16 de janeiro de 2015

Essa coisa da gritaria nos transportes públicos...

A sério ????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

Bom.
É que esta notícia fez-me recordar de um tempo, lá nos confins da minha fase de jovem-adulta, altura em que privava imenso com o Metro, com sovacos e coisas assim, e houve lá uma parte muito engraçada, ia eu ou vinha eu, sei lá, já não me lembro, muito direitinha agarrada ao varão, e de repente, um punhetinhas (punhetinhas são aqueles sujeitos que andam no Metro sempre cheios de comichões pudendas, que se encostam-se às pessoas porque, coitados, já têm eles próprios as unhas muito gastas), e estava eu a dizer, ia muito direitinha agarrada ao varão (e sabe Deus o que agradeci por ser dia de saia travada e salto agulha), quando o punhetinhas semicerrou os olhos, fez uma avaliação positiva do meu rabo e das minhas mamas, deu um punzinho muito discreto de contentamento e veio encostar a braguilha semi-aberta à anca da Uva Passa.
Ora não é preciso ser-se cliente do Metro, nem de conviver com a sovaquinha alheia, para perceber que o que se passou de seguida entrou pelos ouvidos de muita gente, nomeadamente aos que ali estavam agarrados ao mesmo objeto, vulgo, varão.
Com um grito à Rocky IV, gutural, afinfei-lhe com toda a força o salto no all star carcomido, que o punhetinhas não teve tempo para mais nada senão para se por na alheta, não sem antes levar com uma saraivada de 'porco-nojento' que recebeu da vizinhança feminina.

Agora pergunta a Uva: 
No caso presente, a Uva estava metida em sarilhos não estava?
Isto das multas vai mesmo avante?


Ó Uva, duh!
O diploma já foi publicado na passada 5ª feira...

Mas, mas.... isso vem em que livrinho? 

26 comentários:

  1. por falar em sovaco, devia de haver um dispositivo automático de desodorizante à porta dos transportes públicos. isso, a moderação de temperaturas e o fim da gritaria nos transportes públicos era o paraíso, uva!

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    1. O fim da gritaria já está legislado. E melhorou bastante desde que apanharam o punhetinhas, vai para mais de 9 anos.

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  2. Ora, acho que no caso descrito não haverá sanção que possa ser aplicada à Uva, já ao punhetinha em questão, julgo que por uns dias deverá ter pensado duas ou três vezes antes de se atravessar à frente de um salto agulha. Esse e outros que transpõem constatemente os limites do civismo deveriam, não ser multados mas confinados a um espaço tão medíocre quanto eles próprios.

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  3. Ganda Uva!

    Essa legislação é um tanto ou quanto "punhetinhas", não é?

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    1. Pois não faço ideia, mas tenho ouvido muita gente a queixar-se, sobretudo dos miúdos que são uns porquinhos, que gritam, e há também uns jagunços que não pagam bilhetes e fazem-no à descarada, e sentam-se sem dar lugar aos mais frágeis e ainda conseguem ser malcriados para essas pessoas.
      Já vi duas ou três vezes, numa altura em que fui dois dias seguidos de camioneta para o suburbio, os jagunços (enormes) a fazer uma algarviada brutal e a maltratar o motorista e este a dizer que nem abria o pio com medo, que o ordenado miserável que lhe pagavam nem tinha subsídio de risco.
      Houve uns senhores que ainda os afrontaram com o típico: andamos aqui nós a pagar o passe e estes marmanjos andam nisto à borla e ninguém faz nada - mas foram logo carvalhadas e coiso e enfim.
      Não sei se não está mal aplicado, mas o problema mantém-se. Não há fiscais e nem polícia para aplicar isto, logo isto vai dar em nada.
      As usual.

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    2. Exacto: onde estão os fiscais, um por autocarro, para ver a coisa "in loco"? Tá bem, abelha. Mais uma medidinha de ir ao avulso...bah!

