E ainda dizem que o governo do PS mimimimi.
Agora imaginem se de
repente, do nada, lá nos tempos de estudantes, vos dissessem: bom, caros alunos, este ano não há
exames!!!! Até me tremia a passarinha!
ML, filha, já nos safemos!
Para os professores peço calma. Os vossos exames de avaliação, ou muito me engano... ou também vos vai tremer a passarinha!
27 de novembro de 2015
Alguém do Barreiro????
26 de novembro de 2015
A Uva escreve por ti!!!
Moças casadoiras, atentai!!!
Se tendes uma história de amor muito linda para contar, mas não tendes queda nenhuma para a escrita, viestes ao sítio certo!
Não percais mais tempo...
A Uva Passa, um blog do mais alto gabarito ao nível literário, e não só (como também), encontra-se neste momento disponível para escrever a tua maravilhosa ´história de amor' (verdadeira ou não - tu é que sabes as ruas estreitas por onde te queres meter), e ajudar-te a ganhar este magnífico prémio (e chamá-lo de magnífico é estar a desconsiderar o mesmo).
Façam Já! os vossos pedidos!!!
Se quiserem inspiração convido-vos a ler o texto sobre o meu próprio casamento e constatar o espetacular domínio da autora na arte, sobretudo na arte de se aguentar de pé durante 18 horas sob os efeitos daquilo que vocês não sabem, mas desconfiam.
Corram, não fiquem aí especadas!
Isto é sério!
(Pipoca, darling, tu nem sabes onde te vais meter! Tens noção da quantidade de histórias que vais ler miúda? Não sei se vais conseguir perceber a realidade da ficção, e fugires de uma grande injustiça se por azar escolheres uma falsa história, mas seja como for: parabéns! Tens aí um belo concurso.)
Se tendes uma história de amor muito linda para contar, mas não tendes queda nenhuma para a escrita, viestes ao sítio certo!
Não percais mais tempo...
... A UVA ESCREVE POR TI!!!!
A Uva Passa, um blog do mais alto gabarito ao nível literário, e não só (como também), encontra-se neste momento disponível para escrever a tua maravilhosa ´história de amor' (verdadeira ou não - tu é que sabes as ruas estreitas por onde te queres meter), e ajudar-te a ganhar este magnífico prémio (e chamá-lo de magnífico é estar a desconsiderar o mesmo).
Façam Já! os vossos pedidos!!!
Se quiserem inspiração convido-vos a ler o texto sobre o meu próprio casamento e constatar o espetacular domínio da autora na arte, sobretudo na arte de se aguentar de pé durante 18 horas sob os efeitos daquilo que vocês não sabem, mas desconfiam.
Corram, não fiquem aí especadas!
Isto é sério!
(Pipoca, darling, tu nem sabes onde te vais meter! Tens noção da quantidade de histórias que vais ler miúda? Não sei se vais conseguir perceber a realidade da ficção, e fugires de uma grande injustiça se por azar escolheres uma falsa história, mas seja como for: parabéns! Tens aí um belo concurso.)
Tenho muita pena dos jornalistas que trabalham no CM
O Primeiro Ministro António Costa chamou a presidente da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com Deficiência.
Chamou-lhe cega como quem nomeia um colibacilo identificado numa análise.
É uma cega, é um cigano, é um nojo, uma merda.
Parem.
Vocês são responsáveis pela educação cultural de grande parte da população portuguesa. Utilizem isso a vosso favor.
Isto assim é só doentio e execrável.
Um dia vocês vão perceber que afinal os cegos também vêem.
Uma vez jornalista do CM, para sempre jornalista do CM.
Vendidos!!
presidente da
Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), com quem trabalhou na Câmara
de Lisboa, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com
Deficiência.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
presidente da
Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), com quem trabalhou na Câmara
de Lisboa, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com
Deficiência.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
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presidente da
Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), com quem trabalhou na Câmara
de Lisboa, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com
Deficiência.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
presidente da
Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), com quem trabalhou na Câmara
de Lisboa, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com
Deficiência.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/executivo_integra_ex_autarca_cigano_e_cega.html
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Titó
Vou contar-vos a história do gato Titó.
Titó era o gato dos meus pais quando eu era pequenina. Lembro-me dele porque era imenso e brilhante, lembro-me dele porque era esperto, porque vivia no nosso quintal, porque vivia na nossa casa, porque vivia na rua, porque foi sempre livre.
O Titó era tão esperto que ia com os meus pais à bica. Era tão esperto que ia com os meus pais ao cinema. Era tão esperto que ia com a minha mãe à praça.
Assim, lado a lado, desengonçando a anca, atento aos passos dos dois, parando apenas para se entrelaçar numa perna, ou num sapato.
O Titó não tinha trela, não tinha caixa de areia a cheirar a pinho-mel, não tinha coleira com guizo, e não tinha pela manhã a diligente ração de bolinhas ultra sintetizadas e 'saudáveis' para lhe dar forma ao corpanzil, magro e musculado.
O Titó era um gato esperto.
Era ele que me salvava as refeições. Era ele que comia a minha comida toda, que comia o pedaço de tomate que ficava no prato, a alface que ficava murcha na beira, o bife mastigado que eu não engolia, a batata cozida que passava de bochecha para bochecha, o pedaço de bacalhau salgado que sobrava da badana, o chouriço alentejano que o fazia esticar a língua até às orelhas, as suculentas postas de pescada que a minha mãe lhe cozia, fiambre era apanhá-lo, camarão cozido era a loucura, e até enguias ele devorava - coitadas, como sobremesa dos inúmeros gafanhotos e pássaros que apanhava na Casa dos Pinheiros para oferecer à minha mãe.
O Titó foi violentamente atropelado com 16 anos, bastante longe de casa, quando andava a ver se papava mais uma gata.
Nunca foi ao veterinário a não ser para morrer, e mesmo para morrer foi complicado, porque apesar de ter ficado esmigalhado da cintura para baixo, arrastou-se até casa para pedir ajuda, percorrendo mais de 2 km assim. Disseram-nos, quem o viu no sítio do acidente, que o gato começou a percorrer o caminho de casa não deixando ninguém tocar-lhe.
O Titó era um gato esperto.
Muitos anos mais tarde, para colmatar o incolmatável, decidi oferecer-me a mim própria um gato. Por razões que não ficaram totalmente definidas na minha cabeça, o meu gato passou a viver em casa dos meus pais definitivamente. Não era um Titó, mas era um gatarrão com 9,650kg sedutor e bonacheirão. Foi um gato que não se divertiu como se divertiu o Titó porque não viveu numa casa com quintal, e sobretudo porque foi um gato que por imposição de uma suposta doença no trato urinário foi obrigado a uma dieta rigorosa que o condenou a comer bolinhas secas e rijas durante 15 anos.
Era de tal forma violento que o gato desenvolveu a perícia de demolhar com a patinha, uma a uma, as bolinhas secas na tigela da água, exatamente como fazem os velhotes com as bolachas.
Eu não consigo perceber porque razão impõem aos animais esta ríspida austeridade alimentar. Porque razão obriguei o meu gato a comer durante 15 anos as mesmas bolas secas todos os dias, acagaçada que lhe caísse a bexiga na malga, gastando mensalmente o cu e oito tostões, de uma ração especialíssima que cheirava a ratos mortos.
Eu percebo tudo, não me julguem uma anormal, mas simplesmente recuso-me a seguir as grandes correntes comodistas das bolinhas secas de ração criadas para facilitar a vida aos donos dos animais.
