A Via Láctea é enorme, e tudo o que vemos é um minúsculo, um ínfimo e insignificante pedaço do todo. Também a nossa vida é enorme, e tudo o que vemos, a maior parte das vezes, são
bocadinhos minúsculos, que acabam por nos confundir e fazer-nos tomar a
parte pelo todo.
Quando estiverem prontos para generalizar, pensem nesta imagem.
Nada é igual, em nenhum momento, em nenhum situação.
Agora pensando nisto com clareza, e vendo as imagens reais, percebo que às vezes a distancia que devemos manter de certas coisas, deve ser muito maior do que aquela que na realidade estamos. E cometemos enganos, porque só na distância somos capazes de raciocinar sobre os temas que nos tocam. Ver de cima, abarcando tudo, não é o mesmo que olhar por cima do ombro e avaliar a parte.
No caso do nosso Universo, e como se pode ver na imagem em cima, entre a Terra e a Lua cabem TODOS os planetas do sistema solar e ainda sobra um espacinho. Aprendamos com isto. Isto é a nossa natureza.
Aqui é o que alguém em Marte vê de nós. Os marcianos adorariam a terra se existissem marcianos, assim como nós adoramos marcianos que não existem. Uma lição despojada de crítica mas que afinal é tão singular. Vemos tão pouco de Marte, vêem tão pouco da Terra, e no entanto o interesse e a adoração é tão grande. Às vezes mostrar tudo não serve para absolutamente nada.
E aqui estamos nós outra vez vistos da Lua.
Nem a lua nos vê inteiros, porque afinal, nós nunca estamos inteiros. Procuramos as nossas partes entre aquilo e aqueles que nos rodeiam. Nada no universo existe, na realidade, como o vemos.
As pessoas são exactamente iguais. Não nos iludamos. A expectativa quebrada é uma dor traumática.
Esta é a distância, em escala, entre a Terra e a Lua.
Interessante, não?
E aqui vistos de Saturno. Lá em cima. Imponente. Alarve dos céus e do Universo. Nem nos vê, tão alto o seu ego, tão alta a soberba. É belo, pois que é, e charmoso, mas calado e frio, gelado.
Que nos importa Saturno se temos tantas estrelas, tantas nuvens, tantas árvores? Desçamos à terra e atentamos-nos no que realmente nos importa.
Universos paralelos, como mercados negros, sempre existiram, mas nunca são coisa boa.
E isso é um cometa. Este tem o tamanho de Los Angeles. Quantas vezes vemos cometas, problemas, coisas pequenas que se agigantam? Parecem borbulhas que escarafunchamos e que incomodadas, abespinhadas, infectam e ocupam todo a testa, vermelhas e salientes.
Cuidados redobrados, no universo e na vida. As coisas têm a importância que lhes dermos. Por isso se diz que a vida é dos tolos. Às vezes precisamos ser um bocadinho tolos para não aborrecer as borbulhas. Elas, mais cedo ou mais tarde, desaparecem sem deixar rasto.
Mas os cometas ladram e a caravana passa.
E é afinal aqui que estamos. Sãos e salvos, na nossa terra, no nosso canto, com as nossas pessoas.
Tudo é ambíguo, subjectivo.
O super-homem somos cada um de nós. E Assim Falou Zaratustra.
Com este sol em nós, como é possível não encontrarem a luz para o caminho?
És uma pessoa luminosa.
ResponderEliminarBeijos, Uva. :)
Sou loira pelo menos. Sou amarela como diz ML. Por isso aceito um 'luminosa' perfeitamente.
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Abraço grande.
Esta tua longa e proveitosa explicação retrata uma situação da minha vida pela qual estou a passar! Beijos grandes.
ResponderEliminarÉ pores-te ao sol miúda. Ou à fresca. ;)
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