30 de outubro de 2015

Bom.. já que os Zportén(guistas) não se calam






Sim!!! Já sabemos que ganhaste ao Benfica, 3 batatas, muito bem pázinho, mas agora dá para te calares um bocadinho?? Não vale a pena gritar, espernear e babar para cima dos jornalistas e das televisões, armado em emplastro do Lumiar, porque isso é só ridículo e só te coloca numa posição de inferioridade relativamente ao Benfica.  Além disso, e não é pouco, só ganhas atenção para o teu lado, escusada, que não te favorece muito por imposições do teu passado lá nas claques e isso. Comporta-te rapaz, e vê lá se te fazes um homenzinho.

Artista: Selçuk Yılmaz

29 de outubro de 2015

Já chegou lá a casa o recadinho do fotógrafo da escola

Parece que há coisas que nunca mudam não é?
Parece que há certos negócios que se alojam como carrapatos a certas instituições e que dificilmente se conseguem de lá tirar.
Não sei mas parece(-me) que as escolas primárias são um alvo fácil deste tipo de negócios, talvez, quem sabe, por não haver quem meta freio naquilo. A diretora da escola que também dá aulas de substituição quando os professores faltam, que recebe os pais dos meninos problemáticos, que se ocupa dos colaboradores malcriados que gritam intervalos inteiros e que também verifica? se a comida que metem nos pratos das crianças é ou não comida, é exatamente a mesma que contrata os serviços de impressão, que toma conta do economato, dos detergentes, das lâmpadas, do buraco que se formou no meio do pátio, do aquecedor que se avariou há mais de 4 anos, e, acto contínuo, da contratação do fotógrafo dos meninos.
Talvez a diretora se preocupe com as coisas que são alvo de avaliação do Agrupamento - porque no final é ela que responde pelas despesas que ali se fazem - mas quando toca a despesas que são da total responsabilidade dos pais, parece que tudo serve, até um fotógrafo qualquer, que tira fotografias HORROROSAS vai para mais de 30 anos, mas que ninguém se preocupa em mudar.
Chegou-me mais uma vez o papelinho a casa.
12,50€ para a fotografia anual. 12,50€ que dão para uma foto de grupo, uma de busto, dois calendários e uma espécie de porta-chaves com a carinha da ML em miniatura, normalmente sem metade da testa.
Mas para que raio quero eu um porta-chaves com a fotografia da ML? É para quando perder as chaves dar indicações exatas de onde pertencem (e a quem pertencem) para lá irem a casa dar uma voltinha nas gavetas?
E o papelinho? Quem é que escreve o papelinho? É a diretora? É que se for, escusa de me dizer para eu mandar a minha filha 'bonitinha e limpinha' para a escola no dia do acontecimento fotográfico, que eu não lhe dei confiança nenhuma para essas generalizações.
Ainda para mais desde a 1ª classe que a fotografia calha invariavelmente à 4ª feira que é apenas e só, ai que raiva que isto me dá, o dia da aula de educação física de todos os meninos.

Cara diretora, vocência até pode pertencer ao grupo das que se passeiam muito bonitinhas em fato de treino pela superfície comercial, toda suada, com os cabelos todos desgrenhados, mas tenha dó e faça-me um favor: contrate um fotógrafo em condições, marque a fotografia anual para um dia escolar normal, e não seja paternalista.
Já bem basta o que basta. 

28 de outubro de 2015

DIVULGAÇÃO


Museu de Arte Antiga lança esta terça-feira uma campanha de angariação de fundos para comprar uma obra de arte. É a primeira que se faz em Portugal. A Adoração dos Magos, pintura de Domingos Sequeira, está há 170 anos na mesma família e pode ser agora comprada por 600 mil euros.

Custa apenas 6 cêntimos a cada português.
Vale muito a pena conhecer o projeto:AQUI!

Não acreditam em mim?


Então vejam bem a solução encontrada para um deputado paraplégico, Jorge Falcato do Bloco de Esquerda, para entrar e sair do parlamento.
Aquilo é para se lhe faltarem as forças nos braços, o homem voar até ao Marquês?
Mas está tudo doido?
A casa das Leis que criou uma ASAE absolutamente indignada com cafés sem WC para deficientes, que devora multas como uma debulhadora ensandecida para os prevaricadores, vai-se a ver e é a mesma que arranja um solução que é uma verdadeira BOSTA, a que chamam rampa provisória (hiper perigosa) para um deputado com problemas de locomoção?
Sem palavras para esta vergonha. É o desrespeito total pelo cidadão. É o falhanço do Estado Providência.
É muito triste ser-se doente e inválido neste país de merda!