Com tanta capacidade de 'amor' que as industrias de alimentação animal apregoam pela bicharada doméstica, ainda não percebi, juro que não percebi, porque razão as grandes marcas ainda não trataram deste ENORME flagelo, acabando com a seita da ração seca, sobretudo nos gatos, animais que têm imensos problemas nos rins por falta de água.
Inventaram uma fonte de água para gatos, que aquilo mais parecem as Cataratas do Niagara, mas comida húmida, pega que é ladrão!
A religião é lixada.
Eu bem as vejo viradas para mim com olhos de fogo, quase que me atropelam de raiva, quando me vêem aviada de ração húmida, variada e diversa, para dar à minha gata.
Tenham dó.
Ontem o dono de uma veterinária dizia-me: mas eles não sabem, para eles é tudo igual e sabe, as proteínas e as vitaminas, e esta marca tão boa e os testes e as análises e.... olha, merda!
E eu, que sou torcida como um parafuso, disse-lhe à porta da rua: experimente comer pão seco até lhe caírem os dentes e depois venha cá dizer se é tudo igual.
Titó era o gato dos meus pais quando eu era pequenina. Lembro-me dele porque era imenso e brilhante, lembro-me dele porque era esperto, porque vivia no nosso quintal, porque vivia na nossa casa, porque vivia na rua, porque foi sempre livre.
O Titó era tão esperto que ia com os meus pais à bica. Era tão esperto que ia com os meus pais ao cinema. Era tão esperto que ia com a minha mãe à praça.
Assim, lado a lado, desengonçando a anca, atento aos passos dos dois, parando apenas para se entrelaçar numa perna, ou num sapato.
O Titó não tinha trela, não tinha caixa de areia a cheirar a pinho-mel, não tinha coleira com guizo, e não tinha pela manhã a diligente ração de bolinhas ultra sintetizadas e 'saudáveis' para lhe dar forma ao corpanzil, magro e musculado.
O Titó era um gato esperto.
Era ele que me salvava as refeições. Era ele que comia a minha comida toda, que comia o pedaço de tomate que ficava no prato, a alface que ficava murcha na beira, o bife mastigado que eu não engolia, a batata cozida que passava de bochecha para bochecha, o pedaço de bacalhau salgado que sobrava da badana, o chouriço alentejano que o fazia esticar a língua até às orelhas, as suculentas postas de pescada que a minha mãe lhe cozia, fiambre era apanhá-lo, camarão cozido era a loucura, e até enguias ele devorava - coitadas, como sobremesa dos inúmeros gafanhotos e pássaros que apanhava na Casa dos Pinheiros para oferecer à minha mãe.
O Titó foi violentamente atropelado com 16 anos, bastante longe de casa, quando andava a ver se papava mais uma gata.
Nunca foi ao veterinário a não ser para morrer, e mesmo para morrer foi complicado, porque apesar de ter ficado esmigalhado da cintura para baixo, arrastou-se até casa para pedir ajuda, percorrendo mais de 2 km assim. Disseram-nos, quem o viu no sítio do acidente, que o gato começou a percorrer o caminho de casa não deixando ninguém tocar-lhe.
O Titó era um gato esperto.
Muitos anos mais tarde, para colmatar o incolmatável, decidi oferecer-me a mim própria um gato. Por razões que não ficaram totalmente definidas na minha cabeça, o meu gato passou a viver em casa dos meus pais definitivamente. Não era um Titó, mas era um gatarrão com 9,650kg sedutor e bonacheirão. Foi um gato que não se divertiu como se divertiu o Titó porque não viveu numa casa com quintal, e sobretudo porque foi um gato que por imposição de uma suposta doença no trato urinário foi obrigado a uma dieta rigorosa que o condenou a comer bolinhas secas e rijas durante 15 anos.
Era de tal forma violento que o gato desenvolveu a perícia de demolhar com a patinha, uma a uma, as bolinhas secas na tigela da água, exatamente como fazem os velhotes com as bolachas.
Eu não consigo perceber porque razão impõem aos animais esta ríspida austeridade alimentar. Porque razão obriguei o meu gato a comer durante 15 anos as mesmas bolas secas todos os dias, acagaçada que lhe caísse a bexiga na malga, gastando mensalmente o cu e oito tostões, de uma ração especialíssima que cheirava a ratos mortos.
Eu percebo tudo, não me julguem uma anormal, mas simplesmente recuso-me a seguir as grandes correntes comodistas das bolinhas secas de ração criadas para facilitar a vida aos donos dos animais.
Com tanta capacidade de 'amor' que as industrias de alimentação animal apregoam pela bicharada doméstica, ainda não percebi, juro que não percebi, porque razão as grandes marcas ainda não trataram deste ENORME flagelo, acabando com a seita da ração seca, sobretudo nos gatos, animais que têm imensos problemas nos rins por falta de água.
Inventaram uma fonte de água para gatos, que aquilo mais parecem as Cataratas do Niagara, mas comida húmida, pega que é ladrão!
A religião é lixada.
Eu bem as vejo viradas para mim com olhos de fogo, quase que me atropelam de raiva, quando me vêem aviada de ração húmida, variada e diversa, para dar à minha gata.
Tenham dó.
Ontem o dono de uma veterinária dizia-me: mas eles não sabem, para eles é tudo igual e sabe, as proteínas e as vitaminas, e esta marca tão boa e os testes e as análises e.... olha, merda!
E eu, que sou torcida como um parafuso, disse-lhe à porta da rua: experimente comer pão seco até lhe caírem os dentes e depois venha cá dizer se é tudo igual.
25 de novembro de 2015
Para que serve afinal o meu blog?
Para nada.
Quis fazer uma coisa diferente, quis fundar um momento novo na minha vida, fazer um grande buraco igual ao que fazia no meu quintal, e onde estranhamente enterrei grande parte dos meus brinquedos, tão raros, para que aqui, como lá, crescesse qualquer coisa nova, bonita, talvez que se replicasse, por arborescência, e dali a pouco nascia uma folha nova, um brinquedo novo, um texto perfeito, e tinha tanto espaço para fazer buracos que fui engendrar uma forma de substituir uma enxada, subtraindo um taco de golfe ao meu pai.
Eram buracos pequeninos, feitos com um taco e com a força de uma criança (tão pouca quanto inútil), mas serviam para colocar berlindes, para esconder todos os ases do baralho, e aquilo era maravilhoso, porque se plantasse 4 ases, nasceriam 12 e eu venceria qualquer partida.
Mas já que perguntas para que serve o meu blog, ó alma desassossegada, digo-te que nem para contar sonhos serve.
Nem para contar as voltas que a minha vida não dá; já que se não as entendes é porque não as sei contar.
Para que serve um blog que não sabe contar?
Para nada.
Voltas na vida não são obrigatoriamente para pior, sabes, voltas na vida são aquelas coisas que de repente se assomam na nossa cabeça e nos fazem tomar decisões convictas, decisões que mudam o nosso quotidiano e o nosso pensamento, decisões que supostamente nos fazem bem. São as sinapse boas, as sinapses perfeitas.
Sim, para mim aceitar diariamente que não sou imortal - ao contrário de muita gente que passa pela vidinha perdendo tempo com ninharias, sobretudo que passam pela vidinha achando que o pouco tempo que dispõe para viver saudavelmente, pode efectivamente ser desperdiçado com coisas que mais tarde serão motivo suficiente para se quererem matar de suicídio - é cultivar a consciência de que cada acto meu é único e tem o peso de vinte arrobas em cima da minha consciência.
