29 de novembro de 2013

AFOGAM-NOS, COMO FAZEM AOS GATOS...

 
Sou uma rapariga versada em praia. Sim praia, praia mesmo. Na praia houve sempre coisas de que gostei muito e outras que sempre odiei. Destas que odiava, destaco uma, a mais temida, e outra, igualmente má, mas menos radical. A pior era a es...túpida amona. Cabeça dentro de água, cortada a respiração, a vida em suspenso, totalmente dependente da vontade alheia. Um momento a mais, um pânico repentino, e era a morte do artista. A outra, menos mortífera mas igualmente estúpida e desconcertante, era a brincadeira dos maços de cigarros cheios de areia, atirados zunindo para o campo inimigo. A guerra de areia, areia no ar e, claro está, areia para os olhos.
Caros todos: Isto que aqui vos apresento é tão somente, estas duas coisas numa só. Afogam-nos os sonhos, cortam-nos a respiração, atiram-nos areia para os olhos. Querem acabar com a nossa praia, no fundo, e metaforicamente falando, acabar com a maior alegria dos portugueses. Penso, e logo sei que ainda existo, que estes imbecis, ainda não perceberam que aquele sítio onde descansam as suas espreguiçadeiras, não é, de tido, a sua praia. É preciso mete-los ao largo. Sem boia de salvação. Ai Portugal, Portugal, do que é que tu estás à espera?

 

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