22 de agosto de 2015

Adeus Lagoa de Albufeira. Olá Gerês!



Caiu a noite na Casa dos Pinheiros.
Até o vento se foi embora, cansado de tanta correria, de tanto remoinho.
Gosto demais deste sítio, mas ele é tão absolutamente meu, de mim, que mesmo na partida o levo comigo.
Este ano, como é tradicional, fizemos três grandes festas com amigos - em dias alternados, para secar a loiçaria. Os amigos que antes apareciam de toalha ao ombro depois da praia (lembro-me tão bem desses corpinhos magros e pretos) para comer e beber basicamente o que houvesse, cresceram, multiplicaram-se, e trouxeram com eles, envoltas nas toalhas, especiarias e bom vinho para partilhar com os da casa. Tardes quentes esparramadas na relva, cacholeira de Alpalhão, sardinhas e entremeada a assar no grelhador, e para mim, que sou a que mais gosto, diversas cores nas garrafas geladas de Lambrusco, em permanente tchim-tchim, sobretudo ao futuro da Casa dos Pinheiros, agora mais esperançoso.
Fiz mais de 70 km em cima da minha bina vermelha de 20kg, e voltei ao Portinho da Arrábida para me alambazar nas rochas que determinam o fim da praia e que me fazem lembrar o Algarve e as lapas que o meu pai apanhava.
Tudo coisas muito minhas, que adoro, mas agora urge caminhar.
Adeus Lagoa de Albufeira.

Olá Gerês!



Que maravilhosa terra.
Que estranho verde (também o vinho) que se entranha na memória e nos faz querer voltar, ou não sair, nunca mais, de perto, de dentro, de cima, da imensa serra.
E que serra.
E os cavalos garranos e selvagens que se atravessam na estrada, bufando ferozmente a natureza?
E as vacas amarelas de grandes cornos repenicados que lambem as vidraças, chocalhando leite e tinindo chocalhos?
E o verde (também o vinho)?
E as cascatas (também de vinho)?
Esta é a Cascata do Tahiti, de acesso complicado na parte inicial, mas que qualquer pessoa com agilidade e mobilidade faz sem problemas, e que nos leva a uma pequena lagoa natural onde fomos encontrar uma panóplia de nacionalidades que se banhavam agarradas às GoPro, com um olho nas formosuras, e outro nas geleiras, cheias, que esta gente é de alimento!







A estadia:


O hotel foi uma agradável surpresa. Marcado às três pancadas no Booking, foi na verdade um tiro muito certeiro.
Com duas frentes esplendorosas para a barragem do Cávado, uma piscina de água aquecida pelo sol de todo o dia, perto de tudo, e sobretudo a gerência perto de nós, gente da terra que gere o espaço há mais de 20 anos, com um grande e franco sorriso, como se fossemos amigos de sempre.
A voltar, quem sabe, para o ano, com os amigos.


A praia do hotel. Barragem do Cávado.
São permitidos desportos náuticos a motor, e para a gaiatada é do melhor que há com imensas atividades radicais, tudo saudável.
Há muita gente, é verdade, sobretudo nesta zona da barragem, mas eu gosto de pessoas. Não me importo nada. Eles estão lá, mas eu também lá estou.
Com respeito e organização, cabemos todos.


A esplanada do hotel tem assim a vista melhor do mundo!
O pequeno almoço tomado aqui, na sombrinha do chapéu, até sabe melhor!
O nosso pequeno almoço são duas fatias de pão com queijo, café preto ou leite simples e toca a mexer que o tempo é pouco!



A paisagem em frente ao restaurante 'O Abocanhado', é de tirar o fôlego. Depois de muito zigue-zague pela serra (Jasus!!!), o caminho desemboca aqui, num pedaço de paraíso.
O restaurante é caro, mas as refeições são deliciosas, o vinho ui upa ui ui, e aquele bacalhau tibornado com morcela e broa de centeio frita em azeite, é qualquer coisa de surreal.
É precisamente nestas alturas que eu gostava de ser rica.
Seria uma debulhadora-barril com duas pernas, ou estaria desdentada com tanto mastigar.



Uma barragem que mais parece o paraíso, em Vilarinho das Furnas.
Tão mas tão boa, a agua tão quente, o vento tão sereno. Fui ao céu e voltei. Foi pena. Uma pessoa quer morrer e não pode.Aqui sim, pouca gente no pedaço. Dá para ir de bicicleta serpenteando a barragem, e de carro também dá, mediante pagamento (3 euros).
Tem sitio para merendar e local próprio para fazer churrasco. Ideal para passar o dia em família. Muita coisa para descobrir. Sítios ótimos para namorar.


Ai que saudades que vou ter deste acordar.
Fico de olho nisto!!


Agora as paragens serão outras.
O tempo vai arrefecer.
A ver se ainda consigo dar mais alguns mergulhos no meu Portugal!
A ver vamos!
Abraços a todos.

9 comentários:

  1. Tão perto de mim...
    A tua menina está um must, nesse vestido rosa com chapéu a condizer! A mãe, está uma uva bem viçosa, nada passa! :D

    Beijos e bons mergulhos. :)

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    Respostas
    1. Olá Maria!!
      Já me fiz ao caminho. Estou no centro. A ver onde paro. Mas chove! Não acho normal!
      Abraço!!!!
      A ML está cada vez mais bonita, e a mãe, pois, já teve melhores dias. ;)))
      Que se lixe! O que interessa é aproveitar ao máximo.

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  2. Ai, em que maravilha de lugares andaste tu, cabronita :)
    Goza tudo o que ainda te faltar antes de acabarem estes dias, mas depois volta!
    Tão linda, a tua boneca!
    E tu, loira, és mesmo gira!
    :)

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  3. Estás no centro?? Onde, será perto de mim?
    Que férias fantásticas e que lugares lindos. Filhota linda :)
    Bom regresso

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  4. Querida Uva, o Gerês está na minha rota de férias . Conheço-o como a palma das minhas mãos. Há muitos anos. Essas cascatas são conquistadas por nós todos os anos e nunca nos cansamos de voltar. Compreendo o que sente. Uns dias no Gerês equivale a muitos dias de férias, noutro sitio qualquer.
    Boas Férias.

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  5. E voltas assim tão bonita, aquele adeus à lagoa em tons rosa, lindo. E é tão linda a tua menina, sai à mãe, está visto!
    Continuação de boas férias.

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  6. Não sei se será abuso mas seria possível dizeres o nome do hotel? Parece-me uma boa escolha para uns dias que quero passar agora em finais de setembro... :)

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