Cada ato meu tem mais peso à medida que a minha mortalidade se torna mais premente.
Eu não dou voltas à minha cabeça para ficar pior. Não vale a pena dizeres que não adianta.
Eu dou voltas à minha cabeça, eu furo os bolos todos da festa, só para ver se estão mesmo capazes de ser comidos. Não quero acabar com a cabeça dentro da sanita a vomitar os erros, a chorar as mágoas, a tentar a todo o custo meter os olhos para dentro porque fui apanhada de surpresa a perder tempo a esbugalhar os meus olhos perante os obstáculos criados por outros.
Não te maces a prever as voltas que a minha vida não dá, preocupa-te sim em dares uma volta à tua vida. Vais ver que mudas.
E isso vai servir-te de muito.
Sobretudo para começares a escavar um buraquinho.
Quis fazer uma coisa diferente, quis fundar um momento novo na minha vida, fazer um grande buraco igual ao que fazia no meu quintal, e onde estranhamente enterrei grande parte dos meus brinquedos, tão raros, para que aqui, como lá, crescesse qualquer coisa nova, bonita, talvez que se replicasse, por arborescência, e dali a pouco nascia uma folha nova, um brinquedo novo, um texto perfeito, e tinha tanto espaço para fazer buracos que fui engendrar uma forma de substituir uma enxada, subtraindo um taco de golfe ao meu pai.
Eram buracos pequeninos, feitos com um taco e com a força de uma criança (tão pouca quanto inútil), mas serviam para colocar berlindes, para esconder todos os ases do baralho, e aquilo era maravilhoso, porque se plantasse 4 ases, nasceriam 12 e eu venceria qualquer partida.
Mas já que perguntas para que serve o meu blog, ó alma desassossegada, digo-te que nem para contar sonhos serve.
Nem para contar as voltas que a minha vida não dá; já que se não as entendes é porque não as sei contar.
Para que serve um blog que não sabe contar?
Para nada.
Voltas na vida não são obrigatoriamente para pior, sabes, voltas na vida são aquelas coisas que de repente se assomam na nossa cabeça e nos fazem tomar decisões convictas, decisões que mudam o nosso quotidiano e o nosso pensamento, decisões que supostamente nos fazem bem. São as sinapse boas, as sinapses perfeitas.
Sim, para mim aceitar diariamente que não sou imortal - ao contrário de muita gente que passa pela vidinha perdendo tempo com ninharias, sobretudo que passam pela vidinha achando que o pouco tempo que dispõe para viver saudavelmente, pode efectivamente ser desperdiçado com coisas que mais tarde serão motivo suficiente para se quererem matar de suicídio - é cultivar a consciência de que cada acto meu é único e tem o peso de vinte arrobas em cima da minha consciência.
Cada ato meu tem mais peso à medida que a minha mortalidade se torna mais premente.
Eu não dou voltas à minha cabeça para ficar pior. Não vale a pena dizeres que não adianta.
Eu dou voltas à minha cabeça, eu furo os bolos todos da festa, só para ver se estão mesmo capazes de ser comidos. Não quero acabar com a cabeça dentro da sanita a vomitar os erros, a chorar as mágoas, a tentar a todo o custo meter os olhos para dentro porque fui apanhada de surpresa a perder tempo a esbugalhar os meus olhos perante os obstáculos criados por outros.
Não te maces a prever as voltas que a minha vida não dá, preocupa-te sim em dares uma volta à tua vida. Vais ver que mudas.
E isso vai servir-te de muito.
Sobretudo para começares a escavar um buraquinho.
24 de novembro de 2015
Filosofando
Acordei pensativa.
A minha vida pode estar na iminência (hahahahah) de dar uma grande volta, e é natural que pensamentos mais profundos emerjam, despontando na fronte franzida da minha testa, e tomem formas nunca antes pensadas, digo, nunca antes navegadas. Pelo menos pela minha humilde e inundada cabeça.
O post é precisamente sobre isto: de me fazerem a cabeça em água. Os pensamentos.
Acordei pensativa, dizia eu.
Transformei, por motivos de querer muito uma coisa, a minha cabeça num ninho gigante de formigas africanas, todas em nervos, todas eriçadas, descontroladas, como se eu própria, deliberadamente, lá tivesse metido um pé, e tivesse desaguisado aquilo tudo.
Há coisas que se metem na cabeça das pessoas que são dignas de internamento.
As voltas que eu já dei, as pessoas que já importunei, o tempo que já perdi só porque me lembrei de fazer uma coisa que até hoje considerava simples, é de loucos.
E agora estou aqui a olhar para um papel e para as imensas contas, setas, asteriscos, taxas e taxinhas, que nele fiz, e a única coisa que penso é: quem diz que o dinheiro não traz felicidade é porque nunca teve um sonho na vida.
FARTA DE SER POBRE!
A minha vida pode estar na iminência (hahahahah) de dar uma grande volta, e é natural que pensamentos mais profundos emerjam, despontando na fronte franzida da minha testa, e tomem formas nunca antes pensadas, digo, nunca antes navegadas. Pelo menos pela minha humilde e inundada cabeça.
O post é precisamente sobre isto: de me fazerem a cabeça em água. Os pensamentos.
Acordei pensativa, dizia eu.
Transformei, por motivos de querer muito uma coisa, a minha cabeça num ninho gigante de formigas africanas, todas em nervos, todas eriçadas, descontroladas, como se eu própria, deliberadamente, lá tivesse metido um pé, e tivesse desaguisado aquilo tudo.
Há coisas que se metem na cabeça das pessoas que são dignas de internamento.
As voltas que eu já dei, as pessoas que já importunei, o tempo que já perdi só porque me lembrei de fazer uma coisa que até hoje considerava simples, é de loucos.
E agora estou aqui a olhar para um papel e para as imensas contas, setas, asteriscos, taxas e taxinhas, que nele fiz, e a única coisa que penso é: quem diz que o dinheiro não traz felicidade é porque nunca teve um sonho na vida.
FARTA DE SER POBRE!
23 de novembro de 2015
Este não é um blog ronhónhó, mas a dona até acha graça a certas coisas
E se de repente fizéssemos uma malha gigante?
Eu confesso, não tenho jeito ne-nhum para fazer malha, e trek trek trek de volta da cestinha, mas acho que a esta, granjolas, até era capaz de me ajeitar.
É que basta tirar as pernas à mesa da cozinha e voi lá!
Foi exatamente o que fez a artista Anna Mo.
E ficou tão fixe!
ATENÇÂO!!!!!!!!!!!
Um prémio para quem descobrir onde se arranja este material.
Prémio: uma gatinha branca e preta, vacinada, desparasitada, chamada Meca, para meter ali na caminha azul.
Urgente.
Eu confesso, não tenho jeito ne-nhum para fazer malha, e trek trek trek de volta da cestinha, mas acho que a esta, granjolas, até era capaz de me ajeitar.
É que basta tirar as pernas à mesa da cozinha e voi lá!
Foi exatamente o que fez a artista Anna Mo.
E ficou tão fixe!
ATENÇÂO!!!!!!!!!!!
Um prémio para quem descobrir onde se arranja este material.
Prémio: uma gatinha branca e preta, vacinada, desparasitada, chamada Meca, para meter ali na caminha azul.
