É inevitável.
Os pais, seres amorfos no que diz respeito às exigências galopantes da escola, sem qualquer arbítrio para conseguir uma folga que seja na carga de trabalhos, regras e tarefas que o sistema impõe, desde tenra idade, aos seus filhos, debatem-se violentamente contra aquilo que eles próprios fizeram em crianças, e que foi tão bom, e que deixou tantas e tantas memórias positivas, como sejam a liberdade, a aventura, e a descoberta per si de uma vida onde o verde e o azul eram as cores dominantes.
As crianças de hoje são troféus numa mesa de amigos onde se joga o sucesso do casal.
Quem tem o melhor emprego, quem tem o filho mais inteligente, na melhor escola, ou quem sucumbe aos problemas da dislexia, da hiperatividade, da ritalina, e dos centros de estudos caríssimos, são as cartas que são posta em cima da mesa.
E é uma luta sem tréguas, um jogo perigoso e de regras esdrúxulas, cujo denominador comum é o medo.
E eu também vou a jogo.
A medo.
A minha filha não nasceu um génio, não tem tudo muito bom, tem aliás dificuldades várias, algumas de atenção, outras de preguiça, e engasga-se um pouco na leitura, e também é capaz de ficar vários minutos a olhar para uma conta de dividir de 2 ou 3 algarismos e no fim esquece-se que lá foi um, e sai-lhe aquilo tudo errado.
Mas isto não é errado. Isto é o certo. Errar conduz-nos à tentativa, e esta à perfeição.
A vida é feita de múltiplas escolhas que começam logo na infância.
Se escolhi subir a uma árvore de ramos finos, se calhar caí. Isto acontecia-me imensas vezes quando era criança, quando escolhia por mim própria subir à árvore, trepar ao muro. As decisões que tomava sozinha, só a mim me interessavam e só a mim me diziam respeito. A natureza das coisas só se alterava se acaso partisse algum pé e tivesse de aborrecer a minha mãe com mais essa chatice.
Já no que respeita à minha filha, sou eu que decido sempre por ela, porque me tornei numa mãe amorfa para me libertar da teia fortíssima do medo, do medo de ser responsável e responsabilizada por tudo o que lhe acontece.
Entendo que quanto menos liberdade der à minha filha, mais responsável sou por ela. Se tomar todas as decisões que deveriam ser dela, sou eu que lhe estou a viver a vida, sou eu que estou a invadi-la com a minha maturidade de adulta, num mundo de criança que deveria ser o dela, vivido por ela, decidido, também, porque não?, por ela.
E isto magoa-me muito.
A partir de certa altura comecei a perguntar-me se levar a vida da miúda de forma tão austera, sempre na linha, não seria roubá-la dela própria, privá-la da sua infância, e cheguei a uma espécie de fase em que tento fazer de outro jeito, de outra forma, como faria a minha mãe, talvez.
O meu primeiro exercício de libertação [do sistema] tomou forma este fim de semana.
Tinha no sábado um almoço demorado e uma inauguração com amigos, isto é, o sábado todo dedicado ao casal, embora partilhado pelas diversas crianças, no domingo de manhã o São Luíz para nós e para ela, e à tarde o Pet festival na FIL, igualmente para todos, mas mais para ela.
Dia 04, próxima 5ª feira, a ML tem teste de Português, e precisava estudar.
Depois de teorizar sobre isto, de escrever tantas vezes sobre isto, de afirmar e compreender a tremenda invasão do sistema escolar que teima em submeter a criança a mais dois dias de escola além da semana inteira na escola, constantemente, com TPC, testes e trabalhos de grupo, e dizia eu, depois de tudo isto, acreditam que estou aqui aflita a pensar que deveríamos ter ficado todos em casa a estudar sábado e domingo, como aliás fizeram todos os pais conscientes e responsáveis, preocupados com o futuro das suas crianças?
Neste momento, sou sincera.
Invadem-me pensamentos contrários.
