Capitulo dois - Dúvidas cor de Rosa
Capítulo três - A Mais Picante
Capitulo quatro - Mirone
Capitulo cinco - Pasme-se quem Puder
CAPÍTULO VI
A Avenida da Igreja acordou em sobressalto.
Um enorme e invulgar estrondo, que se ouviu para lá do INATEL, fez saltar os moradores da cama, que aquela hora ainda dormiam.
Cabum!!!
E o som ensurdecedor ressoou pelas recantos adormecidos da Avenida, como se de repente um anjo muito gordo tivesse caído do altar.
A pouco e pouco, os estores corridos nas janelas, começaram a abrir-se um a um e várias cabeças curiosas se assomaram para ver o que se passava.
A visão era dantesca.
As senhoras mais recatadas, religiosas ou púdicas, foram obrigadas a recolher-se aos seus aposentos, temendo represálias do padre Henrique, ou infernais eternidades, dando gritinhos histéricos e abafados pelas maõzinhas impías.
E por todo o casario que se entendia até ao fim da Avenida, a onda de choque foi atingindo famílias de bem inteiras, debruçadas nas varandas, tentando, algumas em vão, descortinar a cena que ali juntava tanta e tanta gente.
As crianças dos colégios muito caros, mas muito bons, levadas pela mão das avós maternas, a caminho da missa das 9, obviamente compostas nos seus laçarotes de bolinhas e meias de lã repuxadas até aos joelhos, apesar do frio gélido que se fazia sentir, largaram a correr para o local - rompendo uma educação esmeradíssima onde é totalmente proibido correr - e onde já se agigantava uma onda de gente.
E a curiosidade reprimida durante anos nas crianças da Avenida, furou por entre a multidão de pescoços muito esticados, pernas muito depiladas, malas Pipa Coco, cãezinhos minúsculos e patéticos, ora envergando caxemiras, ora usando gravatas, indo estancar na clareira, nas boquinhas muito abertas, perante uma cena digna da melhor animação da Dreamworks, ali mesmo à sua frente, e justo em cima do carro da noiva.
Com efeito, um bairro inteiro reunido ao redor de um ex-Ford Cortina vermelho, preparado cuidadosamente pelo vizinho de Maria, pai de Elisinha, desde que se tinha anunciado o noivado na noite da Consoada, estava completamente despedaçado pelo peso do pecado.
Na Avenida da Igreja.
O noivo João, agora bígamo João, jazia nu, com uma chave misteriosa atenxada no rabo, agarrado a uma desconhecida, igualmente nua, que se tapava atabalhoadamente com um grande gato bêbado, que revirava os olhos e dizia miuaaaaaauuuuuu, esticando muito o pescoço.
Foi um espetáculo deprimente.
Aquela hora da manhã, num sábado frio de Março de 2015, onde à porta da igreja e vindos de todos os lados, sobretudo da Quinta da Marinha, do Lago, e de Cascais, se juntavam os primeiro convidados do casamento da Elisinha e do João, jazia agora, em cima de um tejadinho amolgado, o sonho de toda uma Avenida.
João já não casava nesse dia, e a noiva em pranto, que fora arrancada do sonho ainda com os rolos na cabeça, saiu disparada de casa, sem comer o seu pequeno almoço take away, delicioso, e correu louca para o local do crime, onde arrancou com um violento movimento, a chave do rabo de João, não sem antes espetar um valente estacasso em Maria, que faz assanhar o gato deixando assim à mostra a grande cicatriz no olho...
A última cena assistida pelo bairro outrora calmo, é uma noiva maluca, a correr Avenida fora, com uma chave nojenta na mão, até ser abalroada por uma carroça de ciganos que por ali passava a caminho do Estádio do Spórten, carregadinha de febras e entremeadas, naturalmente fora de prazo.
*NÃO PERCAM O TRAILER de apresentação da Palmier Encoberto e não deixem de acompanhar mais um episódio aqui, na Kiss and Makeup! e aqui no Amor Autista!
E já temos Capítulo nono no Talqualmenteoutro.
Quem dá mais?
:DDD
ResponderEliminarQuem diria, o sonso do João levou uma vida dupla aquele tempo todo, partilhava o leito com a Maria e prometia casamento à Elisinha. Como é possível, meu Deus, em plemo seculo XX! ainda cair na cantiga do malandro?! Pobre Elisinha...
;) Era tramado o João. Mas a sua honra ficou para sempre perdida na Avenida. Acho que vai ter de emigrar.