Diz que vêm cá os The Cure
Agora? A cair da tripeça?
Quando estes gajos ainda estavam no auge, não foram capazes de meter cá os presuntos.
Mas isso não os impedia de terem uma influência bastante decalcada na malta da minha geração. Lembro-me de estar no minúsculo Incógnito, por exemplo, e de repente o DJ meter um hit qualquer desta banda, e passava um vento gelado pelas costas da rapaziada ululante, que os obrigava a curvarem-se, a andarem para trás com o rabo assim meio espetado, a fazerem movimentos estranhos com os braços e com as mãos em frente aos próprios olhos, e depois aquele vento frio amainava e possuídos repentinamente de um calor intenso, problemas no termostato digo eu, desatavam todos ao pontapé e à estalada, fazendo-se ali uma clareira numa pista onde antes se pensava impossível caber mais uma agulha, e regredíamos todos à era dos trogloditas boho-chic, adeptos do eyeliner preto carregado e do bâton selvagem a extrapolar o contorno dos lábios.
Ahh que tempos aqueles... em que um moche ainda não se pagava.
Voltam cá em 2016, não numa Friday porque a maioria dos fãs já não deve estar lá muito em Love, mas numa terça! credo, para nos provarem que o nosso país é "Just Like Heaven", especialmente para os reformados.
Não vou.
Já não tenho as minhas Doc Martinez.
Emprestei-as a um amigo que imigrou para ir trabalhar nas obras.
20 de novembro de 2015
Minha flor pequenina
Minha flor pequenina.
Meu cravo, meu sorriso, meu florir.
És a cada dia uma parte maior de mim.
Parabéns pinquinhas, pelos teus 9 anos!
(Ainda não foi desta que veio o cão, mas com a força que a Meca nos morde, acho que por enquanto estamos servidos.)
19 de novembro de 2015
Para que servem afinal os blogs?
Não sei.
E por não saber, vou a cada dia procurando, e a cada dia descobrindo, cada vez um pouco mais.
O Uva fez por este dias 2 anos.
Em dois anos de blogs aconteceram muitas coisas na minha vida real, aquela que afinal vos escondo, aquela que vou guardando só para mim.
Nada de grande nota, nada de grande alarido.
Continuo confinada a um gabinete virado a tardoz numa rua movimentada de Lisboa, que de resto pouco vejo, e do que fui lendo das coisas que escrevi, dos ímpetos cesarianos que fui derramando, desta vontade tremenda de escrever que aqui apaziguei, deste sonho infantil e incansável de construir o texto perfeito, de descobrir a escultura perfeita, de despertar, despertando-vos, a minha grande paixão pela arte, pelos escritores, pelos livros, por todos aqueles que fazem coisas, fazendo-as de verdade, descubro, tardiamente mas em tempo, que afinal os blogs não servem para nada, para absolutamente nada, para além de nos ajudarem a descobrir quem somos afinal nós próprios.
Que bom.
Que bom que foi saber que escrevendo me descobri, que escrevendo descobri os outros, que os outros me descobriram a mim.
Que bom.
Que bom que foi saber que, como eu, os outros também (se) escrevem e também (se) descobrem de formas diferentes da vida real, que se soltam, que se indignam, que partilham, e que em bom tempo decidiram dividir com o mundo, incógnito, da virtualidade humana, um pouco do que são de verdade.
Ali em cima estão uns peúgos.
É.
Ali em cima é capaz de estar a melhor coisa que fiz por mim nestes últimos dois anos de vida e de blog. Ali em cima, está a minha querida Vera, que tanto me inspira, que se descobre num blog fazendo descobrir os outros, e que utiliza isto dos blogs para me mandar uns peúgos.
Mas isto não são só peúgos!!
Afinal, aqui, num esconso gabinete virado a tardoz numa rua movimentada de Lisboa, que de resto pouco vejo, posso dizer que na vida tudo passa, até a Uva Passa, mas há coisas que ficam para sempre.
Obrigada Loira.
Obrigada a todos.
Um abraço cheio de braços da Uva.
E meus.
16 de novembro de 2015
Vocês conhecem o Cabo Espichel?
Eu conheço o Cabo Espichel desde que me conheço a mim própria.
Ao longo dos anos, e já foram muitos, visitei aquele lugar inúmeras vezes, em diferentes estações do ano e por diferentes motivos.
É o meu ex-libris sazonal. Não há nenhuma estação em que não vá espreitar a escarpa, que não ponha a moeda na capelinha, que não passe pela feira de corais.
O Cabo Espichel traz-me primeiro à memória o meu pai, que me levava ali a passear, umas vezes só nós dois, outras vezes com o carro cheio de primas e sobrinhas. Depois a minha mãe, toda em nervos, encolhida e cheia de medo, a rir-se no meio da perplexidade dos seus próprios devaneios e a dizer: que horror, que horror! se alguma vez me atirava daqui abaixo. E depois sozinha, quando finalmente pude meter as mãos num carro só meu, e me conduzia até lá, passava o túnel da igreja e estacionava corajosamente naquele terreiro, muitas vezes dando razão à pouca razão da juventude, com o vento quase a levantar-me no ar, e eu ali, fumando um cigarro-cometa, remoendo em pensamentos bravios, quase todos sem sentido.
Muito anos depois, embalada pelas melancólicas memórias, arrebatei com um beijo, ali mesmo, no terreiro ventoso, a pessoa que ainda hoje me acompanha, como eu tenho acompanhado aquelas escarpas. Corajosamente. E de braços abertos ao mar.
Foi assim que saímos no domingo. A casa silenciosa e a Lagoa envolta na neblina.
Quando o sol irrompeu, já dois destemidos se faziam ao caminho.
Fizemos juntos 45 km.
Lagoa de Albufeira - Meco (Praia da Foz) - Cabo Espichel - Farol, e regresso.
Recortámos a falésia, felicíssimos por nos vermos em aventuras, por nos vermos juntos, por termos entendido que o nosso casamento é e será sempre um constante desafio à rotina, à burocracia impositiva das tarefas, aos laços frágeis que se fazem e desfazem constantemente entre nós, e que a conquista diária do amor e da amizade que temos um pelo outro só vingará se continuarmos fazendo juntos aquilo que, em qualquer caso, faríamos sozinhos.
Corajosamente. E de braços abertos ao mar.
Obrigada miúdo, por termos conquistado isto juntos.
Bora pedalar para sempre?
Ao longo dos anos, e já foram muitos, visitei aquele lugar inúmeras vezes, em diferentes estações do ano e por diferentes motivos.
É o meu ex-libris sazonal. Não há nenhuma estação em que não vá espreitar a escarpa, que não ponha a moeda na capelinha, que não passe pela feira de corais.
O Cabo Espichel traz-me primeiro à memória o meu pai, que me levava ali a passear, umas vezes só nós dois, outras vezes com o carro cheio de primas e sobrinhas. Depois a minha mãe, toda em nervos, encolhida e cheia de medo, a rir-se no meio da perplexidade dos seus próprios devaneios e a dizer: que horror, que horror! se alguma vez me atirava daqui abaixo. E depois sozinha, quando finalmente pude meter as mãos num carro só meu, e me conduzia até lá, passava o túnel da igreja e estacionava corajosamente naquele terreiro, muitas vezes dando razão à pouca razão da juventude, com o vento quase a levantar-me no ar, e eu ali, fumando um cigarro-cometa, remoendo em pensamentos bravios, quase todos sem sentido.