Walking Dead


Estava eu tão entretida a ver as novas caras do Governo PáF, quando rotundo os meus olhos numa notícia que também me fez paf!
'Alteração do regime geral das pensões de velhice e invalidez'.
Claro, o ataque continua, por baixo do pano, com é apanágio da rataria apostada em acabar com o Estado Social.
Até agora, a idade de acesso à pensão de velhice era de 65 anos mais o número de meses necessários para compensar o efeito da aplicação do factor de sustentabilidade no valor da pensão: a partir de 2016 (o annus horribilis), a idade de acesso à pensão de velhice será de 66 anos mais o número de meses que, em cada ano, acrescem a esta idade em função da evolução da esperança média de vida aos 65 anos.
Mas não nos fiquemos por aqui.
A estupidez de certos grupos parlamentares não conhece limites à sua própria vida, e vai daí, semeia um vento que os vai atingir em cheio nas ventas.
Esta gente acha que vai viver jovem e saudável para sempre.
Vão haver alterações ao regime especial de proteção na invalidez.
É para fazer cagada que se faça à séria.
As doenças englobadas foram alargadas e fazem disto uma grande bandeira:
A Paramiloidose Familiar, Doença de Machado Joseph, Sida, Esclerose Múltipla, Doença de Foro Oncológico, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença de ParKinson e Alzheimer, entram no rol mas desde que se comprove que os doentes estão totalmente dependentes de terceiros ou com uma esperança média de vida de três anos.
Entretanto se o doente viver afinal seis anos ou mesmo 20 porque a doença se tornou crónica, temos o baile armado.
O Governo defende que o diploma é mais justo e vai abranger um maior número de beneficiários.
Mentem, porque há inúmeras doenças incapacitantes para o trabalho (por exemplo a depressão, a esquizofrenia e a demência), que não nos dão 3 anos de vida e não nos faz depender totalmente de terceiros.

O novo regulamento cria assim um novo grupo de trabalhadores: os Walking Dead.
Se tem pernas para andar mesmo que estejam meio mortos, ainda dá para fazer umas horas ao patrão.

27 de outubro de 2015

Demasiado fiambre

Tenho 39 anos.
Nasci com uma grande propensão para comer, tanto que com 9 meses já pesava 12 quilos.
Foi sol de pouca dura. Assim que comecei a andar, tarde, o meu estômago encolheu, pespegou-se a hiperatividade nos ossos, e a hora das refeições era um martírio tão grande que ainda hoje a minha mãe sofre do trauma.
Lembro-me de ser muito pequena, e de estar sentada à mesa como um criceto. O bolo alimentar atravessava de um lado ao outro o buraco negro da boca, cheio de medo do escuro, e dali não passava. À pergunta desesperada da minha mãe, sobre o que queria eu comer afinal, respondia-lhe um bifinho, e naqueles tempo de vacas magras a minha mãe fazia das tripas músculo cardíaco e ia desencantar um bife que fritava com margarina de origem animal.
E também me lembro da moda dos bifes de cavalo. Lembro-me mas gostava muito de esquecer.
Depois comecei a ficar sozinha em casa. Aos 6 anos. Por essa altura apareceram as pizzas, e a minha mãe, vendo-me entusiasmada com a moda, comprava as bases e fazia ele própria o recheio. Linguiça. Pedaços de carne de porco frita. Queijo às fatias. Fiambre.
Devo ter comido centenas de pizzas, com quilos de fiambre.
Quando me pus ontem a escrutinar a minha vida alimentar, por força das notícias da OMS, dei-me conta que em quase todos os dias da minha vida, à exceção de alguns períodos em que enjoei este ou aquele alimento, consumi fiambre. Se não foi fiambre foi paiola. Se não foi paiola foi paio. Se não foi paio foi pica-pau, costeletão, febras, bifinhos ao champignon, fiambre, fiambre, fiambre.
Dizem que os enchidos estão agora no mesmo grupo que o tabaco. Pois eu fumei durante 15 anos cigarros enrolados em fiambre.
Há uns anos a esta parte deixei de consumir bifes de vaca, aumentei exponencialmente o peixe, e reduzi muito o porco. Mas quem é que eu quero enganar? Sou alentejana. Tenho à minha volta um grosso e volumoso porco que acena com uma bela chouriça.
Quero com isto dizer que de acordo com a OMS sou uma bomba relógio para o cancro.
Somos todos.
Decidi hoje o corte radical com as carnes vermelhas, da mesma forma que decidi cortar com os cigarros, com a coca cola, com os sumos e com o álcool.
Serei infinitamente mais infeliz, mas gostava muito de cá andar mais uns aninhos.

