5 de fevereiro de 2018

TECNOLOGIA AVANÇADA

Ando desde a instalação do sistema 1.0 da criança, a fazer-lhe instalações.
Sou muito boa a instalar matérias no disco rígido, tanto é que a criança ainda não acusou nenhum erro fatal no sistema operativo e tem, parece-me, aprendido qualquer coisita neste infinito processo que é a evolução tecnológica.
Quando a criança chegou à fase da instalação do sistema 5.0, avisaram-me que havia ali um programita que não estava a correr como devia no sistema e estava a dar um erro desconhecido.
[Talvez um vírus?]
Eu, que não gosto nada de erros desconhecidos e, na iminência de um ataque de nervos bastante conhecido - por não conseguir resolver a intempestiva situação através dos meus ecléticos conhecimentos tecnológicos - resolvi-me por uma actualização do software, coisa que me custa atualmente uma bela centena de euros por mês (pago em suaves prestações para não ser tão duro aqui para a main board), fiz o que faço normalmente quando a coisa dá erros, desliguei e voltei a ligar e, fiquei na expetativa que o erro ficasse quieto lá no mundo dos erros desconhecidos e não me voltasse dar cabo do servidor.
Tem corrido tudo 'muito' bem desde que fiz esta actualização de software, mas quer dizer, ainda há erros, que os há, mas são já quase todos conhecidos, pelo que os técnicos informáticos que contratei para virem cá correr um anti-vírus no sistema operativo (afinal era um vírus que atacava a parte numérica do disco rígido), têm dado conta da situação, para grande alívio meu e de todo o departamento informático.
[A parte numérica é um vírus.]
Apesar desta tecnologia avançada, e deste grande investimento informático, a verdade é que atualmente - e já com o sistema 6.0 a trabalhar com 32 gigas de RAM  - continuo nesta senda absolutamente bizarra de ser eu, quase que aposto, a transferir a maior parte dos outros dados para o sistema operativo, quando a verdade verdadinha é que o disco rígido em questão passa mais de 8 horas numa loja de reparações e actualizações, com técnicos muito mais especializados que eu em transferência de dados e anti-vírus.
Eu não sei - e tenho verdadeiras dúvidas - se aquando da instalação do sistema 7.0, e já não falta tudo, eu não perderei todas as minhas capacidades tecnológicas para a inserção de dados neste sistema operativo - pelo menos dos programas que eu ainda domino -, e depois ainda tenho de contratar mais técnicos e adquirir mais hardware - quem sabe se não me mudo definitivamente para Silicon Valley - para não rebentar de vez com o sistema.



Resumindo:
Estou em azul.
Passei os dois últimos fins-de-semana a inserir dados no disco rígido da minha criança, depois de ter estado duas semanas a inserir dados no disco rígido (muito duro) do meu patrão.
Quando é que as crianças, isto é, quando é que os sistemas operativos infantis conseguirão funcionar de forma independente, para que o servidor familiar possa fazer outro tipo de ligações, nomeadamente ligações à placa de som, à placa gráfica e à placa de internet, pelo menos no âmbito das redes sociais, aqui à mother board?
Fica a questão.
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(Estamos a quantos meses do verão?)

1 comentário:

  1. Quando tiveres a resposta, avisa

    É que eu tenho uma turma de idosos
    a quem dou aulas de informática básica
    e temos que estar preparados para o pior

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