Muito anos depois, embalada pelas melancólicas memórias, arrebatei com um beijo, ali mesmo, no terreiro ventoso, a pessoa que ainda hoje me acompanha, como eu tenho acompanhado aquelas escarpas. Corajosamente. E de braços abertos ao mar.
Foi assim que saímos no domingo. A casa silenciosa e a Lagoa envolta na neblina.
Quando o sol irrompeu, já dois destemidos se faziam ao caminho.
Lagoa de Albufeira - Meco (Praia da Foz) - Cabo Espichel - Farol, e regresso.
Recortámos a falésia, felicíssimos por nos vermos em aventuras, por nos vermos juntos, por termos entendido que o nosso casamento é e será sempre um constante desafio à rotina, à burocracia impositiva das tarefas, aos laços frágeis que se fazem e desfazem constantemente entre nós, e que a conquista diária do amor e da amizade que temos um pelo outro só vingará se continuarmos fazendo juntos aquilo que, em qualquer caso, faríamos sozinhos.
Corajosamente. E de braços abertos ao mar.
Obrigada miúdo, por termos conquistado isto juntos.
Bora pedalar para sempre?
13 de novembro de 2015
Festa de aniversário da ML
Macacos me mordam se este ano a coisa não vai ser diferente!
Eu estou diferente, a miúda está diferente, o V. só quer que tudo corra bem e que sejamos felizes, a minha mãe é a pessoa mais zen do mundo e universos paralelos, e por isso um pastel de nata com um fósforo já é uma grande festa, o meu pai é o marido da minha mãe vai para mais de 35 anos, e por isso desde que haja mousse está tuuuuuudo bem. O meu sogro anda à azeitona empoleirado nas oliveiras, e a minha sogra, pois a minha sogra anda lá nas coisas dela, sobretudo a ver se não lhe cai o marido em cima, qual azeitona desequilibrada.
Vai dai que eu este ano estou mortinha para me escapulir a festas cheias de gaiatada lá em casa.
Bem sei.
Sou uma péssima mãe que sonega à criança o acontecimento do ano.
Não sou perfeita.
Não estou com paciência nenhuma para encher a casa suburbana de temáticas comerciais matchy-matchy, bolos com massa-pão, e pãezinhos-de-leite entremeados de fiambre processado.
A ideia da miúda era fazer uma festa de arromba no McDonald´s. Coisinha mais suburbana ML, não tens uma ideia melhor? Sim, fazer uma grande festa num salão, só para crianças. Sim, ML, um salão de baile cheio de crianças suadas e descalças, a correr desenfreadas com gomas na mão, durante 4 horas, sem vigilância. Outra. Então e se nos deixasses ir todos para a Casa dos Pinheiros, assar coisas, mas sem adultos? Sim ML, essa é boa. Crianças de 9 anos a assar coisas no meio dos pinheiros é uma excelente ideia. Chamo já os bombeiros ou ajeitas-te com o regador do avô?
Entretanto passei os olhos por uma quinta em Sintra que tem póneis e faz coisa giras com as crianças ao ar livre.
Passeio de pónei, limpeza dos póneis, alimentação dos animais, interagir com outros animais (ovelhas, galinhas, cabras anãs, porcos vietnamitas, galinhas, burros, cavalos, perus, gansos, patos mudos e cães), e cuidar da horta, parece-me muito bem para uma festa de aniversário.
Alguém aí desse lado que já tenha feito algo parecido?
Aquilo dá uma imensa alegria às crianças ou depois de 10 minutos é coisa para me estar a pedir o tablet para fazer um joguinho?
Eu estou diferente, a miúda está diferente, o V. só quer que tudo corra bem e que sejamos felizes, a minha mãe é a pessoa mais zen do mundo e universos paralelos, e por isso um pastel de nata com um fósforo já é uma grande festa, o meu pai é o marido da minha mãe vai para mais de 35 anos, e por isso desde que haja mousse está tuuuuuudo bem. O meu sogro anda à azeitona empoleirado nas oliveiras, e a minha sogra, pois a minha sogra anda lá nas coisas dela, sobretudo a ver se não lhe cai o marido em cima, qual azeitona desequilibrada.
Vai dai que eu este ano estou mortinha para me escapulir a festas cheias de gaiatada lá em casa.
Bem sei.
Sou uma péssima mãe que sonega à criança o acontecimento do ano.
Não sou perfeita.
Não estou com paciência nenhuma para encher a casa suburbana de temáticas comerciais matchy-matchy, bolos com massa-pão, e pãezinhos-de-leite entremeados de fiambre processado.
A ideia da miúda era fazer uma festa de arromba no McDonald´s. Coisinha mais suburbana ML, não tens uma ideia melhor? Sim, fazer uma grande festa num salão, só para crianças. Sim, ML, um salão de baile cheio de crianças suadas e descalças, a correr desenfreadas com gomas na mão, durante 4 horas, sem vigilância. Outra. Então e se nos deixasses ir todos para a Casa dos Pinheiros, assar coisas, mas sem adultos? Sim ML, essa é boa. Crianças de 9 anos a assar coisas no meio dos pinheiros é uma excelente ideia. Chamo já os bombeiros ou ajeitas-te com o regador do avô?
Entretanto passei os olhos por uma quinta em Sintra que tem póneis e faz coisa giras com as crianças ao ar livre.
Passeio de pónei, limpeza dos póneis, alimentação dos animais, interagir com outros animais (ovelhas, galinhas, cabras anãs, porcos vietnamitas, galinhas, burros, cavalos, perus, gansos, patos mudos e cães), e cuidar da horta, parece-me muito bem para uma festa de aniversário.
Alguém aí desse lado que já tenha feito algo parecido?
Aquilo dá uma imensa alegria às crianças ou depois de 10 minutos é coisa para me estar a pedir o tablet para fazer um joguinho?
E o Passos conseguiu o que queria!
12 de novembro de 2015
Aquela coisa do Google Alerts
Acho que a grande maioria das pessoas que têm blogs usam a funcionalidade do Google Alerts.
Metes lá o nome do teu blog e sempre que alguém comentar o teu canto, escrever o teu nome, falar sobre ti, aquilo apita na caixa de entrada, tu direccionas a tua mira para lá, vês o que disseram, se for bom agradeces, se for mau, pois se for mau chamas os tribunais e metes um processo em cima daquela gente desocupada e infame.
Agora experimentem meter o nome do meu blog lá, só naquela de saber se ....e suem, mas suem muito as estopinhas para filtrar trezentos mil emails diários, de receitas de bolos, nutrição, homeopatia, comida para animais, vinhos, cremes, shampoos, sabonetes, cremes para micoses de unhas, seborreia, ardor genital, inflamação do ânus, e merdas de todos os tipos que são fabricadas com uvas, uvas passas e gente passada.
Nunca saberei quem fala mal de mim na blogosfera.
Há todo um gang a preparar-me uma emboscada e eu aqui, sem saber de nada.
11 de novembro de 2015
DIVULGAÇÃO
Como não ir?
12 de Novembro às 18.30, na Bertrand do Chiado.
12 de Novembro às 18.30, na Bertrand do Chiado.
Anabela Mota Ribeiro no seu blog - "Há muito tempo que um autor não me fascinava como Elena
Ferrante. Sou uma de muitos no mundo inteiro, e saber que não estou sozinha no
terramoto é bom.