EliminarQue a Elisinha tenha caído na conversa do João, ainda vá que não vá, menina ingénua de boas famílias, educada para casar cedo, no auge do período reprodutivo, e receber com alegria os filhos a quem poria o nome dos avós e dos santos da sua devoção... Mas a Maria, senhora de si, mulher decidida, que sempre soube o que queria (a ver se a greve de sexo não surtiu efeitos? Ah pois é, nunca mais estendeu roupa na corda), como é que a Maria aceitou a ideia de poder ser "a outra"? O que lhe terá dito/feito o João para ela alinhar nisto?
EliminarTu queres ver que o João tinha dívidas de jogo? Que afinal não era segurança no Vasco da Gama, passava mas era o tempo todo a torrar o guito na Casino Lisboa? Que se meteu com um agiota sem escrúpulos e tinha a cabeça a prémio se até ao fim do mês não arranjasse o dinheiro? Que o casamento com a Elisinha era só um esquema para dar o lendário golpe de baú e sacar o dinheiro ao forreta do sr. Dias?
EliminarA Maria era uma tancinha. Não sabia de nada. Foi outra engrupida na conversa do João.
EliminarRaparigas enfermiças agarradas às missas, é no que dá.
Pois é, só quem está no convento sabe o que lá vai dentro. Enganou-me bem, aquele João. Agora pergunto, quantas mais mulheres enganou aquele D. Juan de trazer por casa?
EliminarNão sabemos. Só a próxima a pegar na história por desvendar!
EliminarAhahahahah
ResponderEliminarAhahahahah
Ahahahahah
Chave nojenta enfiada no rabo?
Ahahahahah
Ahahahahah
Ahahahahah
Não percebes nada disto pah.
EliminarA chave que a noiva arrancou do rabo do noivo é que estava nojenta... pois claro.
Então havia de estar como?
Hahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
Mas porquê que não pode ser um rabo lavadinho?
EliminarAhahahahah
Mas como um rabo lavadinho? Se estavam há três quinze dias fechados numa sala???
EliminarAndavam a lavar-se com gin, queres ver?
Claro. E depois limpavam-se ao cortinado.
EliminarHahahahaha. Ca nojo!
EliminarSó podia passar por aqui mais um capitulo :D
ResponderEliminarE a continuação foi para onde? Estou curiosa (e farta de rir à gargalhada) :)
Não sei Ana. Alguém que se ofereça!
EliminarQuero ver quem é que bate isto....
ResponderEliminarIsto assim é super divertido. Gosto muito.
EliminarAvanças?
Be, tens a batata quente na mão. És uma mulher ou uma rata? Decide-te, a Elisinha foi abalroada por uma carroça de ciganos, alguém tem de a acudir antes que seja tarde. E o casal desnudo, vai ficar ali em exposição? Há ali crianças, por Deus, alguém tem de fazer alguma coisa.
EliminarE as entremeadas não tarda desaparecem todas. Já se sabe que aquilo ali em Alvalade é só gente garganeira.
EliminarEu vinha aqui dizer que depois deste texto a Palmier ia ter um pouco de dificuldade em arranjar um actor que se prestasse a atenxar uma chave no dito cUjo. Entretanto reparo que me passaram a batata quente. Se a Margarida não aceitar, eu aceito o desafio mas tem de ser à noite porque agora é suposto estar a trabalhar e o boss não tarda, aperta-me os calos.
EliminarMas que mal te pergunte: que raio de chefe é esse que te OBRIGA a trabalhar hum???
EliminarIsso não será caso para greve?
Ele não me obriga a trabalhar, obriga-me a apresentar trabalho!!, Espreita-me pelo canto do olho (trabalhamos juntos) quando me topa a debitar muita letra no PC, sem nada que o justifique e pede-me, por exemplo, para lhe mandar um email. É assim que me diz "Estás a abusar!!"
EliminarMais logo apresento trabalho aqui na blogosfera.
Aguardemos, então. :DDDDDDDD
EliminarAgora é que me tramaram, eu com o post preparadinho e pumba, a história segue noutro sentido.Não consigo encaixar lá nada do que escrevi. Fica para a próxima....
EliminarQual quê Be! Publicas sim senhora! São multiplos finais! Dá-lhe! Eu atualizou aqui o estaminé!!!
EliminarAliás estou em pulgas para ler! Tu não me deixes nesta impaciência!
EliminarOk, ate já.
EliminarFeito, nem precisas alterar nada, tive uma ideia de quase génio ;)
EliminarAhahahahahahahah ahahahahahahahah ahahahahahahahah ahahahahahahahah ahahahahahahahah ahahahahahahahah oh pah... Oh Uva.. Ahahahahahahahah vós sois impossíveis... a elevar assim a fasquia é preciso ter muita coragem para seguir com isto... Muito, muito bom... :)))
ResponderEliminarLá estás tu! ;))))
EliminarSou a tua fã n° 1, bem sabes.
