Parece que a barbearia que só aceita cães, foi invadida.
Os donos, da mesma espécie, não reconhecem às fêmeas o direito de entrar para depilar o buço ou rapar o caniche.
Cá dentro, invade-me uma espécie de dúvida:
Serão as mulheres, esse enigmático e teimoso ser, as que inefavelmente insistem em fazer parte de clubes que não as querem como membros?
E depois uma espécie de resposta:
Se as mulheres esperassem convites de “clubes” que não as querem como membros, talvez, digo eu, talvez, nunca tivessem saído da cozinha.
Obviamente não estou de acordo com discriminação, seja ela de que tipo for e apesar de já ter lido algumas coisas sobre a dita barbearia aquando da sua abertura, não percebo porque é que a celeuma é tão grande. Esta invasãozeca é, na minha opinião, apenas estúpida, é violência gratuita, é vandalismo e não dignifica em nada as pessoas que dizem estar ali a lutar pela igualdade das mulheres.
ResponderEliminarA menos que estejam ali para fazer a barba, se assim for....
É uma forma de fazer vergar atitudes que parecendo que não, podem estar revestidas de algum machismo.
EliminarOra isso pode estar na origem da revolta, especialmente na era de torrorismo e submissão que vivemos.
Mas era melhor se o fizessem de outra forma, sem invadir a propriedade alheia, que creio ter sido o grande erro da turba.
Ora bem, por onde é que eu começo?
ResponderEliminarPara mim, ver um homem cortar o cabelo ou a barba há-de ser tão estimulante como será para Mr. Mirone ficar sentado no salão onde arranjo o cabelo a ver-me retocar as raízes. Anda a li a nível do zero, mais estimulo, menos estímulo. Não faço particular questão de lá entrar, mas se alguma vez tiver de o fazer, não me cairão a mim ou a ele os parentes na lama.
Sobre a invasaõ propriamente dita, se há mulheres que se sentem verdadeiramente ofendidas nos seus direitos mais básicos quando se deparam com aquela proibição, pois que sim senhora, se indignem, se manifestem. E se a violação dos seus direitos e dignidade é assim grave merece que o façam de forma veemente, desabrida, que nada as cale.
Se me parece digno, se me parece adequado à defesa dos direitos de igualdade das mulheres, tapar a cara, disfarçar-se de cão e invadir uma barbearia aos latidos, não me parece, confesso. Não está a mulher a humilhar-se quando se disfarça de cão (cuja permanência na barbearia é permitida, contrariamente à das mulheres) para fazer valer os seus direitos? Não sei o que se passa na cabeça das outras pessoas mas pelo que tenho lido penso que teriam o respeito e atenção de muito mais pessoas se tivessem feito o mesmo protesto de cara destapada e sem ladrar. Porque na verdade, já diz o ditado, os cães ladram e a caravana passa. Daqui a dois dias já ninguém se lembra disso ou, se lembrar, será como aquela palhaçada das malucas disfarçadas de cães que invadiram uma barbearia a ladrar.
Querida Mirone,
EliminarTambém não me parece muito apropriado tapar a cabeça e ir ladrar para uma barbearia; julgo que nesse ponto estamos totalmente de acordo, é obviamente uma palhaçada, no entanto onde me bate o ponto é na forma misógina utilizada pelos donos da barbearia para apartar mulheres do seu estabelecimento comercial, isto é: lá nas maçonarias só entra quem é para entrar, ou lá nos ginásios não-sei-quê só entra quem é para entrar, mas nesta barbearia Não Entram Mulheres!
É na forma e não no conteúdo que está a 'ameaça'. Aceito com total abertura que possa haver sítios só para homens e só para mulheres.
Porque vejamos:
Enquanto menina fui um sem número de vezes cortar o cabelo à barbearia com o meu pai. O barbeiro não me cortava o cabelo, mas não me punha à porta com uma trela agarrada ao puxador da porta, enquanto aparava a barba ao seu cliente.
Estes senhores, educadamente, podem informar através de comunicado na porta (julgo que as mulheres não têm muito hábito de se enfiar em barbearias, mas não sei) informando que é 'barbearia', mas não, informa de forma agressiva e própria para criar bruááá, que ali não entram mulheres.
Ora isto assim desta forma, considero eu, um insulto e uma afronta capaz de incomodar as feministas.
Mas posso estar enganada.
Não tenho dúvidas de que um cartaz que diz "Men may come in, dogs may too, but women don´t" é uma afronta para as feministas. Mas não será menos afronta para as outras mulheres (feministas ou não, custa-me acreditar que todas as feministas se revejam naquela atitude) ver aquele tipo de manifestação. Se me conseguirem explicar em que é que aquilo que ali se passou contribuiu para uma discussão séria e frutífera sobre os direitos da mulher, agradecia. Os valores que as manifestantes dizem defender mereciam cara destapada e palavras fortes, até admito que as palavras fortes fossem substituidas por um silêncio "ensurdecedor" (por exemplo que as mulheres se juntassem em silêncio à porta da barbearia com cartazes com palavras de ordem). Não gostei do que vi, cheguei a sentir vergonha quandi vi as imagens da invasão, sou da opinião que apenas contribuiu para que sejam rotuladas de fundamentalistas histéricas, destruindo o trabalho sério de quem quer realmente discutir assuntos importantes.
EliminarSem tirar nem por Mirone.
EliminarCara Uva,
ResponderEliminarDizem que o lugar das mulheres é na cozinha, os que não sabem o que fazer no quarto.
Hhhuuuuuuuuuuuuu hhuuuuuuuuuuu!
EliminarHahahahahahaha
Boa!
(mas há uns mais atrevidos que as levam a fazer na cozinha o mesmo que fazem nos quartos!)
Ah, a mesa de cozinha! Ah, a máquina da loiça! :p
EliminarSerá que o blogger vai achar este comentário "coiso"? :p
Prontes! Deixem lá os cães e os homens, ficam bem todos juntinhos e mais a sua pelagem :))
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