Tomei como pretexto o 3º volume d' A Amiga Genial para
promover um Ler no Chiado sobre a escritora italiana.Convidei a tradutora, Margarida Periquito, a crítica literária Isabel Lucas, que lhe fez uma raríssima
e maravilhosa entrevista por escrito (mistério oblige),uma notável leitora da Ferrante e não só, a Ana Dias
Silva, o jornalista cultural da Antena 2 Paulo Alves Guerra e um napolitano que vive em Lisboa e lê a Ferrante desde que
ela publica, o Carlo Bifulco. Estou muito entusiasmada com esta sessão!
Será no dia 12 de
Novembro às 18.30, na Bertrand do Chiado.
Juntem-se a nós!"
10 de novembro de 2015
O teatro
Ainda há pouco tempo falei sobre isto num diálogo que acabou por ser mudo. Um monólogo. Tanto faz.
Da necessidade que todos temos de pertencer a alguém, a algo, de nos identificarmos, de nos refugiarmos dentro de grupos amigos, onde nos possamos sentir apaziguados.
Não costumo meter a foice em seara alheia, mas esta é também a minha seara. É também aqui que ceifo, é também aqui que alimento os meus dias, é aqui que escrevo a minha história, as minhas teimas, é aqui que me entrego, que me desblogo, que me findo, e que me fundo.
Porque eu pertenço.
Das coisas que mais desgosto de ver nos outros é o comportamento infantil do bate-e-foge.
Ohh quantas vezes vemos isso nos covardes?
Vão lá, atiçam, rosnam, metem toda a gente ao barulho - e toda a gente é assim uma gente que decidiram adotar para aquela bulha, apesar de não os conhecerem de lado algum, porque apenas lhes parecem bons tipos, gente inteligente, que dá gosto ler e contratar -, envolvem-nos numa luta desenfreada de palavras, sobre um tema que desconhecem, mas bora lá, atingem com os seus estilhaços quem quer que esteja ali à volta, mas sempre protegidos (pensam eles) pelas tais pessoas que eles próprios criaram nas suas cabeças, os tipos bonzinhos, os tipos solidários, os eruditos das lutas, das letras e do debate, ahhh o saudável debate, os que valem mesmo, mesmo, mesmo, mesmo! a pena nisto dos blogs, e assim que têm a melhor oportunidade, zás! dão um valente pontapé no rabo do inimigo ------- só que não -------- riem-se muito de o terem feito pelas costas, e depois fogem, desaparecendo na bruma, deixando todos, os contratados, os bonzinhos, os solidários, os eruditos e os outros, a olhar em volta e a perguntar: então? agora que estávamos aqui todos prontos para a luta corpo a corpo ... o que foi isto?
Foi um teatrinho.
Era para ser uma grande peça, era um futuro tão promissor aquele que ali se via, havia de se falar naquilo dias e dias, havia de se encontrar um final mesmo em grande para aquilo tudo, um grande final, grandes ovações, tudo de pé, conclusões fantásticas, mudanças profundas no sistema, heróis e condecorados, o elenco era muito bom, que era, o texto tinha letras das boas, aquilo é que era texto, e depois... o manto negro.
Da infantilidade.
O grande artista abandona o palco, qual Elton John amuado, diz que não brinca mais, agarra no seu aviãozinho e vai para outro país.
9 de novembro de 2015
Sobre o texto da Clara Ferreira Alves
Imagem/Escultura: Adam Martinakis
Ainda estou toda a tremer.
Do choque!
Suspeito que toda a gente já o leu, mas deixo-o aqui para o revisitar a modos que... só naquela de me auto-beliscar.
Isto aconteceu?
6 de novembro de 2015
Tudo lhe fede, nada lhe cheira
“Mas vocês são só cretinos por desporto, ou realmente não têm qualquer espécie de vida digna de cronologia e ocupam-se apenas da vida não-burocrática, não-vidinha-fadinho, dos demais? Eu considero a Nonô – a minha cachorrinha – e as minhas meninas gatas e o bebé Benny meus filhos. Vocês vivem em minha casa, cretinos? Vocês têm a fortuna de fazer parte da minha família? Não. Resumam-se à vossa exiguidade"
Cara Marta Rebelo,
Não é meu apanágio resumir-me a exiguidades, e não faço da minha cronologia virtual o apanágio da minha vida real.
Além disso a dignidade do ser humano não se mostra por aí, nas redes sociais, como está bom de ver.
Se o Jornal-i lhe permite chamar de cretinos, de escassos e poucochinhos aos leitores que naturalmente são livres de ter uma opinião sobre aquilo que a Marta publica on-line, sobre aquilo que decide partilhar sobre a sua pessoa, e sobre o que sente sobre as situações que na sua vida acontecem, lamento dizer-lhe Marta, mas também eu, que naturalmente sou livre de ter uma opinião sobre aquilo que partilha, lhe posso devolver o elogio.
Cretino é este Carnaval.
Não pense que lhe chamo cretina (que nome feio) a si pessoalmente, só porque acho cretino que goste desmesuradamente e arrebatadamente do seu animal doméstico, ou que o eleve acima de um qualquer namorado que teve a má sorte de escolher, não, não é isso que eu acho cretino Marta, pois sou capaz de perceber perfeitamente que goste mais dos seus animais do que de certas pessoas. O que acho realmente cretino é a forma infantil e desprotegida com que expõe, mais uma vez, a sua vida pessoal, os seus maus fígados, esperando granjear a condescendência dos outros, mostrando numa qualquer página jornaleira uma gigantesca fraqueza quando o feedback não lhe cheira.
A Marta é uma mulher inteligente, é uma mulher das letras, pertencente a uma sociedade supostamente mais evoluída, já foi deputada, já foi até capa de revista, endeusada, e mesmo assim sujeita-se a uma situação absolutamente inenarrável do ponto de vista social.
A situação inenarrável não é o seu post com as suas idiossincrasias e extravagancias, porque desses também tenho aqui de sobra, mas é a forma como se apresenta na defesa da sua própria extravagancia.
Considero que deveria agarrar nas poucas forças que lhe restam, depois deste infeliz episódio, apanhar os cacos da sua própria atitude, e fazer uma instrospeção séria. Seria talvez mais ajuizado recolher-se, fortalecer-se, ao invés de usar o Jornal-i para nos atacar a todos, ou pelo menos, pareceu-me, os que a consideraram um tanto ou quanto excêntrica porque escreveu uma carta a um gato, e ainda a publicou no seu blog.
Ao contrário do que pensa, talvez engolida por um ego demasiado inchado, ninguém estava preocupado com o seu ex-namorado, nem consigo, nem com o seu gato, a Marta é que empreendeu em mostrar-se de uma forma esdrúxula, e desculpe dizer-lhe, totalmente desconcertante.
Eu bem sei que nos tem a todos, os maus, como uma espécie de bezerros cuja 'mioleira' fede de poucos escrúpulos, que acha que todos lhe queremos mal e que todos detestamos animais, mas oiça Marta, não é nada disso.
Lembrar-se-á daquilo que escreveu sobre a Joana Amaral Dias certo? Ela despir-se grávida em vésperas de eleições foi para si, como você mesma lhe chamou, um crime de lesa-majestade. Foi a gota de água para a sua dignidade, despoletando um sem número de acusações muito feias, que também publicou.
Considera a Joana Amaral Dias infame? Que quer que pensem de si quando considera um animal superior a um ser humano? Não acha normal que haja quem considere isso ainda mais infame? O animal acima do Homem? O animal superior ao namorado? O gato superior a um filho?