26 de outubro de 2015

O que tens Uva?


Hoje a coisa está preta.
Dentro da cabeça.
Amanhã há mais.
Abraços!

Bulimia Informativa

O termo utilizado no título do post não é meu e nem sequer é atual, e se pensarmos na vertiginosa velocidade que os meios informativos imprimem às notícias, e compararmos o que sobre isso já foi escrito até aos dias de hoje, podemos considera-lo um termo pré-histórico que ficou enterrado nas catacumbas da história. É de 1989 (tem 26 anos) e foi o economista e professor Víctor Beker que primeiro dissertou sobre ele.
Para mim, e até hoje, era totalmente desconhecido.
Bulimia informativa é um termo espetacular. Recebes a informação, vomita-la em qualquer rede social, em qualquer jantar, em qualquer tema de conversa entre amigos, e acabou, dela não retens absolutamente nada.
Nem vitaminas e nem proteínas.
Sujeitamos-nos a uma intoxicação de informações, como nos sujeitamos ao fast-food, ao exagero do açúcar, do sal, das comidas transgénicas, e depois, com a mesma facilidade do profissional do vómito, metemos a mão à boca e libertamos o espaço no estômago para voltar a encher de futilidades.
Acho que já referi aqui muitas vezes que o pior defeito que encontro nas pessoas é a inveja.
Apesar de ser para mim insuportável a inveja, eu própria a sinto, mas de forma diferente.
Invejo não o indivíduo em si, mas a qualidade do indivíduo, a possibilidade que lhe dá aquela capacidade. Poder-se-á dizer que se alguém consegue fazer 100 km em cima de uma bicicleta, a minha inveja trespassa completamente o indivíduo e recai-lhe toda na pujança das pernas. Eu gostava de ter aquelas pernas, não as pernas daquele indivíduo.
No caso em apreço, e sou completamente bulímica informativa, invejo a prodigiosa memória de certos indivíduos.
Invejo a capacidade que demonstram em reter do lixo informativo somente o fulcro da questão. Saber que o terramoto de Lisboa foi em 1755 numa altura em reinava D. José I, não é o fulcro da questão.
A informação é banal, junta-se a outras tantas datas, mas ter capacidade para memorizar (e saber que é isto que tem importância memorizar), como por exemplo, que foi no dia 01 de novembro, dia de Todos os Santos, às 9.30h, que foi a partir desse evento que se começaram a enterrar as pessoas em cemitérios, que se tornou menos arreigada a questão religiosa nos lisboetas por lhe caírem as igrejas em cima, que foi a primeira vez que se fizeram valas comuns em Portugal, e que o Marquês do Pombal fez a partir daí as ruas mais largas para o fogo não se propagar de um lado para o outro, é que já é a manifestação de uma prodigiosa memória e a sabedoria de saber filtrar aquilo que importa saber sobre este tema.

A minha teoria é exatamente igual à constatação que fazemos quando pensamos no doente bulimico.
Quanto mais ele come, pior fica.
Quanto mais informação absorvemos mais preguiçoso fica o nosso cérebro.
Tal como o estômago que não chega a processar os alimentos, pois que com eles pouco tempo convive, também a nossa cabeça está menos disposta a fazer um esforço para pensar realmente sobre uma questão porque logo a seguir já lá temos mais 100 para processar.

Será a nossa uma geração perdida? Perdida porque incapaz de transformar informação em conhecimento, tal como o estômago que recebe e rejeita vertiginosamente a comida é incapaz de a transformar em energia?
Será que estamos a perder os contornos da nossa capacidade?
Como poderemos nós manter a informação e o poder, e como poderemos nós saber que informação queremos ter e que poder queremos alardear?

