
      E não deixes de comprar e beber a água de Monchique.

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  4. Só para te dizer que o problema causado pelo leite (e eu sei porque já deixei de beber leite há uns 4 anos o que acabou com um refluxo gástrico recorrente), que é o aumento geral da acidez no corpo (e que o corpo combate, curiosamente, indo buscar cálcio aos ossos - o que não deixa de ser uma ironia) não se aplica a outros lacticínios (queijo, yougurtes...)
    Aliás, o leite fermentado com Khefir (que dá para fazer vários produtos como iogurtes, queijo para barrar tipo Filadélfia, requeijão...) é extraórdináriamente benéfico para o tracto intestinal, uma vez que contém trinta e tal bactéria necessárias, ao contrário do iogurte normal, que apenas têm 8, o que se traduz num aumento do metabolismo. Além disso o Khefir elimina a lactose do leite, uma vez que o fungo se alimenta da mesma.

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    1. Adorei esta partilha.
      Necessito de bengalas para avançar.
      Conta.me tudo sobre esse Khefir.
      O queijo, curiosamente, não me faz mal, mas como queijo pontualmente, de Nisa ao fim de semana, quando calha ir à minha sogra, em fatias às vezes num bocadinho de pão, mas leite era às pazadas.
      Eu alimentava-me de leite.
      Fiquei de tal forma que já estava numa cena para lá de Marraquexe.
      Quando fui ao médico e ele meteu as mãozinhas na barriga para apalpar intestinos, eu dei um berro tal que fiquei de pé. E ele disse: pronto já sei o que é. Diga-me lá o que come.
      E assim foi.

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    2. E receitou-me água de Monchique para alcalinizar o organismo porque eu estava num estado de infecção intestinal bastante avançado.
      E limão. beber sumo de limão e solução STAGO.
      Acredita que nunca mais fui a mesma.

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    3. o Khefir é um fungo usado para fermentar o leite. Normalmente é doado e cresce bastante, pelo que se começares com uma colher de sopa (que dá para meio litro de leite) em breve tens para doar a quem o quiser.
      O fungo alimenta-se da lactose e liberta bacterias boas para o tracto indestinal.
      Podes procurar mais informação no youtube e há grupos de partilha de dicas e doação no facebook.
      Podes usar leite meio gordo, normal (nada de leites com isto ou sem aquilo... leite sem lactose, por exemplo, mata os fungos, uma vez que se alimentam dela).
      É uma coisa que não dá trabalho nenhum (lavas o kehfir em agua fria corrente, adicionas ao leite e pões num lugar resguardado à temperatura ambiente) e a espessura do resultado depende do tempo de fermentação.
      Posso dizer-te que iogurte liquido é um dia, normal são dois, tipo grego 3 e que quiseres fazer um queijo para barrar 1 semana, deixas depois o preparado no frigorifico um dia e pões em filtros de café por mais um, para separar todo o soro e ganhar ainda mais consistência.
      Podes aproveitar o soro (por exemplo, para fazer requeijão ou até para regar plantas que adoram o soro e crescem bem mais depressa)
      O Sabor é mais forte que o de um iogurte natural mas podes juntar açucar, doces de frutas, podes usar como molho para saladas...
      ...basicamente, podes usá-lo como um iogurte mais azedo.

      Tem todos os beneficios do leite e dos iogurtes (com mais alguns acrescidos) e nenhuma das desvantagens :)

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    4. Uau!
      E onde é que aprendeste estas coisas todas?
      Eu sou uma nódoa em coisas da cozinha e nunca ouvi falar desse soro.
      Tem cálcio?

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    5. Pois...
      ...eu sou o cozinheiro de serviço, que se dependesse d'Ela, só comia ovos estrelados! LOL
      O soro é um produto normal da fermentação. É o liquido que sobra, por exemplo, quando se faz queijo. Desconheço se é rico em cálcio, mas está cheio de nutriente (razão pela qual as plantas adoram). Mas até há quem faça refrescos com o soro, visto que ganha um gasoso natural.

      Aprendi isto tudo recentemente, porque suspeito que a minha Mini Me, devido aos genes asiáticos, tenha também problemas com o Leite. Além disso, tem o metabolismo baixo e cheguei ao Khefir através de uma colega. Entretanto fui vendo tutoriais no youtube e receitas onde pode ser usado.