Será essa mesma miséria umbiguista, termo através do qual acusou a Joana Amaral Dias de prostituta partidária, a mesma que a levou a escrever o seu post? Não será umbiguismo seu sobrepor o seu animal doméstico ao ser humano-namorado?
E nesta altura em que escreveu estas coisas sobre a Joana Amaral Dias não estava deprimida? E a Joana? Acha que ela no estado frágil da gravidez (todos sabem como as mulheres ficam nessas alturas, não é?), lhe merecia tamanho ataque virtual, assim, à queima roupa, tudo espalhado pela internet? Aliás, como lhe fazem agora?
O que esperava? Uma devolução pacífica do Universo do que dá ao Universo?
A doença do Ego Marta, que na verdade é a única que tem, costuma curar-se quando fazemos realmente alguma coisa de louvor, alguma coisa mesmo bem feita. Não é partir a loiça, cacos por todo o lado, vitimização, para darem por si, agora que se apagou socialmente.
Por outro lado, e usando as suas próprias palavras Marta, se venho a terreiro opinar é por entender que existe voz, acção e mudança, e por entender que tenho exatamente o mesmo direito que vocência para me insurgir contra aquilo que considero o mais deplorável ataque aos leitores do i (e até aos seus leitores que não partilham dessa sua excentricidade de chamar filho a um gato), que considero uma baixeza, uma autêntica possidonisse, que, e como já lhe disse ali em cima, não calo por não ser meu apanágio resumir-me a exiguidades.
If you can't stand the heat get out of the kitchen.
Não é meu apanágio resumir-me a exiguidades, e não faço da minha cronologia virtual o apanágio da minha vida real.
Além disso a dignidade do ser humano não se mostra por aí, nas redes sociais, como está bom de ver.
Se o Jornal-i lhe permite chamar de cretinos, de escassos e poucochinhos aos leitores que naturalmente são livres de ter uma opinião sobre aquilo que a Marta publica on-line, sobre aquilo que decide partilhar sobre a sua pessoa, e sobre o que sente sobre as situações que na sua vida acontecem, lamento dizer-lhe Marta, mas também eu, que naturalmente sou livre de ter uma opinião sobre aquilo que partilha, lhe posso devolver o elogio.
Cretino é este Carnaval.
Não pense que lhe chamo cretina (que nome feio) a si pessoalmente, só porque acho cretino que goste desmesuradamente e arrebatadamente do seu animal doméstico, ou que o eleve acima de um qualquer namorado que teve a má sorte de escolher, não, não é isso que eu acho cretino Marta, pois sou capaz de perceber perfeitamente que goste mais dos seus animais do que de certas pessoas. O que acho realmente cretino é a forma infantil e desprotegida com que expõe, mais uma vez, a sua vida pessoal, os seus maus fígados, esperando granjear a condescendência dos outros, mostrando numa qualquer página jornaleira uma gigantesca fraqueza quando o feedback não lhe cheira.
A Marta é uma mulher inteligente, é uma mulher das letras, pertencente a uma sociedade supostamente mais evoluída, já foi deputada, já foi até capa de revista, endeusada, e mesmo assim sujeita-se a uma situação absolutamente inenarrável do ponto de vista social.
A situação inenarrável não é o seu post com as suas idiossincrasias e extravagancias, porque desses também tenho aqui de sobra, mas é a forma como se apresenta na defesa da sua própria extravagancia.
Considero que deveria agarrar nas poucas forças que lhe restam, depois deste infeliz episódio, apanhar os cacos da sua própria atitude, e fazer uma instrospeção séria. Seria talvez mais ajuizado recolher-se, fortalecer-se, ao invés de usar o Jornal-i para nos atacar a todos, ou pelo menos, pareceu-me, os que a consideraram um tanto ou quanto excêntrica porque escreveu uma carta a um gato, e ainda a publicou no seu blog.
Ao contrário do que pensa, talvez engolida por um ego demasiado inchado, ninguém estava preocupado com o seu ex-namorado, nem consigo, nem com o seu gato, a Marta é que empreendeu em mostrar-se de uma forma esdrúxula, e desculpe dizer-lhe, totalmente desconcertante.
Eu bem sei que nos tem a todos, os maus, como uma espécie de bezerros cuja 'mioleira' fede de poucos escrúpulos, que acha que todos lhe queremos mal e que todos detestamos animais, mas oiça Marta, não é nada disso.
Lembrar-se-á daquilo que escreveu sobre a Joana Amaral Dias certo? Ela despir-se grávida em vésperas de eleições foi para si, como você mesma lhe chamou, um crime de lesa-majestade. Foi a gota de água para a sua dignidade, despoletando um sem número de acusações muito feias, que também publicou.
Considera a Joana Amaral Dias infame? Que quer que pensem de si quando considera um animal superior a um ser humano? Não acha normal que haja quem considere isso ainda mais infame? O animal acima do Homem? O animal superior ao namorado? O gato superior a um filho?
Será essa mesma miséria umbiguista, termo através do qual acusou a Joana Amaral Dias de prostituta partidária, a mesma que a levou a escrever o seu post? Não será umbiguismo seu sobrepor o seu animal doméstico ao ser humano-namorado?
E nesta altura em que escreveu estas coisas sobre a Joana Amaral Dias não estava deprimida? E a Joana? Acha que ela no estado frágil da gravidez (todos sabem como as mulheres ficam nessas alturas, não é?), lhe merecia tamanho ataque virtual, assim, à queima roupa, tudo espalhado pela internet? Aliás, como lhe fazem agora?
O que esperava? Uma devolução pacífica do Universo do que dá ao Universo?
A doença do Ego Marta, que na verdade é a única que tem, costuma curar-se quando fazemos realmente alguma coisa de louvor, alguma coisa mesmo bem feita. Não é partir a loiça, cacos por todo o lado, vitimização, para darem por si, agora que se apagou socialmente.
Por outro lado, e usando as suas próprias palavras Marta, se venho a terreiro opinar é por entender que existe voz, acção e mudança, e por entender que tenho exatamente o mesmo direito que vocência para me insurgir contra aquilo que considero o mais deplorável ataque aos leitores do i (e até aos seus leitores que não partilham dessa sua excentricidade de chamar filho a um gato), que considero uma baixeza, uma autêntica possidonisse, que, e como já lhe disse ali em cima, não calo por não ser meu apanágio resumir-me a exiguidades.
If you can't stand the heat get out of the kitchen.
Profissão: Dux
Estava totalmente convencida que estes tipos, os Dux, eram assim uma espécie de exemplos a seguir na comunidade escolar. E se calhar até são, que isto para andar 24 anos na Universidade é capaz de custar umas massas. É que transparece que ser Dux é realmente um excelente modo de vida, uma profissão de futuro. Pelo menos guita não lhes falta.
Realmente este país está um autentico pardieiro onde tudo é feito à trouxe-mouxe. Tanta gente a querer estudar e estes brócolos a vegetar nas vagas...
5 de novembro de 2015
A DIETA DO QUERER
Ana, 2015
Apresento-vos a Ana.
A história da Ana entrelaça-se nos meus e nos vossos dedos, e serve-nos a todos como uma luva.
Em cada um de nós existe uma Ana, uma força, um querer.
A Ana chegou aos 33 anos com 96 kg.