23 de outubro de 2015

“Porque quando conversamos somos mais humanos.” *


Juntei-me muitas vezes à turba furiosa.
Também aqui deixei, vezes sem conta, o meu ímpeto cesariano, autoritário e imperioso.
Indignei-me por causas perdidas, achando que com palavras se cultivam ações.
Enganei-me de todas as vezes que aqui impulsionada escrevi contra anónimos malcriados, contra políticos corruptos, médicos negligentes, professores ausentes, de mim própria, defeituosa social, a achar que há profissionais da pobreza que não devem ser ajudados, que há ciganos fartos da sua crença, que há gente que soberba, abusa dos poderes mesmo quando os mesmos lhe estão constitucionalmente vedados.
Juntei-me à causa dos refugiados, à causa das meninas mutiladas, à causa da violência doméstica, à causa do fecho das maternidades, à causa da congelação dos óvulos, à causa da adoção por casais homossexuais, e a tantas outras causas que acreditei serem mais fáceis de ganhar se também eu atirasse as minhas pedras.
Hoje ao encontrar esta notícia, e também esta,  pensei para comigo: quantos desses sem-abrigo, mutilados, violentados, refugiados, deprimidos, que tanto defendeste outrora, é que já acolheste em casa? A quantos deste a mão? Quantos conheces? Quem são? Pensas neles quantas vezes por mês? 
Fui falha.
Não porque tenha perdido o meu impeto cesariano, autoritário e imperioso, mas simplesmente porque não lhes serviu de nada as minhas pedras.
Percebi que afinal não é com palavras e pedras e paus que se cultivam ações.
As ações nascem de ações, as ações nascem dos braços, das pernas, das costas, dos pés.
Desengane-se aquele que julga que alardear ao mundo aquilo que os outros não fizeram, fará do mundo um sítio melhor.

A fórmula é simples: se falarmos com os outros em vez de falarmos dos outros, somos infinitamente mais humanos.


*ACA - Associação Voz Amiga.

22 de outubro de 2015

A Uva está louca e ninguém parece importar-se com isso


Esta merdola que aqui vos apresento é a altimetria de um passeio de BTT que vou fazer no dia 01 de novembro.
O passeio é para toda a família e é subordinado ao tema 'respeitem o ciclista'.
São 60 km.
O ritmo, segundo a organização, é moderado, é de passeio, não há competição, e vai tudo nas calmas a apreciar o mar que se estende para lá da Serra da Arrábida.
Só facilidades, aliás, como é bom de ver...
Eu assim que meti os olhos na altimetria do percurso percebi logo que a minha condição física está muito aquém daquilo que é necessário para cortar a meta.
Vou ser a última a chegar. Sou o cu de chumbo das bicicletas. Sou o emplastro do ciclismo.
Desdramatizei.
Vou até onde conseguir ir. Se tiver de levar a bicicleta às costas, pois levarei a bicicleta às costas.
O desistir não está no meu vocabulário, mas é possível que esteja escondido no percurso, atrás das moitas. É preciso contar com ele.
Vou calçar as minhas luvas, meter o capacete, e pedalar até à lua.
Posso ser a última a chegar, mas pelo menos vou tentar, e sobretudo afastar-me, com todas as minhas forças, dos que nunca chegaram a partir.
A verdadeira superação é acreditar que tudo é impossível até ser feito.
E eu vou fazer. Eu e a minha bicicleta.

Respeitem a ciclista ... que ela vai na bisga.
 

