21 de novembro de 2014

Capitalismo ou morte?

Estou estupefacta com esta notícia.
Mas ao que chegámos meus senhores?
Já a vida humana se banaliza a tal ponto?
Já um ser humano não é mais do que a vírgula que separa a boa da má gestão?
Então agora ampute-se a perna ao homem que sai mais barato? E fica o homem  dependente, numa cadeira de rodas para todo o sempre, para a besta (que não tem outro nome - e a ter seria jumento) sair ileso na avaliação do Relatório e Contas?

O que me atormenta é saber, quase absolutamente, que estes episódios de 'escolha múltipla', onde os médicos seguem o rigoroso regime do Ministro-do-Fraque, de só gastar com quem ainda pode produzir para alimentar o imundo sistema político de variadíssimas e inenarráveis subvenções, continuam a seguir o regime cola-com-cuspo, onde tudo o que é secundário (ou mais velho e sem préstimo), tudo o que já tem 'a vida vivida' é avaliado como gasto supérfulo, logo evitável.
O exemplo da notícia é gritante. 
Ao português (de segunda), embora no regime adotado [pelo Ministro] possa ser apelidado de português de luxo, é-lhe dada uma única e sinistra oportunidade: ficar vivo, ainda que manco.

É um estado de guerra, o que se vive por estes dias no SNS.
E ainda há umas alminhas iluminadas à direita que dizem ser o Ministro da Saúde um dos melhores ministros da atualidade.
Está tudo dito, quando se retira um profissional frio e racional que trabalha com números e fiscalidade, fraude e bandidagem, para a saúde, transplantado (ou enxertado) para uma área que precisa de Homens e Mulheres de grande capacidade social e de absoluta humanidade, solidariedade e esperança.

Resulta-me muito claro que não estamos entregues (antes fosse) aos bichos, mas antes a indivíduos vulgares e pequeninos, que com o seu avental imaculado, não passam de impunes homens do talho.

Para cortar a direito Sr. Ministro, talvez o matadouro.

7 comentários:

  1. Invejo-te a capacidade de pores em letras o que te vai nal alma. Não que seja o caso deste post, mas tenho dias em que gostava de não ser tão ponderada, de não medir cada palavra, de Querer não saber se o que escrevo pode magoar alguém, de dizer só porque me apetece.

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    1. É impossível escrever o que quer que seja, Mirone, sem contrariar, magoar ou até mesmo ofender alguém. Se isso acontece sempre, mesmo com pezinhos de lã, então mais vale dizer logo tudo (com senso) o que vai na alma. Mas o que para mim é uma absoluta necessidade para ti pode não ser, e isso é o que se chama diversidade da igualdade humana. A minha natureza é hiperativa, fui sempre assim e não sei ser de outra maneira, mas se tu me invejas o ímpeto eu invejo-te a ponderação. Sobre muitos aspetos estás melhor preparada para seguir em frente, pois que eu sou capaz de encontrar mais obstáculos e 'inimigos'.
      Quem diz o que quer tem de se preparar para ouvir o que não quer. Se não ofendermos ninguém (políticos não contam) podemos dizer tudo. Mas isto também se pratica. Como no desenho, apura-se a técnica. Não me invejes. Sou na maior parte da vezes uma disparatada.

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  2. És és! Uma disparatada...acertada.
    Ora isso é que conta.
    Aposto que a Catalogadora de Blogs não coloca o teu na categoria de Blogs Irrelevantes.
    Continua assim que vais por bom caminho.
    BFS

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