EliminarÓh. Doida!
EliminarPela primeira vez estou aqui a comentar e é para lhe dar os parabéns. Está genial este capítulo!
ResponderEliminarPê
Olá Pê! Obrigadinhos.
EliminarEstão todos ótimos, na verdade.
Vocês todos, que vão de alguma forma acompanhando, é que fomentam a criatividade.
Ainda bem que gostaste.
Isso é o que interessa.
Eu venho só aqui dizer que a Palmy não continua, ela "só" fez o trailer.
ResponderEliminarAlguém tem de continuar....
Retificado madame.
EliminarTOP! Nobel para a Uva já! Depois disto quero ver quem se atreve a salvar a Elisinha! (Aposto que o pai da Elisinha vai fazer um sprint atrás do João, avenida abaixo!!!)
ResponderEliminarGuida, só depende de ti saber se o Dias vai fazer um sprint na Avenida da Igreja. O desafio está lançado, podes ser tu a definir o destino da Elisinha.
EliminarEntão mas não era a Be? Está a fazer jogo duplo Mirone?
EliminarQual jogo duplo, Margarette?! A Be ainda não disse que aceita. Isto é como as pombinhas da cat'rina, uma é minha, outra é tua, outra é de quem a apanhar. Se a Be não se decidir haverá quem se decida.
Eliminar(há quantos meses te ando a dizer para me tratares por tu?)
Hahahahahahahaha Mirone. Pobinhas da Cat'rina!! Haja quem as apanhe!
EliminarA Margarida é da Av. da Igreja. Trata toda a gente por você-sei-lá.
Faz parte do protocolo.
Tu queres ver que é a própria da Elisinha (Elisa Margarida)? Será a Maria (Maria Margarida)?
EliminarDaisy, chega aqui um minutinho. Acho que tens umas explicações a dar. :))))))))))))
Querem mas é um relato na primeira pessoa!!! (A menos que o João seja um João Maria...)
EliminarEstá feito!
EliminarEu tenho p mim o ford cortina estava "quitado". E tinha um íman no tejadilho, vai daí, teve um efeito magnético e puxou a chave. (Ou entao estou sobre o efeito do visionamento recente de parte do X-men. Mas por acaso se o João calha em ser o magneto esta tragédia tinha sido evitada. Espera, na volta n era o ford...se calhar a elisinha tem o magneto como admirador secreto e o gajo quis desmascarar o joao!)
ResponderEliminarWow, Me... talk about imagination :DDDDD
EliminarÉ obvio que estava quitado! Alguma vez um Ford Cortina se aguentava com dois marmajos em cima, só com o tejadilho amolgado?
EliminarMirone, disparate, perdão, imaginação é coisa q n me falta hehe. Mas justiça seja feita, os vossos capítulos n se ficam atrás :)
EliminarUva, ainda bem, que deu a conhecer a historia do João, pois ja estava a dar-me o fanico, por "As senhoras mais recatadas, religiosas ou púdicas", não terem chamada a RTP/SIC/TVI, para noticiarem ao mundo, o tamanho do naperon, a cor da renda, como também o feitio da chave e claro "acoitarem" a pobre Maria vai com todos, pois ela, é com toda a certeza, a culpada de todos os pecados do João!
ResponderEliminarObrigada uva :)
Os culpados são SEMPRE os ciganos, Nina, sempre!
EliminarAi as "Febras e as entremeadas"!!! Todos os Santos, que nos livre de tal coisa - Ámen
EliminarAcho que vou mostrar este texto
ResponderEliminara uma tia, que morava nessa Avenida
e agora mora
na Quinta da Marinha
e também não gosta dos ciganos
e tinha uma paixão
por um gabiru chamado João.
Pode bem ser ele, ou não!
Talvez seja Roger.. gabiru é a cara do João!
Eliminarque bela nota artística
ResponderEliminar;) Uma brincadeira.
EliminarConclusão: Há cus muito espaçosos! (Será que guardava lá mais qualquer coisa?)
ResponderEliminarUi ui se guardam Maria...
EliminarEHEHEHEHEHEHEHEH. És a maior Uva! Mas eu estou com a Maria Eu. Soubessem os ciganos de tal cú espaçoso e esconderiam lá as febras, a entremeada e tudo até a polícia passar. E com jeitinho ia noiva, carroça, os burros e tudo. Mas... assim acabava a história.... Nã, ah! A Maria, sempre as Marias :))
ResponderEliminarHAHAHAHAHAHAHA
EliminarSou a maior aqui deste Rule of Law, tenho 1.74m.