Molduras

Sempre associei a minha vida a uma moldura.
Digo isto porque quando penso no meu nascimento, carinha muito redonda que se assomou ao mundo branco do hospital, penso que fui logo colocada num passepartout muito bonito, envolta numa moldura branca, e a minha mãe, muito estafada da operação, segurou-me e levantou-me, como fazemos quando seguramos num bonito quadro, pequenino, e exclamou: olha que bonita!
A moldura escolhida pela minha mãe ainda hoje se mantém.
Estou protegida por aquele engradado de amor e perplexidade, por um  passepartout muito alvo na moldura larga e resistente, e vejo-me pendurada por um preguinho minúsculo que me colocaram nas costas, às vezes um pouco torta, perdida na parede branca, mas protegida das coisas inferiores e fundas, que passam por baixo de mim.
A moldura, como todas as molduras, permanecem por toda a vida, as fotografias é que mudam.
Como eu.
Mudei tanto que no fundo a única coisa que reconheço é esta coisa engradada à minha volta. Sei que se apareço fotografada depois de um desgosto, de uma derrota, de um banho de mar onde quase me afoguei, de uma corrida inacabada de BTT, a moldura me segura, o preguinho não cai, e eu, de carinha muito redonda, agora também perplexa, posso assomar ao mundo, e vê-lo ainda de cima, segura no meu preguinho.
Vinha hoje pensando na fortaleza interior que é a nossa moldura exterior.
Vinha hoje pensando o que sentirão as pessoas que de repente perdem a sua moldura e se vêem como qualquer papel tombado no chão.
A minha moldura não é a minha mãe.
A minha moldura é aquele preguinho minúsculo que ela me pregou nas costas.
Ele chama-se auto-estima, e é bem capaz de ser a melhor coisa que tenho. 

Há molduras que se partem.
Mas o ferro é inquebrável.

21 de outubro de 2015

Olhem aqui a corrida ao poder dos 4 partidos mais votados


O atarracado da esquerda, que vai de ombros encolhidos, e que não caiu ali, cairá mais à frente... cerca de um ano depois.
Certinho como eu me chamar Uva Passa.

Sempre a dar no pedal



Se a montanha obesa, lontra, preguiçosa e mal disposta não vai a Maomé, então o Maomé, cheio de genica, todo convencido que é desta que faz a travessia do deserto montado numa bike de BTT, vai às fuças à montanha, pede-lhe satisfações, grande lontra não me ouviste a chamar? zástráspás, grande sova na montanha, e volta com menos 500 calorias.
É o que dizem os especialistas.
A Uva é o Maomé e a montanha é o novo ginásio do subúrbio.
500 calorias é o que dizem que se perde numa única aula.
A montanha que não tem filhos vai para 25 anos, mas vai parir, oh se vai, uma uva nova todas as sextas e sábados.

O que é que se passou?
Inscrevi-me ontem no Cycling.
Tungas!
Vou fazer aula à sexta feira à noite e ao sábado de manhã.
Tenho direito a 3 dias por semana para passarinhar no ginásio e vou pagar 15,00€ por mês.
Já paguei 3 meses. Não há maneira de desistir disto assim. 45,00€ é muita massa para deitar janela fora, além do que é muito mal educado mandar coisas pela janela.
Não sei o que se passa comigo.
Sinto-me capaz de engolir o mundo.

Volto cá para vos falar disto no sábado, já com alta musculatura nas canetas.
Me aguardem.

A carroça à frente dos bois

A Câmara Municipal de Lisboa resolveu, em conjunto com a EMEL, lançar um concurso público no valor de 29 milhões de euros!! para implementar já em 2016 o sistema bike-share em Lisboa, através da disponibilização de 1400 bicicletas em 140 pontos espalhados pela capital.
Além do valor do concurso, manifestamente galáctico para o tipo de investimento que é (quem será o sortudo a quem vai sair este euromilhões das bicicletas?), a Câmara Municipal põe mais uma vez a carroça à frente dos bois, por descurar por completo o problema de fundo da mobilidade urbana na cidade de Lisboa.
Uma cidade  e uma Câmara Municipal totalmente pró-veiculo automóvel, junta no mesmo barco o descarado roubo ao erário público, e não resolve o problema de fundo, “problema que apenas se resolveria com fortes restrições físicas e legais ao uso do automóvel na cidade, cuja área de ocupação, considerando rodovia e estacionamento, estima-se, ultrapassa os 2/3 de todo o espaço público da cidade, diz e bem João Pimentel Ferreira.

Na minha opinião, com bastante menos dinheiro, se investia em ciclovias bem desenhadas, mais extensas, em circuitos protegidos, em sinalização, em fiscalização física, e os cerca de 2500 cidadãos que utilizam a bicicleta como meio natural de transporte, e que se estimam existir atualmente em Lisboa, passariam imediatamente para números muitíssimo superiores, sem necessidade de investimentos de milhões e milhões sonegados mais uma vez aos já depenados contribuintes, podendo ser investidos em outras tantas obras, nomeadamente num definitivo e eficaz sistema de escoamento de águas pluviais, que já se sabe, é a maior vergonha dos olhos de Portugal na cidade de Lisboa.
Já para não falar no dinheiro que se poupava em multas à Europa por constantemente se ultrapassarem os níveis de poluição na capital.