Estou baralhada, e no entanto só o futuro dirá, se subir a esta árvore de ramos finos, e provavelmente cair, será melhor do que nunca ver o céu do cimo de uma árvore.
O que é a Maluquice? no Teatro São Luíz, com o Nuno Artur Silva
Pintar Paredes, no Teatro São Luíz, com o Ilustrador João Fazenda
Ah, Uva, como concordo contigo!
ResponderEliminarSabes, o meu rapaz caiu muitas vezes, não era o melhor embora puxesse sê-lo... Hoje é um homem muito responsável e os que o rodeiam reconhecem-lhe o(s) valor(es).
Beijos :)
Fico muito feliz por ele, e por ti.
EliminarSer pai e mãe nos dias de hoje é uma frustração muito grande. Ou andamos completamente contra o sistema e somos uns outsiders, ou enveredamos pela linha, sempre na linha, e passa-nos o comboio por cima.
Ninguém fica os dois dias do fim de semana a estudar. Isso é o que dizem os paizinhos enquanto se sentam em frente à televisão e papam tudo quanto é série e filme.
ResponderEliminarNa verdade, vale muito mais levá-los a sair e conviver com os outros. Essas actividades é que lhes darão sentido critico. O estar com outras pessoas sem ser os do costume, de casa e da escola fará eles afirmarem-se e desejar superar-se.
Claro que é preciso fazê-los estudar, mas sem a escravatura dos livros, onde eles apenas passarão os olhos para os odiar em seguida se nada mais virem para além de letras e números.
Fica, fica, caro anónimo.
EliminarHá crianças que não conhecem mais nada senão o mundo da escola. Há pais que investem tudo nisso, que fazem dos filhos os depósitos dos seus sonhos não concretizados. Obrigam os filhos a serem números da estatística cruel da competitividade.
Há muita coisa má no mundo.
Privar uma criança de ser criança é talvez a pior.
Mas isso veremos, à nossa custa.
Claro q há pais parvos. Já os havia na nossa altura, pxa lá pela memória. (Ok, admito q hoje haja mais, mas por mtas e diversas outras razões)
EliminarUva, sinto, instintivamente, que uma criança de nove anos de idade (vou supor que a ML tem nove anos) aprendeu muito mais com o Nuno Artur Silva e na FIL, etc, do que se tivesse passado o fim de semana a lutar sozinha contra a falta de vontade de estudar e pouco produzir nesse sentido.
ResponderEliminarNão nos podemos esquecer de que as crianças têm de brincar. E brincar também é isso que tu descreves que ela fez. Acho eu.
Assusta-me muito ver crianças ou jovens sem alegria, sem entusiasmo, a encolher os ombros em resposta às perguntas e sempre agarrados aos dispositivos electrónicos ou à televisão. Isso parecem-me ser sinais claros de que o caminho está errado.
Desejo que o teste de português corra bem. :-)
A ML tem nove anos e apreendeu imenso com NAS e com tudo o que lhe damos a conhecer fora do mundo da escola. Mas em última análise a nota do teste de português poderá ser mais importante para ela, porque também ela já faz parte do sistema.
EliminarA mim também me assusta e tento muito contrariar. Muito mesmo. Mas nem sempre sou capaz. Às vezes não consigo mesmo. Não sou perfeita.
Abraços Su!
É isso mesmo, Uva! Tudo o que aprendem "lá fora" é tão importante como na escola. São complementares! E hoje em dia os miúdos têm coisas tão giras para fazer... e aí reside a grande ironia! Tantas coisas disponíveis (com que nós nem sonhávamos) e no entanto eles e nós amordaçados em casa, presos às fichas, às contas, aos TPC's...
