21 de janeiro de 2016

Hahahahahahahahahahahahaha

Utentes não pagam consulta nem exames nas urgências se forem ao médico de família primeiro, diz o Observador.

Se aquelas pessoas que morrem à espera de serem atendidas nas urgências, tiverem a infeliz ideia de ir primeiro ao médico de família, podemos chamar o fenómeno de ... transladação?
Tipo: morrem a primeira parte à espera (uns 3 meses) do médico de família, e depois vão morrer o resto nas urgências?

E estas ideias peregrinas (como os utentes aliás, que andam para cá e para lá a gastar as solas e o dinheiro nas deslocações centro de saúde-urgência só para não pagarem as taxas), têm em conta que as pessoas se enfiam nas urgências para serem medicadas (ou arranjar receita) porque não têm médico de família?   
Ou que as pessoas vão às urgências porque têm assuntos urgentes para tratar que os médicos de família não sabem tratar ou só trabalham uma parte do dia?

Ahh, já sei, é para não acontecer como TODOS os impostos em Portugal em que nos obrigam a pagar tudo a duplicar.  Pagamos os impostos através dos descontos no vencimento e do IVA das faturas,  para pagar serviços à população, e depois pagamos outra vez os serviços que supostamente já pagamos através de impostos.
Se fores duas vezes ao médico no mesmo dia, só pagas três vezes em vez de quatro. Pagas os impostos no vencimento, pagas as taxas moderadora no CS, pagas os exames e assim já não pagas a urgência.

Líricos.

17 comentários:

  1. devíamos ler isto ao som de uma banda sonora a condizer. tenho pena que não me acuda nenhuma ao pensamento. se calhar, devia ir ao médico. o pior são as taxas...ah! é verdade se eu for primeiro a...depois...a..e , finalmente, a... é isso! :))
    boa noite, Uva.

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    1. Minha querida Mia, não vás ao médico. Vai antes à praia. É de borla e dá-nos anos de vida.

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  2. Uva essa noticia está mal escrita, não é aos médicos de familia é aos Centros de Saúde aos Serviços de Urgencia (consulta aberta ou como lhe queiram chamar) em que toda a gente é atendida. Só é pena que tenham fechado esse serviços de urgencia durante a noite em quase todo o pais pois evitada muitas idas a hospitais e muitas horas de esper desnecessárias. os doentes que são referenciados nesses serviços como casoa a observar por especialistas ou necessidade de exames complementares é que são enviados aos hospitais e não pagam mais nenhuma taxa moderadora.

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    1. Eu percebi que não pagas a taxa no hospital se fores ao Médico de Família e este te mandar para o Hospital. Mas Médicos de Família cadê? e Centros de saúde 24h cadê? Todos os burros comem palha.

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    2. Uva na localidade onde eu moro existia um Centro de Saude que tinha urgencia 24 horas para todos os casos que aparecessem desde acidentes, cortes, gripes, tudo, era como um mini-hospital e quando se tratava de casos muito graves ou que pediam especialidade eram encaminhados para o hospital da zona por carta e entrada imediata. Depois com as teorias qua toda a gente sabe, fecharam esse Atendimento Permanente durante a noite das 22:00 às 8:00 durante a semana e aos fins-de-semana das 20:00 às 9:00 e passou a chamar-se de consulta aberta e não poder atender casos urgentes (ambulancias) que tem que seguir para o hospital....mas toda a gente é atendida durante o dia ...chega, faz a incrição e espera pela sua vez de ser atendida....e se necessário é encaminhado para o hospital...
      As taxas moderadoras dessa consulta aberta eram durante a semana no periodo das 8:00 as 20:00 de 5€ e tal e das 20:00 as 22:00 e fins de semana de 12,5€, taxas essa que també já foram alteradas agora todas para 5€, muito diferente dos 20€ que se paga num hospita.
      Só come pallha quem quer.

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  3. Uma medida criticável na vigência deste governo? Li bem? Então mas este não ia ser aquele governo-maravilha, que nos ia salvar a todos, libertar das garras do opressor que dá pelo nome de Coelho, façanha só possível, claro, por se ter aliado aos infalíveis partidos de esquerda?
    Já não percebo nada disto.

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    1. Calma.
      Que eu saiba é uma medida pró-cidadão, é parva mas é pró-cidadão. Ainda não vi nada que não fosse para melhorar a vida de todos nós.
      É preciso ter bom senso. O PSD o que fez foi destruir-nos a vida. O PS está a tentar reverter a situação.