Não percebem nada da poda, mas continuam a desbravar terreno.

imagem@http://sandvault.com/about/bike-share-experience/

20 de outubro de 2015

Não sei o que se passa na cabeça de certas pessoas...


"Tinha ingerido provavelmente cerca de 800 gramas de cocaína, distribuídas por 80 cápsulas. Uma delas rebentou."

Da absoluta vergonha do Processo Penal em Portugal

Quando em tempos escrevi este post, e recordo-vos que foi para defender a vergonhosa prisão do Sócrates, os ânimos exaltaram-se.
Supus, creio que bem, que o motivo se prendeu essencialmente com a má imagem que algumas pessoas tinham da figura política do cidadão José Sócrates e consequentemente das falhas que essa mesma figura teve enquanto homem de Estado.
Nunca vi ninguém capaz de separar o político do cidadão. Foram todos inquinados pelas águas impuras do poder, que a todos salpicam, e do seu abuso por parte daqueles que o detêm.
Nunca foi minha intenção defender José Sócrates, mas sim atacar o sistema, nomeadamente o sistema penal português, que de mim merece apenas isso, uma grande e exaltada pena.
Veio agora tudo ao de cima, e verifico que estava certa nas minhas conclusões.
Como se pode verificar o homem foi colocado em 'liberdade'.
Isto seria impensável naquela altura, disseram, como seria impensável agora se nos detivéssemos nos factos.
E o facto é que um cidadão foi preso, sem flagrante delito, e pior, sem possibilidade de saber o motivo da sua prisão, durante meses, por nenhuma questão particular. Só porque sim.
O cidadão José Sócrates, em nenhum momento da sua longa pena, pode defender-se porque pura e simplesmente não conhecia nada da sua acusação.
Reitero o que diz João Araújo (advogado de JS) sobre aquilo que se passou e passa, que é a maior e mais infame injustiça na democracia: a violação dos direitos de defesa.
Nenhum cidadão deveria jamais ser privado da sua liberdade, preso, justa ou injustamente, sem o direito de se defender, sem o acesso total à acusação de que foi alvo, aos documentos produzidos contra si pelo Ministério Público, no momento imediatamente a seguir à prisão.
Passou um ano. É triste.
Também o disse aqui, e volto a dizer, como é que se prende para a vida uma pessoa com base em suspeitas, pressupostos, presunções?  
A única presunção que é aceitável é a presunção constitucional de inocência.
Essa foi francamente e totalmente violada, e continua a ser violada, com o atraso na digitalização dos documentos do processo, única forma que tem de aceder ao direito de se defender.
É uma vergonha.
Estamos completamente subjugados.

E acrescento: sempre que me encontrar com alguém que subjuga, acusa, denigre, ataca, mente, devassa a vida de alguém, sem ter qualquer prova contra essa pessoa, baseando o ataque em fúteis e infundadas presunções, em opiniões alheias cheias de descrença e inveja, subtraindo a essa pessoa uma forma de justa defesa, pensarei imediatamente na melhor forma de lhe transmitir o que isso pode significar para um cidadão, para um ser humano, como eu, com a mesma necessidade e o mesmo direito de quem o acusa, de ser livre e de provar a sua inocência.
É isso que farei sempre.  
É exatamente isso que penso fazer.

17 de outubro de 2015

The biker

Hoje não estarei por aqui.
Este post foi escrito ontem (olha eu aqui a falar no ontem como se não fosse hoje que estivesse a programar o post de amanhã) para saberem exatamente onde anda a vossa Uva do coração.
Estarei em Santarém para a 12ª edição do Festival Bike Portugal, que é apenas e só o maior evento do país dedicado à bicicleta e a todos os que se encontram, de alguma maneira, ligados a este sector.
Eu estou ligada ao setor.
Pelo coração.
Não sei o que irá suceder no futuro, se o BTT não será só mais uma das minhas paixões adolescentes, inconsequentes, que me farão arrepender a-m-a-r-g-a-m-e-n-t-e cada tusto que já gastei com a modalidade, comprando tudo o que me aparece à frente para não me esbardalhar toda das costas, dos joelhos, da cabeça.
Até agora corre tudo bem.
A ch(uva) tem ajudado bastante, o fim de semana passado não consegui sair de casa, este fim de semana tenho o evento e no mesmo dia um jantar de turma de faculdade; domingo há que fazer as visitas familiares da praxe e enfim, estou desolé, mas estou confiante!

