15 de novembro de 2013

DÉRIZ NOU LOUVE LAIKE DE FIRSZT...

O meu primeiro post.
Faltam 46 dias para acabar o ano. O que me diz o número 46? Nada.

Talvez a data me traga alguma inspiração para o começo.

Vou ver: 15 de novembro. É uma data com interesse. Encontro uma lista. Ora vejamos o que daqui posso aproveitar:
Yasser Arafat, no exílio, proclama o Estado da Palestina (1988).
Grande dica. Sobre este enigmático tema versava o meu primeiro livro a sério. Êxodos – Leon Uris. Não vamos mal. Sigo o rol.
Um grande número de futebolistas nasceu neste dia; temos pois, este 15 de novembro, rico em dar à luz craques da bola.
Outra dica. Hoje temos seleção. Não vou por aqui. É terreno pantanoso para Uva.
Oiço de raspão no Canal Memória, o José Hermano Saraiva dizer que os portugueses, se há coisa de que se podem gabar, é de ter mãos e pés; mãos para o artesanato, pintura e tecelagem, os pés para o futebol. Não deixava de ter razão. Pontuais no 28 e chutos no rabo da democracia, é o que mais se vê por estes dias. E que belíssimos jogadores.
Não queria despir-me já de preconceitos políticos, afinal de contas a uva tem uma imagem a manter, logo agora que as exportações de vinho sobem em flecha e até parece, pelo alarde dos Sinistros Ministros, que são eles que apanham e levam trôpegas à cabeça, as cestas das vindimas, carregadas de boa uva, para venderem o vinho nas reuniões do Comité. Até parece que os estou a ver. Boina alentejana na mão, camisa de xadrez e um punhado de cabelos hirtos: - V. Exas, temos um vinho ótimo, não o quereis provar?
E o braço que estende o copo, pede logo de seguida um 2º resgate, um aperto de mão, que sim, que se faz o negócio.
Não me detenho mais no tema.
Sigo na busca de um assunto verdadeiramente interessante para desenvolver no meu primogénito. Nada. Tudo coisas sem interesse. Sobe o preço da gasolina, Durão Barroso prepara o regresso. Temos pena.
Fico pensativa com o cursor o piscar na folha branca. 
Tinha gizado todo um plano; ainda ontem me bailava uma história ótima na cabeça. Semicerro os olhos. Tento levar a memória onde ela já não consegue ir sozinha. Não escrevinhei nada, perdeu-se a epifania.
A uva passa dá os ares da sua graça. A memória mirrada, corpo de bacalhau.
Quem me dera ter sempre à mão os homenzinhos do meu banner, enchendo-me a cabeça de coisas cómicas para dizer, sobretudo parvoíces. Precisamos urgentemente de rir da vida, e não o contrário.
No fundo é isto que quero fazer com esta Uva-Passa. Tê-la sempre cheia de coisas parvas e inúteis e espreme-la aqui, para me rir com ela. Para me rir dela. Para me rir de mim.
Nada vi que me prendesse a atenção neste 15 de novembro. 
Só este blogue, agora pela primeira vez publicado. Xiiiinapá!
Voltarei, é certo.
A Uva voltará sempre, mesmo sem nada para espremer...
Ou talvez por isso mesmo.
Cá beijinho.
 



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