      Mas os meus problemas com o leite começaram desde miúdo. Desde sempre só conseguia beber leite traçado com café (muito café e pouco leite), mas sempre tive problemas de estômago que acabaram por degenerar numa ulcera. Mas nunca atribui isto ao leite. Aliás, só bebia leite do pacote quando estava com muita azia, uma vez que o leite é um anti acido natural e acalmava. Mas se acalmava por um lado, estragava por outro.
      Deixei de beber leite por causa de um problema no joelho. Tinha dores horríveis na articulação e enquanto estava à espera de uma ressonância magnética (que foi marcada para 1 ano depois) acabei, por insistência de familiares, a ir a um centro homeopático. A 1ª coisa que me fizeram foi retirar o leite (substituo por chá verde ou preto) e a carne de porco (não retiraram mas disseram para diminuir ao maximo o consumo, visto que também provoca inflamações). Ao fim de 2 semanas a inflamação no joelho tinha desaparecido. No entanto fui-me apercebendo aos poucos que o resto também estava muito melhor.
      Era raro o dia em que me ia deitar sem ter o estômago a arder...
      ...agora é raro quando acontece (e é, normalmente, quando faço uma qualquer estupidez - portanto acabo por saber bem o porquê de acontecer)! :)

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    6. Isso não se chama almece? O soro do leite? O meu pai fala muito nisso.

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    7. Se queres que te diga, não faço ideia!
      Ao contrario da ideia propagada em alguns locais (nomeadamente em casa, pela Mini Me) de que eu sei tudo, há mesmo montes de coisas que não sei... :)

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    8. Eu tinha coisas do caneco, imagina: não me crescia o cabelo, unhas era a desgraça, não ia à casa de banho como as outras pessoas, enxaquecas de ficar paralisada, do tipo 'já para o hospital', e milhares de outras coisas.
      Larguei o leite e tenho um cabelão desgraçado, nunca na vida tive o cabelo tão comprido, e cresce e cresce, intestinos uma maravilha, unhas de felino, e dores de cabeça olha, gone, só tenho na altura do período.
      Aliás, esta coisa da cabeça foi a primeira coisa que desapareceu.

      (Lá em casa é o meu marido que cozinha, e bem, pelo que não vale a pena estragar!)
      Portantos só coisinhas boas!

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    9. Eu conhecia uma médica que dizia "Leite, leite, isto é só propaganda! Ainda por cima, bebem o leite por causa do cálcio, mas bebem leite magro, que não tem gordura para o cálcio fixar aos ossos! Isto é tudo parvoíce. somos os únicos animais que bebem leite depois da amamentação e ainda por cima de outras espécies!"

      Sabes que mais? Fiquei com a certeza de que ela tinha razão!

      (atão, pelos vistos, em tua casa é como na minha! Tb só sabes fazer ovos estrelados? LOL - just kidding)


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    10. Não, sei fazer tudo (menos favas), e faço até bem, digamos assim, mas é uma canseira, irrita-me, nunca sei as receitas, é sempre tudo a olho, e a situação complica-se porque eu sou a última a chegar a casa, bastante depois dos restantes elementos (famintos), pelo que quando chego já vem um aroma fabuloso da cozinha, sinal que alguém se antecipou e não ficou sentado no sofá.
      Eu sou a que faço a salada, como as azeitonas e provo o vinho.
      ;)

      (Ele é que não me deixa fazer... ........................)

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  5. Deixar o leite, apesar de algumas dificuldades, não é complicado para a grande maioria das pessoas pois existem várias alternativas. O glúten, no entanto, é pior: mesmo pessoas diagnosticadas com doença celíaca aldrabam a dieta pois não conseguem viver sem pão de trigo... Quando digo que faço dieta sem glúten (e faço-o por diagnóstico médico, não por moda) a maior parte dos comentários vai no sentido " E como é que fazes com o pão? Ah, eu não conseguiria viver sem pão".
    Pessoalmente, parece-me mais difícil eliminar a manteiga e o queijo, já que o pão substituo-o bem, mas acho engraçado que a maior parte das pessoas fique horrorizada com a ideia de não poder comer pão (de trigo).

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    1. Dieta sem glúten é efectivamente muito tramada por causa do pão.
      E tem outras coisas chatas, sobretudo porque temos de estar com muita atenção no 'fora de casa'.
      Não sei se estar constantemente no WC a fazer chichi aos bocadinhos, ou com dores horríveis de intestinos e diarreias medonhas (no caso dos celíacos)não faz o cérebro acatar a evidência e naturalmente fazer a pessoa esquecer-se dessas maravilhas gastronómicas.
      Acho mesmo que o nosso cérebro se prepara para essas coisas.
      Eu deixei de fumar há 12 anos e o meu cérebro acatou isso e agora nem pensa em cigarros.
      :)

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