25 de janeiro de 2018

EU SEI QUE É UM TEMA REQUENTADO

Pois se já tem dois dias, já tem o bolor à perna.
Mas apetece-me dizer umas coisas giras aqui sobre aquela coisa bizarra (dizem uns), para não dizer jactante (dizem outros), da Segurança Social se pôr em bicos dos pés para pagar as creches dos infantes herdeiros de todo um pessoal autoeuropeu.

É que eu acho que o pessoal se abespinhou porque não sabia de nada.

Quer-se dizer: então mas só agora é que eu sei, pah, com o filho quase criado, pah, que a Segurança Social dá esses complementos a quem trabalha ao sábado?
Mas, mas... como assim? Então mas esses gajos da Autoeuropa, pah, que ganham chorudos ordenados, pah, que até já ficaram 4 dias em casa, pah, 4 dias hã, só para não irem todos bater com os costados no desemprego, é que têm essas benesses? CHULOS!!! Não querem turnos dêem o trabalho a outros!

Ah pois é, que a malta está piurça e eu temo o pior.

Ora se a Segurança Social é uma pessoa (coletiva) tão boazinha para com os infantes herdeiros dos autoeuropeus, fazia ou não sentido que fosse também para os herdeiros infantes, sei lá, de toda uma sociedade portuguesa?


E se a Segurança Social inovasse um bocadinho nos apoios e pagasse também o canil do meu cão quando eu venho 'trabalhar' ao sábado?
E se a Segurança Social fizesse a fineza de contratar alguém para ir por mim visitar familiares internados, amigos, família, enquanto eu faço uma perninha no escritório?
E se a Segurança Social fosse tão benevolente com o facto de eu ter de trabalhar ao sábado e me pagasse uma pessoa de confiança para ir passar a ferro e dar um jeito nos tapetes?

E que tipo de apoio recebem as mães que têm de trabalhar ao sábado nas creches, para tomar conta dos filhos das mães que trabalham ao sábado?


Dúvidas.
A minha vida é isto. 
Dúvidas.

4 comentários:

  1. Sua ironia
    é tão fina, tão fina
    que para ela
    não engendro adequada rima

    Mas posso ir buscar outra experiência de vida

    Havia, por acaso em Setúbal (que não é longe de Palmela) um complexo agroquímico de grandes e diversas fábricas e de grande perímetro. Se ele trabalhava no ácido (o sulfúrico, não confundir com o outro) ela, sua esposa e companheira p´ra vida inteira trabalhava, trabalhava nos adubos sulfatados. Se ele trabalhava no ensacamento, ela trabalhava nas rações para animais. Tinham casa, cama, cozinha, cresce tudo ali pertinho e dentro do perímetro. Até escola... Poupavam até no despertador, pois quando ela saia de turno acordava o Manel. Quando era ele a sair, fazia ele tal papel. Era tudo economia, e nem Segurança Social havia.

    SAPEC, anos 70, 80 e por aí fora até o belga ir embora...
    (O Catroga era Director Geral)

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  2. Por conta de uns sindicalistas da treta, daqui a 5 anos não há Autoeuropa para ninguém.
    Depois lá vão 15.000 pessoas (famílias inteiras nalguns casos) beber mines o dia inteiro numa taberna qualquer do Barreiro à conta do fundo de desemprego.
    Isto é como ver um comboio a descarrilar...

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  3. qualquer dia gripa de vez. pensei que fosse só chapa, mas afinal, também deve haver chatices na eletrónica. o motor anda todo desgraçado.

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  4. Gosto tanto de ti quando és sarcástica Uvinha! :D

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