Não se é diferente apenas porque a cor é diferente, a forma de andar é diferente, a capacidade intelectual é diferente, o emprego é diferente e a classe social é diferente.
A diferença (ou fazer a diferença) é das coisas mais difíceis de alcançar quando nos encontramos no meio de tantos iguais.
Pus-me a pensar neste tema, aí num dia qualquer, em que uma pessoa com a mania que é diferente, e que não pode estar mais enganada, se atravessou à minha frente como se fosse uma zebra entre cavalos.
Toda a gente sabe, ou pelos menos eu sei, que as zebras têm um belíssimo aspeto, são tremendamente sexy, bamboleiam os largos quadris de listas pretas pela savana, mas não servem absolutamente para nada. São no entanto de famílias ricas, de famílias que cumprimentam com um só urro, de famílias que se habituaram desde cedo a uma certa superioridade que julgam como diferença. Este complexo sistema social que vemos nas zebras, permite-lhes olharem para os cavalos, esses sim com verdadeiras competências, de forma altiva e, no meu entender, ridícula.
Custa-me ver assim as zebras, tão penosamente pedantes, tão enganadamente diferentes.
Percebo que se julguem superiores por nunca se terem deixado domesticar, apesar das várias tentativas. Elas não se submetem à doma, ao cabresto, à arreata, e logo que pressentem o perigo, dão um coice para ar.
Barão de Rothschild, o inglês Lionel Walter Rothschild (1868-1937)
Há muitos caminhos para a diferença.
Ser-se uma zebra entre cavalos é o caminho mais fácil.
O difícil é ser-se um excelente cavalo entre tantos bons cavalos.
Mainada!
ResponderEliminarBoa tarde Uva pensante
Eu não acho as zebras graciosas, muito pelo contrário, as de riscas iguais à da foto acho-lhes graça mesmo, fazem-me rir porque têm um ar totó e esgroviado.
ResponderEliminarEssas de que falas, nunca sairão da zebra torta (cepa) por muito brasão que tenham.