Como não podia deixar de ser, também os artistas são apanhados pela febre das bicicletas e a Stefanie Rocknak não foi diferente.
Mais uma vez a arte para me curar tudo.
Belíssima.










Já ganhou!!! É o camisola amarela.
Um dia conto-vos a história do camisola amarela.
Hoje não é o dia.

16 de outubro de 2015

Ainda sobre a (minha) alimentação


Estás com má cara miúda. Tu andas a alimentar-te bem?

Eu às vezes até me passo!
Sabem aquelas pessoas que já não vemos há séculos?, sabem lá elas da nossa vida, se somos ex-reclusas, se temos uma doença grave, se estamos em greve de fome porque o Cavaco... e que quando nos encontram dizem logo com um ar muito desconsolado «estás mais magrinha não estás, nem cor tens, andas doente?»
Sim, ando! Estou praticamente morta. Olha aqui o coração, praticamente parada esta porcaria!
Mas não te preocupes, as pessoas no geral põe-me doente, é uma problema que eu tenho, tiram-me a vontade de comer, e eu fico assim, magra, esquelética, cadavérica, encovada, algumas querem-me internar nas novas instalações do Mc Donald´s para doentes magros, mas eu faço muitos manguitos porque não gosto muito das batatas.
«Tu não te alimentas em condições, só pode, é a parvoíce da dieta não é? Tu ainda tens esse problema da dieta?»
Tenho! Tenho a dieta aqui enfiada aqui no, pá, é crónico estás a ver, não tem cura, já tentei de tudo ouve lá, até farturas e cenas assim, mas nada funciona. Estou em estado terminal. Se não fosse a ideia da minha mãe em me colocar os pesos do mergulho aqui à volta da cintura e tinha-me ido com o Joaquin.
«Comigo não funciona. Sabes aquelas pessoas que só de beber água engordam?»
«Então não sei! Eu é o probelma que tenho...»
«Pois nem nisso tenho sorte, vê lá tu, sou ao contrário, farto-me de beber água e é isto, esta tristeza.»
«E vitaminas, tipo para a cabeça ou isso? Tu comes exatamente o quê?»
 Olha, como merda!
«Não brinques com coisas sérias.»

Eu?? Vocês é que andam a brincar comigo!
Ora espreitem a marmita da semana passada.

Fritos à 2ª feira
(rissóis de pescada e uma mistura de arroz com Bonduelle - não achavam que eu cozias as ervilhas... credo.)

 Salgados à 3ª feira
(Bacalhau grelhado super salgado - só para duros. Ninguém come isto, só eu e a minha mãe. Foi ela que me ensinou. Estou-lhe muito grata. A ML também já anda a aprender...)

 Hidratos à 4ª feira
 (posso comer isto a semana inteira, na boínha. O problema é que sou tão alarve que como logo o tacho todo no mesmo dia.)

 (outra vez???) Fritos à 5ª feira
(pastelinhos de forno com frango e uma mistura de arroz com Bonduelle)

 Polvo cozido com batatas cozidas e azeite das nossas oliveiras. 
Como imenso disto, mas é sempre uma luta insana com o polvo.
O cabrão encolhe e depois só dá para duas refeições. 
Não compensa.

 (outra vez???) Fritos à 2ª feira 
Começo sempre a semana com fritos. É uma tradição milenar.
(pastelinhos de forno com carne estufada)
E o belo do dióspiro de roer, que não engorda nada, segundo a (gorda da) Xaxia.


Visto o 36, não sei se já vos tinha dito. 
Sou a cadavérica do Rule of Law.
Estou quase morta.
Mas não é de fome!!

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA ALIMENTAÇÃO, 
SUAS LONTRAS!!!!!!

(bora pedalar?)

