É um assunto atípico, este que tenho hoje às voltas na minha cabeça.
Mais um, para vos azucrinar, como se os que por aqui escrevo não fossem já suficientes.
Coitadinhos do teus leitores - diz o meu pai - só escreves patranhices.
Patranhices é uma boa palavra para identificar este blog, admitindo que algumas coisas são patranhas e outras... parvoíces.
Mas que quereis, não encontrei mais nada que pudesse ser do vosso interesse, e vamos lá ver, eu tenho um público muito vasto, de diferentes áreas e credos, e quando me ponho a escrever, sempre muito dedicada à causa, é condição sine qua non que seja a coisa bem feita, bem escrita, sumarenta, que abarque o interesse de um grande número de pessoas, evitando ao máximo os nichos claustrofóbicos de mercado, como cozinhas brancas, sapatos brancos, pestanas brancas, narinas brancas, e outras coisas também em branco...
E é certo e sabido que todos vocês 'gostam' de fantasmas.
E porquê fantasmas Uva? Com milhões de coisas a acontecer neste mundo dos vivos?
Porque todos os dias me deparo com esta espécie de praga assumida, com esta espécie que é mimada e aplacada pela maioria, como coitadinhos, como se tivéssemos de os assumir como as dívidas que herdamos dos nossos pais, como a hipoteca da nossa casa, infinita, ladra, que odiamos profundamente, mas que temos de gramar.
Por curiosos desígnios da minha vida, sou 'obrigada' a conviver com estes seres amorfos, que pouco mais são do que amibas unicelulares, pouco dadas à vida, gente apagada e monótona, que acaso não me cruzasse fisicamente com elas, diria que não existiam, tal é a pouca ou nenhuma a atividade que desenvolvem na engrenagem do meu dia-a-dia.
Gente que se apaga de propósito para não brilhar, para não ser notada. Percebi que passar o dia inteiro no escritório sem soltar um ai que seja, é meio caminho andado para não fazer nada o dia todo.
Se não respirarem ninguém se lembra que estão vivos.
Esta espécie não se interessa por subir na vida, não querem saber se o seu trabalho tem brio ou fastio, não querem saber se estão a evoluir ou não profissionalmente, querem apenas chegar ao trabalho, alapar o rabo à cadeira e fazer de tudo para se livrarem das tarefas ao máximo.
São cinzentas, amareladas e enfermiças. São fantasmas.
Nem tidas e nem achadas, sem se comprometerem com nada, tudo o que lhes passa pela mão é diligentemente passado para um e-mail ridículo e mesquinho, para mais tarde não virem dizer que não avisaram. Tudo resolvem sem falar, com um encolher de ombros.
Passei muito tempo sem perceber as motivações desta gente, tão distante em tudo das minhas, mas hoje percebi os reais motivos.
Mais um, para vos azucrinar, como se os que por aqui escrevo não fossem já suficientes.
Coitadinhos do teus leitores - diz o meu pai - só escreves patranhices.
Patranhices é uma boa palavra para identificar este blog, admitindo que algumas coisas são patranhas e outras... parvoíces.
Mas que quereis, não encontrei mais nada que pudesse ser do vosso interesse, e vamos lá ver, eu tenho um público muito vasto, de diferentes áreas e credos, e quando me ponho a escrever, sempre muito dedicada à causa, é condição sine qua non que seja a coisa bem feita, bem escrita, sumarenta, que abarque o interesse de um grande número de pessoas, evitando ao máximo os nichos claustrofóbicos de mercado, como cozinhas brancas, sapatos brancos, pestanas brancas, narinas brancas, e outras coisas também em branco...
E é certo e sabido que todos vocês 'gostam' de fantasmas.
E porquê fantasmas Uva? Com milhões de coisas a acontecer neste mundo dos vivos?
Porque todos os dias me deparo com esta espécie de praga assumida, com esta espécie que é mimada e aplacada pela maioria, como coitadinhos, como se tivéssemos de os assumir como as dívidas que herdamos dos nossos pais, como a hipoteca da nossa casa, infinita, ladra, que odiamos profundamente, mas que temos de gramar.
