2 de novembro de 2015
Calhou-me o 69! Nada mau para uma virgem em provas.
Calhou-me o dorsal 69.
Não sei que raio de surpresas me reservou o Universo, mas a verdade é que o número 69 é simbolicamente (e sexualmente) 'dar a volta'.
O BTT deu uma grande volta na minha vida, e não pensem que agora ando completamente maluca a fazer exercício físico porque me chegou a crise dos 40, ou porque tenho alguma pretensão de me colocar em cima de um pódio.
Isso é tudo secundário e desinteressante.
É verdade que quanto mais tarde me agarrar ao andarilho melhor, e que quanto mais cedo me rodear de gente simpática, que se levanta da cama com o propósito de se divertir, que está, apesar das agruras da vida, dos problemas e dos desafios que todos temos de enfrentar, obstinada em aproveitar a vida de forma saudável, determinada em esquecer durante três pares de horas uma vida sedentária e rotineira, então sim, vou lá estar, e vou lá estar porque quanto mais cedo me agarrar às coisas positivas mais tempo poderei usufruir delas.
Acreditem que ter pessoas de todos os géneros, idades (ontem corri com um senhor de 80 anos que chegou primeiro do que eu), de todas as nacionalidades, que partilham à mesma hora, no mesmo local, o mesmo estado de espírito que tu, é das melhores coisas que podemos ter na vida.
É como se sentasses toda a tua família querida à roda da mesa de Natal e fosse a altura de distribuir os presentes.
E eu ontem recebi um grande presente.
Além de ter o V. sempre comigo, o meu melhor amigo (e o que nos temos divertido os dois com isto, senhores!!), tive o privilégio de conhecer uma miúda que insistiu em fazer a prova mais dura da minha vida, com um vento furioso e uma chuva inclemente e grossa a cair durante 3 horas (devem ter visto as notícias - caiu-nos toda em cima), ao meu lado, sem nunca me abandonar, sempre a puxar por mim, quando podia ter chegado entre as primeiras, ensinando-me as mudanças, a respiração, como se desce a 50km/hora a montanha asfaltada, como se sobe a montanha com o pensamento na próxima descida, e como é que sem nada em troca, só pelo companheirismo e uma qualquer magia que desconheço e não encontro na maioria das pessoas, me permitiu chegar à meta, sem desmontar uma única vez!
Sim, cheguei toda ensopada em água, cheia de frio, sem sentir as mãos, quase quase a desistir na última subida do Alegro, mas já nada pode apagar o que conquistei e tudo o que esta modalidade me tem dado.
Obrigada miúda, foste very very especial!
Obrigada a todos os que me acompanharam.
Para a semana há mais!
(Tenho o rabo feito num 8, o que parecendo que não também é daqueles números que dão a volta... até ao infinito.)
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Desta vez parece que a uva ficou mesmo feita numa passa!!!
ResponderEliminarCompletamente. Mas estou muito feliz por ter terminado antes de todos terem ido almoçar. Foi bom.
EliminarEu fiz 69 aulas de condução, isso também pode ser algum recado do cosmos que não sei interpretar.
ResponderEliminarValente, tu! :)
Pode ser. Queres falar sobre isso?
Eliminar(Fui muito valente porque a chuva era tanta que eu só vi 1/3 do caminho, o resto foi a minha fada que mo indicou.)
Passa, passada, molhada, às de copas desfeito, mas UVA inteira e feliz
ResponderEliminarQue lindo de se ler, e saber
Boa tarde Uva
Banhos quentinhos pró às de copas eheheheheh
Uva inteira apesar de ter andado ali no vai não vai para malhar nas descidas...
Eliminar(soube muito bem o banho quente, se queres saber, estava congelada no final da prova)
Estou tão orgulhosa de ti, TÃO, TÃO, TÃO, que nem consigo explicar. Boa Uvinha.
ResponderEliminar;) Até eu estou orgulhosa de mim. Penso muitas vezes em ti e até pensei na partida: a loira andará metida nestas alhadas num dia de temporal como este, como eu?
EliminarAqui no norte não esteve temporal, esteve um dia lindo se sol, mas sim, quando houver temporal a Loira andará metida nessas alhadas, porque não é um temporal que assusta uma Loira.
EliminarAh... a piada do Zé:
E se chover? Se chover azar o da chuva, nós vamos.
Que sorte.
EliminarAqui foi o dilúvio. Quando partimos todos em filinha pirilau, cheios de medo de sermos engolidos por um buraco qualquer cheio de água, pensámos: bom, isto passa. Era o passavas!
Nunca tinha feita nada semelhante... a minha mãe se me visse havia de dizer que eu tinha perdido o juízo!! Mas foi muito engraçado. Ninguém caiu e ninguém se afogou.
Ganda maluca! E corajosa :) Parabéns :)
ResponderEliminarPodes crer. A certa altura parecia que o céu ia desabar em cima da minha cabeça, tal era a força da chuva. Eu com uns óculos para não me voar uma lente de contacto, e estás a ver andar de óculos à chuva né?? Não via um frango à frente do nariz.
EliminarDeixo uma vénia, Uvinha. Eu, em matéria de exercício físico, sou uma covardolas.
ResponderEliminarBeijos repenicados. :)
Qual vénia qual quê. Pura diversão Maria, pura diversão!
EliminarEu era igualinha a ti. Desde os 10 anos que não andava de bike... nem mexia o rabo.
Agora até o 69 faço!!
Linda Uva, corajosa e bonita que ela é. Parabéns miúda!
ResponderEliminarObrigada linda Be. Linda és tu com a tua coragem de mãe coragem! Abraços!!!
EliminarAté estou esmagada! Mulher, isso é uma prova de resistência a vários níveis. Parabéns pela força, e que companheira tão assertiva havias de arranjar para essa jornada.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana.
Foi sim Mia, foi uma prova duríssima. Mas acabei-a. Toda escafiada, molhada da cabeça aos pés, aliás a escorrer água literalmente, mas acabei.
EliminarCustou-me um cadinho ali nas subidas, mas consegui. Meti a avozinha e ala que se faz tarde!
(a avozinha é a mudança mais leve da bike, vais a pedalar mas parece que vais parada.)
Uva, és um orgulho. Muitos parabéns pela tua conquista e sei que a partir de agora nada te vai parar. Depois de um banho quentinho e uma pomada no rabo fica a sensação de desafio superado e a vontade de vencer os seguintes. Beijinho grande :)
ResponderEliminarMuitos parabéns Uva, agora ninguém te pára :-)
ResponderEliminarAgora venham as próximas pois a sensação no final duma prova, é única...
Beijinhos :-)