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  4. Passou-se comigo uma situação semelhante quando viajei a primeira e única vez de metro. Passou-se em Londres e deslocava-me através da linha vermelha, de Epping para Ealing Broadway muito direitinho, segurando o varão, quando na estação de Liverpool Street, entram inesperadamente, angelina jolie, britney spears, emma watson e barbara mori. Subitamente, estas 4 mosqueteiras cercaram-me e, aproveitando os balanços da carroagem foram apertando o cerco cada vez mais ao ponto de começar a sentir alguma dificuldade em respirar. Decidi então encher-me de coragem e questionar as suas intenções: - uóte du iu uonte frome mi? Elas semicerraram os olhos, fizeram uma pose de matadoras e responderam: - ui uonte to ite iu! Respirei então profundamente aliviado e com um sorriso amarelo returqui-lhes: Ufah - ai thóte it uóse a róberi... Nessa altura as 4 magníficas trocaram uns olhares que me pareceram de fastio e uma delas, não me recordo bem qual dirigiuse-me com ar intimidador: - tatche mai tits náu!!! Percebi logo que a situação começava a complicar-se, as raparigas mostravam sinais evidentes de nervosismo e resolvi acatar com todo o meu empenho a ordem que acabara de receber. Então, resoluto fechei os olhos, respirei fundo e munindo-me de toda a coragem e sangue frio, estendi rápidamente o braço, no sentido dos seios que se encontravam à minha frente. Nesse momento, uma dor atroz paralizou-me a mão ao mesmo tempo que um estrondo imenso me fêz acordar... tinha batido com a mão na mesinha de cabeceira...

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    1. Partiste algum dedo ou isso? É que às vezes pode ter sido coisa séria.
      Hahahahahahahaha que inspiração!

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  5. A legislação não exclui o metro? Isso é ainda mais preocupante, porque o metro é dez vezes mais atreito a receber esse tipo de maluquinhos, ou seja, os que andavam de autocarro, passam a andar de metro.
    Ah, não, espera: a lei não prevê apalpões no meio da multidão.
    Prevê o quê, mesmo? Rapazes pendurados dos estribos, quando o metro está vazio, gajas aos berros ao telemóvel, bêbados que insultam toda a gente, mães que batem nos filhos e casais que discutem? Nada a que não nos tenhamos já habituado.
    Digo-te que as cenas que já vivi no metro, davam para um livro, por tomos.
    Exemplo...

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    1. Essa coisa dos apalpões era muito usual na escola.
      Lembro-me de uma vez uma rapariga passar num corredor com rapazes de ambos os lados (era uma brincadeira muito estúpida mas passava-se em quase todos os intervalos - e era consentida) e ser tão mas tão apalpada, credo, que ainda hoje quando a vejo tenha essa imagem gravada na cabeça.
      Desculpa o coment ao lado, mas lembrei-me disto.
      A minha escola do 5º e 6º ano era terrivel. Foram os piores anos da minha vida.

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  6. Alguém diga às senhoras de idade, por quem nutro muito respeito, que aqueles lugares "reservados" se destinam a GRÁVIDAS, ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS DE COLO e DEFICIENTES (crónicos ou temporários). É que uma coisa é ser-se gentil e dar lugar às senhoras, outra coisa muito diferente é acharem-se no direito de exigir essa cedência, coisa que invariavelmente acontece. Sou uma pessoa muito má, eu sei, mas quando me aparece uma dessas, a olhar de lado e a murmurar que não há respeito, bem que vai em pé.

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    1. Grávidas, acompanhantes de crianças de colo (e, por uma questão de delicadeza, de crianças pequenas que, embora já não sejam de colo, não devem ir de pé nos transportes públicos, desde que se sentem no colo do adulto que as acompanha) e portadores de deficiência - que se presume que não é mental, mas sim toda e qualquer incapacidade física, limitadora do equilíbrio (com maior propensão a quedas em caso de travagem súbita ou curvas acentuadas) e geradora de maior cansaço físico. A velhice inclui-se nesta categoria, tranquilamente. Esta é a forma que tenho de ler a lei, sem a ter lido. Trata-se de bom senso, senso comum, educação. Ninguém vai para novo, um dia toca-nos a nós. E gente arrogante existe em qualquer condição, seja novo, velho, deficiente ou não.

