15 de novembro de 2016

DA ARTE DA DOÇURA

A vida era tão mais doce se doce fosse a vida.
Ontem falava com um amigo de longa data, daqueles que conhecemos aos treze, e que por qualquer milagre da amizade, esse sentimento tão doce, mantemos ainda por perto.
Zangou-se com os irmãos por conta de ideias desirmanadas.
Coisas de família, como se família fossem coisas, e as coisas mais importantes que a família.
Eu, que cá por coisas de família, também tenho coisas com a família, sei bem o amargo que é.
A certa altura da vida percebi que ter as pessoas é mais importante do que ter coisas, e que a maior parte das guerras (da família) são feitas numa arena em que o que se joga é o poder pelas coisas que nada interessam para as famílias.
Depois, quando já não podia mais calar-me, fui deixando pistas de mim, e do que sentia sobre tudo isto, este amargo, e lembro-me de ter aqui escrito, com muitas lágrimas nos olhos, que, as voltas que a vida dá, me deram uma  volta à vida.

Chegou o momento de regressar aquele tempo.
Era um tempo maravilhoso.
O mel não é, nem nunca foi, mais importante que as abelhas.







Honeycomb sculpture made by bees TOMAS LIBERTINY
http://tomaslibertiny.com/

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