10 de agosto de 2016

Mas enfim, eu também ando a treinar para ser a maior ...




... a que tem o nalguedo maior.
Mas alguém entende isto? Quanto mais pedalo, mais cuzuda fico?


Bom, meus amigos, entro de férias amanhã.
Aproveito para vos desejar bons momentos em família, ótimos dias com amigos, e um bom livro.
A uva vai pedalar, ler e remar para longe.
Mas levo-vos perto do coração!

Até breve!
Um abraço.

Vamos lá falar de coisas realmente espantosas




E ontem, juro-vos, até chorei ao ver esta miúda a fazer ginástica.
Não sei como se faz tão bem o que ela faz, mas sei que ela é sem dúvida a melhor no que faz!
E só isto já é caso suficiente para me debulhar em lágrimas.

Simone Biles rio 2016

9 de agosto de 2016

Mais um post sobre anónimos mauzões #2

As pessoas pensam que aqui a Uva é uma espécie de máquina agrícola que debulha palavras como quem debulha milho. Enganam-se, porque a única máquina que aqui encontram está-me no peito e chama-se coração.
Julgam certas pessoas que quem escreve em blogs é uma espécie blindada, sem vida, e que nenhuma bala os atinge. Somos de ferro, de aço e de fogo.
Pensam que podem chegar aqui e dizer a primeira coisa que lhes passa pela cabeça doente, muito à laia do maluco que gosta de ver a floresta a arder, mas que nós aqui é que não, não podemos dizer um alho! que somos logo chacinados, e que 'olha, saltou-lhe o verniz', e que 'afinal não és assim tão fina'.
Tenho muita pena mas não sou de Agronomia, sou de Serviço Social, e tenho ainda mais pena que ainda haja neste mundo que me vê e me segue, gente capaz de pensar que a Uva é fina e se veste de soberba, que poste aqui alguma coisa com a qual não se identifica, defenda aqui (por uma questão partidária) a merda que os nossos governantes fazem à esquerda e à direita.

Não tenho de me justificar, é certo, mas acho indecente que me venham aqui atacar como se tivesse sido eu, com o meu punho, a assinar a revisão da lei do IMI, ou como se tivesse sido eu, com a minha maldade e a minha ganância, a pessoa que esteve na frente das tropas do Fisco aquando da guerra sempre atual (infelizmente) do aumento escandaloso de impostos que todos os governos nos obrigam a pagar.
A geringonça não fui eu que a fiz, a geringonça não se elegeu sozinha, a geringonça é feita de pessoas iguais e diferentes de mim.
A geringonça é um termo preconceituoso que não me assiste, e é apanágio dos ressabiados que não sabem perder e entender os erros de quem apoiam.

Sou defensora dos direitos, liberdades e garantias das pessoas, consagrados na Constituição da  República Portuguesa, e mesmo esta já foi revista 7 vezes! ainda assim está lá consagrada a liberdade de pensamento e de livre expressão e divulgação do pensamento, pelo que enquanto tiver pensamento, pensarei alto, e serei digna e verdadeira pelo menos para mim própria.
Espero por isso o respeito dos meus pares, cuja falta me parece muito mais grave do que qualquer alhada que me possa sair dos dedos.

8 de agosto de 2016

Mais um post sobre anónimos mauzões

Ó que cara&%//%$#o!
Uma pessoa está praticamente ausente daqui, faz um post a cada 15 dias (porque o tempo é escasso e o sol é forte), e mesmo assim, mesmo nesta masmorrice horrenda, mesmo nesta ausência imensa, faz um esforçado post-fotografia com uma piada sobre o IMI, caramba, e ainda tem de levar com um tipo que não tem mais nadinha para fazer (lamber sabão, não?) do que vir aqui à Uva Passa cagar postas de pescada, chamar-lhe comunista, e toma lá que já levaste, huhu comuna!, dizer que a pessoa que sou eu, hum?, lá porque defende os direitos das pessoas, SEMPRE! mas que tem uma casa ou duas, que nem são minhas, atenção, são do banco e da minha avó, já é aqui apelidada de esquerda caviar ha-ha-ha-ha, vai-te mais é curar ó maluco, tu nem sabes bem de que terra és quando mais o que é esquerda caviar, e ainda tem de ler um remate fenomenal no excremento dos comentários que aqui deixou, que o melhor é eu ir mamar na geringonça??
Mamar na geringonça?
Mas tu comes merda às pazadas ó quê?

Vai lá cagar postas de pescada mazé para a tua casa, mas tem cuidado, que as espinhas ainda de tão cabo do olho do cu.

2 de agosto de 2016

Fury

Há muitos anos, ainda eu não era nascida - e tardei - chegou, assim como quem vem para ficar, à margem norte da Lagoa, um senhor de bigode hirsuto e olhar circunspecto.
Sentado no capot do seu Vauxhall Victor, onde costumava sentar-se languidamente para fumar um cigarro sensual, terá decidido que sim, que viria para ficar, que havendo pescaria tudo se arranjaria, e que se tivesse a sorte de lhe venderem o Fury I, um potente barco a motor que rasgava as águas como papel, por preço justo e que se adequasse à vida daqueles tempos, havia de ser ali feliz, como nunca antes pudera ser.
Hoje, volvidos que estão 42 anos sobre esse dia, sentada na duna quente que olha a calma e extraordinária Lagoa, para tirar uma fotografia ao Fury II, uma potente barqueta a remos, que não rasga as águas mas faz uma excelente travessia, decidi que sim, que tudo isto sou eu, que tudo isto está em mim, e que não poderei ser feliz se não puder olhar a Lagoa, pensando e agradecendo todos os dias ao homem de bigode hirsuto e olhar circunspecto, que estendeu a sua felicidade a tantas gerações depois dele.