EliminarPorque obviamente todos vamos a jogo... mesmo aquilo que considero como quase outsider já é muito além daquilo que equacionava fazer quando não tinha filhos e não sabiam como as coisas se passavam! Porque quer queiramos quer não, este sistema é muito perverso; neste sistema não há lugar para fracos ou para medianos! No nosso tempo os alunos de 3 podiam equacionar chegar a uma faculdade; hoje em dia parece-me difícil... e eu que tenho cá um da suposta :) idade da ML que se irá ficar sempre pelos 3, eventualmente 4, sofro desses complexos todos de culpa... o outro dia até disse ao miúdo que não, não podia ir andar de bicicleta...toca mas é a ir fazer umas fichas que os testes estão à porta! Há dias que nem me reconheço!
Como te entendo mas no fim opto sempre por deixá-los subir a árvore.
ResponderEliminarAcredita que levar essa avante é de mestre. A minha mãe foi muito boa nisso! Adoro muito a minha mãe, também por isso.
EliminarUva, estou contigo. Ainda não estou nessa fase mas o meu instinto diz-me que não conseguirei entrar nessa roda viva, que não vou querer fazer isso aos meus filhos. O certo é aquilo que nos parece certo hoje, agora, sem garantias no futuro. Segue o teu coração :) Beijinhos
ResponderEliminarQue belíssimas palavras. É por aí mesmo. Obrigada.
Eliminarcontinua a ser delicioso ler-te! <3
ResponderEliminarSó me mimas. Obrigada.
EliminarDeixa cá ver se eu no telemóvel consigo dizer o que quero sem me perder muito.
ResponderEliminarSou uma pessoa muito stressada, daquelas que grita facilmente e consegue imaginar todos os piores cenários nas situações.
Este ano o meu filho, de 8 anos, foi para o CE2 (3o ano), esta mãe aqui, após muitos pesadelos acordada, resolveu começar a responsabilizar mais o filho.
Começou a vir sozinho da escola às 18:00 após o estudo, 2as, 3as, 5as e 6as, e às 4as vem às 11:30 após as aulas. Começou a ficar às quartas feiras sozinho em casa 3/4 horas.
En meados do primeiro trimestre começou a estudar sozinho em casa (na escola ficam +- 30 alunos com um professor que os manda estudar e fazer os deveres, muito raramente os ajuda realmente).
O miúdo normalmente chega um pouco antes de mim, eu chego e pergunto: fizeste os deveres? Sim... Percebeste? Sim... Precisas de ajuda?, quase sempre a resposta é não, lá uma vez por outra pede ajuda.
Digo-to o miúdo anda inchado de feliz desta independência toda.
Agora tu perguntas, e tu deixas assim o miúdo andar à vontade?
Olha sempre que ele se atrasa mais 3/4 minutos eu fico com uma dor de barriga que nem te falo.
Os estudos? Espero que ele durma para or ver os cadernos todos, envio recados à professora a perguntar como ele vai e vou a reuniões.
Que ele podia estar ainda melhor se nós estivéssemos em cima dele? Sim podia, ele é muito inteligente, já tem boas notas, mais um pouquinho e podia ser o melhor... mas assim não tinha esta independência que eu adoro, apesar de me aterrorizar.
Normalmente o fim de semana é para brincar, quase nunca o faço estudar, estuda mais na sexta e chega.
Bem sei que tenho o privilégio de morar num óptimo sítio com uma óptima escola. No entanto sei que a maior partes dos pais fica chocado com a independência que dou ao meu filho, há 3 anos que nas férias grandes é enfiado no avião a caminho de Portugal para os avós. Só não o faço nas outras férias porque ainda não lhe posso comprar bilhetes pela net.
Luto contra mim mesma todos os dias para lhe dar mais espaço e responsabilidade. Só não o consegui na semana após os atentados, moramos a 20kms, andei uma semana inteira a ir pó lo e busca lo ao portão da escola...
Só tenho a dizer uma coisa relativamente ao teu comentário: Parabéns!
EliminarSó podes estar certa, caramba.
Dar independência e responsabilizar os filhos é na verdade aquilo que todos os outros lhe estão a retirar.
Deixo a minha filha sair de casa da avó e vir sozinha no elevador e é só.
Sou uma autêntica anormal.