Por curiosos desígnios da minha vida, sou 'obrigada' a conviver com estes seres amorfos, que pouco mais são do que amibas unicelulares, pouco dadas à vida, gente apagada e monótona, que acaso não me cruzasse fisicamente com elas, diria que não existiam, tal é a pouca ou nenhuma a atividade que desenvolvem na engrenagem do meu dia-a-dia.
Gente que se apaga de propósito para não brilhar, para não ser notada. Percebi que passar o dia inteiro no escritório sem soltar um ai que seja, é meio caminho andado para não fazer nada o dia todo.
Se não respirarem ninguém se lembra que estão vivos.
Esta espécie não se interessa por subir na vida, não querem saber se o seu trabalho tem brio ou fastio, não querem saber se estão a evoluir ou não profissionalmente, querem apenas chegar ao trabalho, alapar o rabo à cadeira e fazer de tudo para se livrarem das tarefas ao máximo.
São cinzentas, amareladas e enfermiças. São fantasmas.
Nem tidas e nem achadas, sem se comprometerem com nada, tudo o que lhes passa pela mão é diligentemente passado para um e-mail ridículo e mesquinho, para mais tarde não virem dizer que não avisaram. Tudo resolvem sem falar, com um encolher de ombros.
Passei muito tempo sem perceber as motivações desta gente, tão distante em tudo das minhas, mas hoje percebi os reais motivos.
Não sabem fazer NADA! NIKLES! RIEN!
Gentinha que rouba aos outros, aqueles que querem e SABEM e gostam realmente de trabalhar e contribuir, os lugares que eles ocupam da forma mais covarde que pode haver, como fantasmas, como larvas, que nos consomem e nos lembram, a cada dia, que esta vida é injusta e que é SEMPRE raiosospartam, dos mais fracos e inúteis que afinal reza a História.
Mas comprometermo-nos, envolvermo-nos mesmo quando não queremos tira-nos anos de vida, esgota-nos, drena-nos, Uva.
ResponderEliminarTenho dias em que queria ser assim, como descreves. Isso ou caixa num hipermercado, é só passar os produtos e ouvir o pi, qual autómato, que a máquinas faz as contas, até diz que trocoo temos de dar, para não cansarmos a cabeça. Digo eu, que não faço a mais pálidada ideia do que é ser operador de caixa (leitores da uva que são operadores de caixa, não me levem. Mal que não tive qualquer intuito de os ofender).
Mas se é para isso que nos pagam e se faz tão bem ao cérebro, caramba.
EliminarÉ que isto são piores que monos pah, que os monos a Câmara Municipal vem e leva.
Este ninguém os tira daqui.
Os caixas são absurdamente explorados, até para ir fazer pipi têm de preencher requerimentos.
Um horror. Uma vida que não se deseja a ninguém.
Também nunca percebi muito bem esta gente. Passam uma vida inteira à procura lá dentro ( sentados)? Uma vida toda a pensar que a felicidade pode perfeitamente consistir em abrir janelas ao amanhecer, em esperar sentados, em supor que apenas com o abrir de portas e janelas algo acabará por entrar, algo eterno que haverá de os transformar e fazer deles grandes? Só que a maioria deles, depois, acabam a vida toda a ver passar as coisas, e as coisas ali, imóveis, caladas, mudas, surdas,cálidas e tristes e enchendo-se das cores da tarde uma e outra vez... tristes e amarelas. Encardidos!
ResponderEliminar( acho que já uma altura fiz um post sobre isso mesmo)
Gosto de cá vir, especialmente pela sua exposição incisiva.
Boa tarde e cumprimentos, Uva Passa
Olá! Muito bem vindo.
EliminarHoje estou especialmente furiosa com este tipo de pessoas, porque a maioria só serve para me atafulhar ainda mais de trabalho que não é meu e pelo qual tenho de me responsabilizar.
Não gosto de gente que não gosta de trabalhar, aliás, detesto.
Volte sempre, terei todo o gosto em recbê-lo na minha humilde cesta de frutas.
Um abraço.
Auto intitulam-se de low profile, andam na sombra dos outros e só se mexem para fazer merda e a vida dos outros num inferno de Dante. Odeiam tudo o que mexe e alguns até tentam aniquilar quem gosta de trabalhar e tem gozo nisso. Infelizmente conheço bem o estilo... fantasmas!
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