4 de fevereiro de 2014

Os livros que eu não li

Caramba!

- A pessoa apanha a doença do livro e anda nisto há décadas;
- A pessoa adora livros e adora ler;
- A pessoa aprende a ler coisas de jeito já tarde na vida;
- A pessoa não se pode enfiar num pardieiro qualquer com livros, que já só sai de lá com 5 coisas-daquelas-que-enfim, debaixo do braço;
- A pessoa investe carradas de dinheiro na sua biblioteca e gosta de ver aquilo composto; gosta até de ver aquilo descomposto;
- A pessoa decide fazer um périplo pelos clássicos e compra tudo o que é livro com mais de 100 anos;
- A pessoa azucrina toda a gente que conheçe, para encontrar livros jurássicos que pensa terem sido publicados ainda na época dos copistas;
- A pessoa infiltra-se numa rede brasileira que trafica livros nos navios comerciais e mete-se em assuntos obscuros de livros nos porões, e rum nos porões, e sabe-se lá mais o quê nos porões;
- A pessoa dá-se ao luxo de comprar livros de 900 páginas e tem mesmo a certeza que os vai conseguir ler entre as 23.10h e as 23.20h;
- A pessoa pensa até, pasme-se, em ler poesia;

A pessoa chegou a um estado de nervos, tonta e tremeliques das pernas, e será internada brevemente com uma forte ressaca literária, porque dos 15 000 livros que comprou no ano de 2013, só leu 3 dos grossos (nas férias) e 5 quartos (dos finos) num fim de semana de chuva.
 
Conclusão:
- A pessoa não tem trambelho absolutamente nenhum.
- A pessoa nem merece estar na blogosfera onde cada bloguer lê em média 3 livros por dia.
 
A pessoa vai então comprar um livro de auto-ajuda para ver se sente melhor.

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