Querida Uva,
ResponderEliminarComo a entendo, a pressão que é exercida sob os miúdos e consequentemente sob os pais é tremenda. A minha filha (8 anos) passa o dia na escola (08h30 às 18h30/19h00) e ainda trás trabalhos para casa, tem piscina uma vez por semana ao fim do dia e futebol ao sábado de manhã. Também sinto um peso enorme com os resultados, tento não a pressionar, gostaria que ela fosse a criança livre que fui, a criança que subiu e caiu das árvores, que se sujou de lama, que comeu fruta diretamente da árvore, que caiu e esfolou os joelhos. Felizmente os avós têm uma pequena quinta e este fim de semana lá fomos cortar, carregar e arrumar, lenha, ver as galinhas os patos, comer tangerinas diretamente da árvore, sentir o cheiro da terra molhada pela manhã e ela foi feliz, já me disse que nas "férias do carnaval" quer ficar com os avós, enquanto puder este será o nosso escape, eles têm tanto, mas tanto tempo para sentir o peso, a pressão dos dias que enquanto puderem devem ser crianças.
Um beijinho
Carla Almeida
Seremos a geração que ficará a dever o mais importante aos filhos.
EliminarSeremos muito culpabilizados por isso.
E eles serão o espelho disso.
Não duvido.
É um equilíbrio tão difícil... Eu também gosto de deixar subir à árvore, mas o meu filho mais velho tem uma visão tão mas tão descontraída da vida que eu embora tenha a perfeita noção que é e vai ser uma mais valia para ele, tenho, por vezes, de fazer o papel contrário.
ResponderEliminarMas também acho que ganham imenso com esses programas culturais, mas a verdade é que muitas vezes o sistema escolar não deixa... também ouço pais nos fins de semana antes dos testes a dizer: “ estivemos o fim de semana todo a estudar”, eu encolho-me e às vezes sinto-me culpada porque o meu filho nunca esteve o fim de semana todo a estudar..., mas na verdade as coisas vão-lhe correndo razoavelmente bem, mas não deixo de pensar, secalhar se eu o obrigasse corriam melhor...
Um beijinho
Tu percebes o que eu digo. Somos nós que vivemos a vida dos miúdos, o sucesso deles deixou de ser o sucesso deles para ser o nosso sucesso como pais. Usurpamos a vida e os feitos deles. Impingimos aquilo que queremos e que pensamos que é o melhor para eles, quando na verdade todo o problema jaz na nossa cabeça condicionada pelo sistema e pelo medo. Se eles falham, o falhanço é só nosso.
EliminarDevemos iniciar um processo doloroso, que o é, de libertar as nossas crianças do nosso medo!
Ok Uva eu estou consigo, também sou uma mãe galinha com muitas culpas na consciência, com pena do pimpolho que não tem uma casa grande com terraço e quaintal como eu tive e primos para brincar sempre que apetece e ruas com poucos carros. Mas que diabos passaram-se 30 anos e tal como nós diferimos em muito dos nossos pais eles diferem muito de nós. Quantas vezes já desafiei aquele miudo a brincar ao ar livre e ele preferiu ficar em casa e quando o levei à mesma houve alturas em que ele adorou e outras em que veio com umas trombas de elefante. O que eu não faço é sobrecarrega-lo de atividades extras, nem pressiona-lo na obtenção de resultados. Digo-lhe muitas vezes que ainda estamos no inicio da escola e que há muito tempo para se preocupar seriamente com as notas. Tenho a sorte de ter um sogro que o vai buscar à escola e vem com ele a pé para casa depois das aulas. Faz os TPC (que ora são quase nulos para no dia seguinte serem uma catrefada deles) e depois brinca ao que bem entender. Penso em deixa-lo ir sozinho a partir do 5º ano, mas não antes disso, até porque considero que o convivio com os avós lhe faz muito bem (apesar de se queixar que são uns chatos, mas andar sempre agarrado a eles). Não se aflija muio com essa saída que me parece ter sido bem importante para sua filha, porque uma vez não são vezes. já o meu estudou 1 hora no Sabado e 2h no Domingo que esta semana também tem testes e eu quis ver com ele as três disciplinas. Se me quisesse armar também diria que ele estudou o fim de semana todinho. :-) Bjinhos
ResponderEliminarAndo a tentar compreender o problema q expões. o meu ainda n vai p a escola, mas os relatos q ouço dos meus colegas...Credo! Aquilo parece-me mto mais nazi do q era na nossa altura. E por isso percebo o teu dilema, sim claro q aquilo q foi fazer, mto provavelmente, a vai enrriquecer mto mais, mas a verdade é q se no final do período (n sei se ainda se chama assim) as notas dos testes n forem boas...há nega garantida.