A lição essencial que devemos retirar dos bons exemplos dos outros é que tudo se consegue se tivermos a capacidade, nem sempre fácil ou facilitada, de prever (o que aí vem e preparar a frente de batalha), de planear (o caminho a seguir se nos atacarem o flanco mais produtivo) e o de persistir (na guerra e na luta, mesmo que as batalhas estejam todas perdidas).
Os verbos que aqui enumero não passam de meras palavras no léxico comum, mas são exatamente estes que na minha opinião separam os vencedores dos vencidos.
Na nossa vida interior, a que se passa dentro das nossas cabeças, amiúde vogam pensamentos moralistas em relação aos outros. É fácil transmitir a quem padece de excesso de peso a lição de como comer menos, que hábitos deve adotar.
Nenhuma teoria vai a lado algum sem a prática, isto é, sem o exemplo prático espelhado na vida de alguém.
O que ganha um gordo com a teoria da alimentação? Não saberá ele, até melhor que todos, os hábitos que deve adotar, os alimentos que não deve comer?
Aquilo que considero importante, muito mais do que as palavras e o saber de quem é magro, é acima de tudo provocar o pensamento no outro, desencadear uma sucessão de pensamentos capaz de ajudar o outro a modificar o curso daqueles acontecimentos diários, os tais que levam ao aumento de peso. O exemplo prático, o show don´t tell, o mostrar ao outro como se faz, como é bom viver sem a guerra constante contra os alimentos, a inércia, o sedentarismo, e levar a que o outro se decida pelo caminho a seguir, e mais produtivo de que muitas horas de conselhos e ombros amigos. Que de resto a Ana não teve.
É na verdade uma dura batalha, porque vede: é muito difícil arrastar alguém que tem um peso imenso, também de culpa e falhanço, para o caminho certo Mas há quem a vença em todas as frentes.
O pai da Ana não venceu a batalha contra o cancro, algo que não estava ao seu alcance, mas a Ana venceu algumas pequenas-grandes batalhas e a verdade é que em 9 meses emagreceu 34kgs.
A pergunta que nos surge de imediato na cabeça é: como é que a Ana conseguiu perder 34kg em 9 meses? Como é que a Ana deixou para trás 10 números? Como é que a Ana passou de um 46 para um 36 e de um XXL para um S? A Ana tinha tudo do lado dela para continuar a engordar. Depois de perder o pai, perdeu a avó, e um tal nível de abandono, uma tal ruptura nos laços filiais, escavaria ainda mais o fosso entre a obesidade e o resto do mundo.
PROVOCAR O PENSAMENTO NO OUTRO
A Ana teve a sorte de se encontrar com alguém que lhe deu a conhecer o outro lado da vida.
Alguém que era obeso e que de repente estava magro. Alguém que é magro provoca pensamentos em alguém que é gordo. O preconceito do magros em relação os gordos existe também no inverso. É preciso enaltecer esses pensamentos, a inveja positiva, uma zanga fenomenal, tocar e espremer a ferida, dizer na cara: olha como eu estou, olha como eu sou, não queres ser como eu? eu fiz isto desta forma, queres fazer também?
Além deste despertar pelo outro, a Ana teve a sua história intimamente ligada ao seu filho Pedro, à época um praticante desistente de BTT. Foi com a bicicleta do filho que a Ana começou a pedalar, e foi também por isso que o Pedro deixou de ser um desistente para passar a ser novamente praticante da modalidade.
PREVER
A Ana pediu ajuda prevendo que a partir dos seus 96kg o mais provável era desistir, e conseguiu uma operação de redução do estômago (Sleeve Gástrico) num hospital público. No entanto, foi também capaz de prever que o denominador comum para casos semelhantes é o regresso paulatino aos disparates alimentares, à entrega, ao abandono. O mesmo se passa com quem faz desporto e vai comer. Na maioria das vezes o inicio da prática desportiva (onde a taxa de desistência é toda na fase inicial) coincide com um aumento de peso. A estranheza deste facto é facilmente dissipada se pensarmos que na nossa cabeça se formam pensamentos erróneos sobre a consequência imediata da atividade física (o emagrecimento) levando-nos a comer mais e com menos culpa 'porque acabámos de perder calorias com o exercício'.
É tão comum ganhar peso no início da atividade física como o é para quem acaba de fazer uma dieta.
Mas há um segredo.
PLANEAR
Quem perde 34kg em 9 meses é alguém com uma força hercúlea. Mesmo com a ajuda da cirurgia. Onde estava escondida esta Ana? Onde estamos todos nós escondidos quando se trata de mudar a sério?
Sim, claro, o corpo esmorece perante a falta de gordura e a lei da gravidade é inclemente especialmente para as mulheres. A Ana não planeou ficar gorda, mas planeou emagrecer definitivamente.
O plano seguinte é outro. É preciso ser forte e ainda persistente para reparar os danos da obesidade que ficaram gravados na pele, na barriga, na memória.
Mas a Ana terá o seu momento.
O plano é tanto mais difícil quanto mais os maus comportamentos estão enraizados no quotidiano.
O futuro é imenso. É preciso encontrar a fórmula certa para não regredir. Esta é a fase mais difícil. É aqui que se jogam todos os trunfos. É aqui que se recupera a auto-estima e o amor próprio.
PERSISTIR
A Ana sabe, todos sabemos, o que fazer para nos manter-mos saudáveis, e magros.
A Ana pegou numa bicicleta de BTT e desatou a pedalar. Nunca esteve sozinha. Intentou em inscrever-se nos inúmeros eventos que todos os domingos acontecem um pouco por todo o país, durante o ano inteiro. Ora está em Setúbal, ora está em Coruche, ora pedala em Sintra ora pedala onde pedalamos todos. Na esteira de uma vida saudável, sempre acompanhada de outros pseudo-atletas que persistem num modo de vida diferente.
A Ana pedala, outros correm, outros nadam, outros dançam, mas nenhum quer voltar a ser gordo, inerte, e infeliz.
A minha história cruza-se com a da Ana num trilho de BTT.
Em comum temos a bicicleta, e outras tantas dietas.
A Ana fez a dieta dos alimentos, eu faço a dieta do meu sedentarismo, e ambas fazemos uma vida completamente diferente daquela que julgámos ser definitiva há uns meses atrás.
Nada é definitivo, nem a dor da perda. O que temos todos de definitivo é a absoluta certeza que nascemos para nos superar a cada dia.
A vida da Ana começa agora.
O trilho é em downhill. A prova é de grande perícia e muita técnica. Já não dá para parar. Toda a gente a aplaude à sua passagem.
És a maior Ana!
Bora pedalar?
Nota da Uva:
Obrigada Ana por me deixares partilhar com os meus amigos esta história fabulosa que é a tua. És um exemplo para todos. Não pares nunca de ser feliz.
Palavra de ordem? BALMAIN
Who's gonna ride this wild horses?
Na Balmain para H&M, há malta a gastar 10 000,00€ num minuto, sem culpa nem agravo, como quem compra um carrito em segunda mão para ir para o estágio.
Bonito serviço, sim senhora.
Estará tudo a contar com o fim da sobretaxa já para janeiro de 2016, ou as pessoas estão mesmo assim, doidas da cachimónia?
Na Balmain para H&M, há malta a gastar 10 000,00€ num minuto, sem culpa nem agravo, como quem compra um carrito em segunda mão para ir para o estágio.
Bonito serviço, sim senhora.
Estará tudo a contar com o fim da sobretaxa já para janeiro de 2016, ou as pessoas estão mesmo assim, doidas da cachimónia?
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