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  4. Cara Uva,
    Gosto muito de a ler e hoje não resisto a comentar.
    Efetivamente isto funciona e até pode funcionar bem. Por duas vezes, uma comigo outra com o meu marido, fomos às "urgências" do nosso centro de saúde (a chamada consulta aberta com a nossa médica de família e não o tal serviço de urgência falado em cima). Das duas vezes a coisa exigia tratamento hospitalar. Pagamos a consulta do centro de saúde (5€) e fomos para o Hospital com a cartinha da médica (que no meu caso nem foi a nossa MF porque senhora não tem de trabalhar 12 horas/dia). Ao passar pela triagem do Hospital fomos encaminhados para o serviço de urgência respectivo (no caso dele oftalmologia, no meu caso ginecologia) o tempo de espera para sermos atendidos foi curto e não pagamos a taxa de urgência do Hospital.
    É para estes casos que a lei está feita, urgências "menores" que à partida podem ser resolvidas pelo MF mas vai-se a ver precisam de atendimento hospitar e não para urgências, verdadeiramente urgentes, como é óbvio.
    A meu ver há 4 grandes falhas no funcionamento real do SNS que comprometem a eficácia desta medida:
    - muitos portugueses recorrerem directamente ao hospital porque lhes dói uma unha e nem se dão ao trabalho de ver se o MF pode resolver. Para estudar este fenómeno basta passar uma tarde numa qualquer urgência hospitalar para ver quantas pessoas ali estão efectivamente doentes;
    - muitos portugueses serem obrigados a recorrer directamente ao hospital, porque lhes dói unha, uma vez que não tem MF;
    - haver portugueses de primeira, segunda e terceira categoria: os da primeira categoria estão inseridos numa USF Modelo B (onde está garantido o atendimento de todas as urgências das 8h00 às 20h00); os da segunda categoria que estão inseridos numa USF Modelo A (que se tiverem sorte conseguem uma consulta aberta no dia, se ligarem cedo) e por fim os de terceira categoria que têm a infelicidade de estarem inseridos numa USCP (que na maior parte das vezes nem consultas de rotina a grupos de risco garante quanto mais urgências).

    Isto das urgências médicas toca-me particularmente por ter um familiar muito próximo que é cliente assíduo, daí o meu testamento. Acho mesmo a grande culpa do mau funcionamento das urgências hospitalares falha por não haver um bom sistema de urgência primário (Centros de Saúde) para TODOS os portugueses e porque muitos usam e abusam das urgências hospitalares sem necessidade e com isso consomem tempo e recursos preciosos para quem realmente precisa.

    Não me alongo mais! Bom fim-de-semana

    Ana

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    1. Fico muito lisonjeada de aqui vir para me ler e ainda mais com este testemunho elucidativo e muito bem escrito, alíás.
      Percebo para que serve a medida e para que finalidade foi feita, mas apesar de ser muito boa, só serve para quem é encaminhado do MF para a urgência, caso como tão bem referiu, só acede quem chega a ter MF ou sorte. A medida é para tapar um buraquinho nos 4 que enumerou e a maioria das pessoas vai continuar a pagar as duas taxas moderadoras caso vá no mesmo dia ao médico e às urgências em momentos diferentes, depois de já ter pago os impostos que servem precisamente para ter um SNS.
      Para aquelas pessoas com dores nas unhas que lá vão com a pulseira verde, hão de esperar 3 meses por uma consulta no MF e depois mais 12 horas na sala de espera.
      Bom fim de semana Ana. As melhoras para o seu familiar e tudo de bom para si.

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    2. Uva não é preciso ir ao médico de familia, a consulta aberta se não for feita pelo médico de familia é feita por outro médico. No meu Centro de Saude está um médico destacado todo o dia para a consulta aberta e atende toda a gente como se de um serviço de urgenci se tratasse.

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    3. Mas a notícia do OBSERVADOR diz médico de família, não diz consulta aberta. Eu, que não vou ao médico vai para 2 anos já, não fazia ideia do que isso era.

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  5. Querida Uva, permita que a trate assim, gosto muito, mas muito mesmo, de a ler. Vou aqui deixar um episódio rocambolesco do que os meus pais passaram ontem. A minha mãe, mulher de 80 anos, rija até à pouco tempo, com passagem pelos médicos quase inexistente, a sua maleita desde muito cedo tem sido a tensão alta, quadro que de uns meses para cá se tem vindo a agravar. Pois, ontem pela manhã estava com a tensão mínima a 9 e a alta a 23, a juntar dores de cabeça, o meu pai homem rijo também, levou-a ao Centro de Saúde para uma consulta de urgência, pois que não há, pois que, pois que..., vá de ir para o Hospital, porque isto o seguro morreu de velho e a minha avó materna teve 3 tromboses até ficar presa a uma cama completamente vegetal. Cerca das 12h00 chegaram ao Hospital, vai para aqui, daqui para ali, toma um comprimido, faz umas análises, toma outro comprimido, mede a tensão, chegam as análises, faz consulta com o médico, pois posso dizer que chegaram a casa cerca das 22h00 e por aqui me fico que isto já vai longo.

    Nota: Gostei muito do que escreveu sobre as escolas.

    Bom fim de semana.
    Carla Almeida

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    1. Querida Carla A. Permito-lhe tudo, mas mesmo tudo.
      É um verdadeiro massacre aquilo que fazem com a população que necessita de cuidados médicos públicos. Uma senhora de 80 anos obrigada a andar em hospitais (cheios de bactérias) durante um dia inteiro, é demasiado para mim. Na verdade tratam mal os utentes e tratam ainda pior os médico. Pagam a um médico em urgência 12€ e qualquer coisa à hora menos impostos. Uma vergonha, uma grande vergonha. Depois é a classe dos enfermeiros, outros sacrificados. Sinto um grande cansaço sabe, e tenho uma mágoa enorme porque a minha querida bisavó morreu num corredor de hospital com um enfarte, e quando deram conta já ela estava morta há horas.

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