ResponderEliminarMas a anarca q habita em mim (hoje foi dia de vir à rua) diz q fizeste a escolha acertada ;)
Gosto muito de ler o teu blog - só a parte das bicicletas é que me transcende ;) - especialmente quando escreves como hoje. O meu peixinho faz 3 anos e vai para a escolinha em Setembro. Inscrevemo-lo agora. E já me identifiquei com tanto do que escreveste... O sucesso em vez de ser dele, ser nosso. O tempo, em vez de livre, é espartilhado por nós. A escolinha, boa, cara, porque ele há-de ter "coisas" que nós não tivemos. Que grande merde, é o que me ocorre. Obrigada pelo abrir de olhos. Pode ser que vá conseguindo emendar a mão.
ResponderEliminarJá toda a gente opinou. Só posso dizer que teria feito o mesmo, mas sentir-me ia como tu.
ResponderEliminarnão fiques angustiada. tomaste uma boa decisão. sei do que falo. quando uma criança trabalha durante a semana, está atenta nas aulas, um teste não significa aflição acrescida. tenho a certeza que sabes o que fazes. e a ML só beneficia desse equilíbrio.
ResponderEliminarDuvidas que sempre tive na educação dos meus filhos quando via as minhas amigas a debitar as notas maravilhosas de seus filhos e a contarem as horas que passavam a estudar com eles. Eu, embora a medo, optei sempre por deixá-los "subir ás árvores" sozinhos, mesmo sendo apelidada de mãe desnaturada. Nunca foram os melhores, mas posso dizer que me surpreenderam muito pela positiva. Ainda tenho algumas dúvidas sobre se o que fiz foi o acertado e vou sempre supervisionando, mas a mim o que mais me importa é que sejam felizes com as escolhas deles e que tal como os meus pais me deixaram a mim, eu também os deixei serem crianças.
ResponderEliminar"Se eles falham, o falhanço é só nosso."
ResponderEliminarEu não sei se concordo a 100% com isto. Não é uma questão do falhanço ser nosso, é mais o receio do que isso possa significar no futuro deles: falta de oportunidades? Falta de emprego? Será que terão de se sujeitar a trabalhos precários? Difíceis? Perigosos?
Eu também tenho pena de ele não ter tanto tempo livre e também não acho que estejamos a seguir um bom caminho. Estamos a seguir as passadas dos países asiáticos onde estão a concluir que este não é o caminho (e está a levar inúmeros jovens ao suicídio) em vez de seguirmos as passadas dos países como a Finlândia, Suiça, etc onde as horas de trabalho são menores e se traduzem em melhores resultados.
A questão é que para isso ser possível cá exigiria uma grande "limpeza" no que diz respeito aos professores, na Finlândia eles têm a politica de que só entra para professor quem tem as melhores notas e quem mais dá provas de competência pedagógica - só aceitam os melhores para ensinar as suas crianças - e na Suiça os professores de alunos com maus resultados são responsabilizados. Se um aluno tiver más notas e não for claramente por falta de capacidade dos alunos é exigido aos professores que expliquem muito bem aqueles resultados... é que além de ensinar, cabe ao professor motivar.
Por outro lado, acho que era óptimo fazerem cá essa limpeza mas também dando a estabilidade aos nossos professores (que lhes faz muita falta) e ordenados decentes.