23 de janeiro de 2018

A LISTA DA (IN)FELICIDADE

Entretanto tenho tido conversas muito lindas sobre esta coisa da alimentação.
Sou alentejana de clara (porque de gema são os meus pais), e por isso tenho um historial gastronómico de sopas e açordas, de enchidos e gaspacho, de tibornas com azeite e alho, de entremeadas e saladas, com tomate, atum e bacalhau desfiado.
Mas também sou da Lagoa de Albufeira, de Sesimbra e de Setúbal, dos mariscos e moluscos, da cerveja e do tremoço, do vinho e dos caracóis, do queijinho de Nisa e dos 4 cantos do mundo, dos rodízios de peixes e da salada de agrião, da paiola e da alheira, e de comidas de toda a maneira.
[Menos favas].
E sou absolutamente de Lisboa, onde a vida de estudante, e a muita falta de tempo, me empurrou (e não precisa de empurrar muito) para as belas hamburguerias gourmet, para as pizzarias de massas finas e grossas, para os ceviches e para o sushi, para o pica-pau e o molho das ameijoas, para os cachorros muito quentes e milhares de gelados.

Pus-me então a matutar no que ficaria em cima da mesa, entre os vários alimentos disponíveis no mundo, e numa escala de 0 a 10, se acaso me impusessem a escolha.
É um exercício extraordinariamente complicado (e desonesto) porque dez coisas são muito poucas, e eu sou moça de muito alimento; mas vamos lá a ver: se retirar a siricaia e o salame, se retirar a carne picada e a paiola, se retirar a alface e o agrião, e ainda o vinho de Estremoz (ou da Granja) sobram-me aqui dez coisitas de monta.

A ver:

1 - Pão
2 - Tomate
3 - Azeitonas
4 - Diospiros
5 - Bacalhau
6 - Sapateira
7 - Arroz
8 - Imperial
9 - Sardinhas
10 - Caracóis

Tenho um longo caminho a percorrer para ser vegana................................... autch!
Numa lista de 10 alimentos, mato logo 3 animais grandes e milhares de pequeninos.
Estou perdida não estou?
Estou.

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