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    2. Entretanto, para não parecer que venho para aqui dar a minha opinião sem fundamentos, fui estudar :)
      A questão das prioridades nos assentos dos transportes públicos ainda se rege por uma lei de 1971, o que não quer dizer que esteja obsoleta, nem pelo decurso do tempo, nem pela modernização dos costumes - deficientes, pessoas com pernas partidas, velhotes e grávidas são os mesmos em qualquer época.
      Assim, no Decreto 59/71, de 2 de Março, artigo 162.º, § 1: "Consideram-se cativos, para passageiros inválidos, doentes ou idosos e senhoras grávidas ou transportando crianças ao colo, quatro lugares, correspondentes aos primeiros bancos, a partir da entrada dos veículos com plataforma, utilizados em carreiras urbanas. "

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    3. Obrigada Porca, já aprendi alguma coisa! Pensara que "os idosos" era sim uma questão de consciência, moral, e não legal. Assim sendo, alguém diga às velhinhas para invocar o " Decreto 59/71, de 2 de Março, artigo 162.º, § 1 de 1971" para fazerem valer os seus direitos :-)

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    4. E deixa-me acrescentar um elogio (não sou muito disso, mas hoje estou bem dispostinha e creio mesmo que o mereces): é de louvar a tua atitude, quando te apercebeste estares convencida de algo sem que para isso tivesses fundamento, foste estudar. Assim o fizéssemos todos, por gosto.

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    5. :) É que há coisas que uma pessoa sabe sem saber por que é que sabe. E as leis (nem sempre, mas às vezes) são justas e adaptadas à realidade. Se pensarmos bem, as pessoas de idade têm dificuldades de equilíbrio, cansam-se mais, são mais atreitas a quedas e as quedas podem ter consequências muito mais graves do que num adulto jovem. Faz sentido que tenham lugares reservados.
      E, na verdade, não gosto muito de deitar postas sem fundamentar. Quantas vezes, não estamos enganados nas nossas convicções mais enraizadas...? Mais vale ir estudar do que insistir numa teimosia em público, que ainda nos enche mas é de vergonha :)

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    6. Aqui o que acontecia era estarmos ambas convencidas sem fundamento para tal, ainda que a minha convicção não incluísse idosos e a tua os incluísse. O teu mérito foi teres ido pesquisar sobre o assunto, porque, felizmente, em público não gostas de passar vergonhas. Além do mais, ainda me acrescentaste saber a mim. (e cada vez tenho menos convicções, mas isso era outra conversa, quem sabe para uma próxima vez) :)

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  7. Acho curioso que queiram legislar o bom comportamento e civismo da malta. Mais curiosa ainda fiquei em relação a quem vai multar e como...

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    1. Isso é o mais dificil.
      A grande comicidade disto tudo é que foram legislar uma coisa que foi um efeito da não fiscalização nos transportes públicos.
      Esta questão da auteridade alterou profundamente a sociedade portuguesa.

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  8. E agora estava aqui a pensar... Os ceguinhos a tocar ferros e os putos com acordeão também estarão abrangidos? É que isso vai levar muita gente ao desemprego!

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  9. Descobri a causa, a razão de ser, o motivo
    A deliberação tem mesmo a ver consigo
    Foi o "punhetinhas" o legislador
    Pelo seu grito gutural e pela dor

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    1. Era muito burro para chegar a legislador.
      E digo isto porque qualquer punhetinhas que se preze usa sapato biqueira de aço para se livrar dos saltos agulha.
      Este anormal levava sapatos de pano...

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  10. Não me posso manifestar grandemente que aqui pela província quase não há transportes públicos e todos se deslocam nos seus próprios carros, não havendo lugar a punhetinhas de transportes. Quanto aos gritos, só se for os meus a cantar dentro do carro ou a chamar nomes aos outros condutores (eu não disse isto) ainda assim, sou gaja para concordar com essa lei :)

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