15 de outubro de 2015

Pronto já passou

Hoje de manhã estava pior que uma bicha mas agora já me passou.
Entretanto fechei a caixa de comentários aos anónimos maus, e como é óbvio - paga o justo pelo pecador - acertei por tabela nos anónimos bons que me acompanham (alguns) há mais de 50 anos.
Nada teméis.
Eu sei que estão aí a comentar o Uva por telepatia, sei que compreendem esta atitude, que é quase sempre temporária (vem uma infestação de baratas, de ratas-queijas ou outros animais peçonhentos, e uma pessoa tem de deixar que o veneno se espalhe e acabe por matar a maioria) e não tarda, espero, já ninguém se lembra da Uva e dos seus hediondos erros ortogramaticais, e volta tudo ao normal.
O que interessa é ter atitude, não deixar que estas pessoas se entranhem blog adentro e nos façam a cabeça em água.
Já bem basta o que basta, sobretudo aquela história peregrina de que Cavaco deverá mesmo manter a tradição e empossar um Governo liderado pela força que venceu as eleições.
Acho bem. Já temos poucas criancinhas, e não calha bem dispensa-las para pequenos almoços.

Entretanto seguimos com a nossa programação habitual e para animar, já que não posso estar em Óbidos, faço a divulgação de um livrinho novo que ando a ler.
Digam lá se o título não vem mesmo a calhar com o estado atual das (minhas) coisas?

Não sei que mal fiz eu a Deus

Para merecer uma anónima como tu.
Rói-te de inveja, de despeito, de despudor, rói os cotovelos, as mamas, o rabo.
Rói-te por dentro, acaba contigo, envenena-te, espuma-te, contorce-te, bate com pés no chão, arranha-te, arranca os cabelos, esfrega os sapatos uns nos outros até arrancares as solas, a pele, os dedos, os ossos, aperta os maxilares, parte os dentes, arranca a língua.
Por mim podes chafurdar e inundar-me a caixa de comentários com toda a podridão do excremento humano que conseguires produzir, que está dentro de ti, que brota do teu interior e que cheira mal.
Podes cheirar todo o mal que conseguires, todo o mal do mundo, de todos os mundo, do teu mundo.
Não me rala, sabes porquê?
Porque tenho pena de ti.
Tenha pena de seres uma pessoa que perde os seus dias, os seus minutos, a sua vida, só a pensar na melhor forma de colocar as palavras num computador para atingir alguém que tem um blog.
Um blog, ouve lá, não é um partido político, não é uma força de intervenção, não é uma igreja, não é uma ideologia, não é nada que te possa deprimir e comprimir fazendo-te esguichar fel por todo o lado.
Não me conheces, a não ser algumas ideias que vou tendo, vagas, delírios, que não magoam ninguém, coisas que não interessam a ninguém. Não te roubei o marido, o emprego, não fiz pouco de ti, não te gozei, não te destruí, não chacoteei, não importunei, não te bati, não te vi, não te conheço e a menos que não tivesses sido tu a vir aqui cheirar, acossada por qualquer coisa que não entendo, eras para mim completamente indiferente, um ponto negro no meio do escuro.
Não preciso que me dês essa importância toda.
Vivo bem com a minha simplicidade, com as minhas coisinhas, não preciso da tua imensa sapiência, das tuas correções aos meus comportamentos desviantes, não necessito que me relembres quantas foram afinal as fontes que coloquei no meu texto, se me enganei e substituí o trás pelo traz, o à pelo há, um cagalhão por uma poia gigante de merda.
Vai-te.
És um poço sem fundo.
Tenho pena de ti.
Não sei se já te tinha dito.

14 de outubro de 2015

Divulgação

FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DE ÓBIDOS
de 15 a 25 de outubro 2015

Mais informações aqui e aqui!



Ladies and Gentlemen! Boys and girls!

Please meet the overwhelming, the breathtaking Beth Cavener.
(as fotos no site têm uma visualização muitíssimo melhor daquela que consigo transferir aqui para blog)

Estou absolutamente deliciada com o trabalho desta artista.
As esculturas são magníficas (e enormes) pelo que se quiserem conhecer o método que é utilizado para as construir, e a trabalheira que implica, por favor, não deixem de visitar o site, especialmente nesta parte.
Vale muito, muito a pena.
Enorme trabalho.
Para quando uma exposição para a vermos de perto?
Se alguém me ouve: Plizzzzzzz.